A MUNDIALIZAÇÃO DA ECONOMIA
Na
actual geografia do planeta, espaços isolados são muitos raros,
devido à mundialização sem precedentes da economia e da vida dos homens, que, progressivamente,
vão se transformando em cidadãos do mundo.
Hoje,
os produtos agrícolas e industriais são intercambiados mundialmente
e o movimento da economia vai transformando o planeta num lugar praticamente
sem fronteiras e cada vez mais urbano e industrial.
Uns
dos protagonistas desse processo de mundialização são as empresas
multinacionais, ou seja, empresas que possuem filiais fora de seu país de
origem, estando, portanto, instaladas em mais de um país.
Actuantes nos mais variados sectores, como o
industrial, o agrícola, o bancário, o comercial, o de serviços e etc..., essas
empresas conseguem definir suas estratégias como se o mundo não tivesse
fronteiras. Na verdade, é graças à actuação globalizada das empresas
multinacionais e à necessidade de planejar suas actividades pêlos espaços
mundiais que as fronteiras vão sendo, literalmente, superadas.
O TAMANHO DAS EMPRESAS
MULTINACIONAIS
Existem várias empresas multinacionais que tem obtidos nas últimas
décadas grandes faturamento brutos, vamos ver o exemplo da General Motors, que
é uma empresa do ramo automobilístico.
A imagem das empresas
multinacionais está associada, sobretudo, ao seu grande porte. Contam, em
geral, com diversas instalações em seus países de origem e em vários outros
países do mundo. Por causa de suas dimensões, lidam com fantásticas somas de
dinheiro. Isso é fácil de perceber se fizermos uma comparação entre o
faturamento bruto anual das vinte maiores empresas multinacionais e o Produto
Interno Bruto ( PIB ) – que representa toda a movimentação económica
anual - de cada um dos países do mundo.
Considerando que o mundo
tem cerca de duzentos e trinta países ( 230 ), apenas 26 países apresentam um
PIB superior ao facturamento da General Motors. Esses dados são suficientes
para demonstrar que se trata de empresas gigantescas, que lidam com uma
quantidade de recursos muito maior do que a maioria dos países do mundo. Por
isso, é justo supor que elas dispõem de uma capacidade de influência económica
muito grande, afectando as decisões de política económica de muitos países.
Por definição
consideram-se multinacionais as empresas que desenvolvem suas actividades em
mais de um país. Porém, para podermos compreender o real significado e
importância dessas empresas no mundo de hoje, é fundamental identificar com
precisão o ambiente político-econômico em que elas surgiram e se desenvolveram.
A FORMAÇÃO DAS GRANDES EMPRESAS
Países europeus como o
Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica entre outros já dominaram directamente
vários territórios espalhados por quase todo o mundo, constituindo seus
impérios coloniais. Os interesses desses Estados colonizadores estavam ligados
a diversos factores. Os domínios territoriais serviam não somente como fontes
de matérias-primas e de riquezas minareis, mas também como mercados cativos
para os produtos das metrópoles. Mesmo os territórios desprovidos de alguns
desses atractivos eram colonizados por uma potência somente para que não
caíssem em outras mãos.
Para explorar esses
domínios, as metrópoles incentivaram, promoveram e até concederam a inúmeras
empresas facilidades de operação nas colônias. A Royal African Co.,
a East Índia Co., a Britsih Petroleum, a Compagnie Française de Pétroles e a Union
Minière du Haut Katanga são apenas algumas das empresas britânicas e francesas
que atuavam nas metrópoles e nas colônias, podendo, portanto, ser consideradas
multinacionais. Como o Estado metropolitano utilizava-se dessas empresas para
viabilizar sua exploração colonial, podemos dizer que agia como promotor da
multinacionalização.
A ORIGEM DAS EMPRESAS MULTINACIONAIS
Mas já vão de longe os
tempos em que a multinacionalização era feita em territórios protegidos
políticas e militarmente pelos Estados colonizadores europeus. Na verdade, a
origem das multinacionais de hoje não deve ser procurada somente nessas
empresas comerciais, mineradoras e agrícolas que se formaram no período
colonial, mas também no processo de concentração do capital que se estabeleceu,
sobretudo, a partir do crescimento e concentração de pequenas oficinas, comuns nos
primeiros tempos da industrialização capitalista.
As indústrias modernas
nasceram como manufacturas domésticas, ou seja, os artesãos trabalhavam em suas
casas com equipamentos manuais, elaborando produtos sob encomenda para os
comerciantes que lhes forneciam as matérias-primas e encarregavam-se, depois,
de levar o produto acabado ao comércio. Esse tipo de manufactura foi
chamado Industria Doméstica justamente porque suas actividades
produtivas desenvolviam-se predominantemente nos domicílios dos artesãos.
Ainda hoje em alguns
ramos manufactureiros, é possível encontrar indústrias domésticas. É o caso,
por exemplo, de confecções que fornecem os cortes de tecido para costureiras. Estas
executam o trabalho em casa, com suas máquinas, e entregam o produto manufacturado.
Mas esse sistema já não é dominante há muito tempo.
Quando os comerciantes
sentiram a necessidade de controlar o trabalho dos artesões de forma mais
constante, para que estes apresentassem maior produtividade, começaram a surgir
as fábricas. A reunião de todos os trabalhadores para exercerem suas funções
num mesmo lugar – a fábrica – permitiu o controle do processo de trabalho pelo
patrão ou seus capatazes.
Inicialmente, a maioria
das fábricas era de pequeno porte. Mas logo algumas delas começaram a se
destacar, em diferentes ramos industriais, tornando-se empresas de maior porte
com condição, inclusive, de incorporar outras menores.
Com o passar do tempo
tornou-se cada vez mais frequente a formação de empresas maiores, que
concentravam grande investimento e capacidade produtiva.
A concentração
do capital em mãos de poucas empresas e proprietários
(capitalistas) nos permite afirmar que essa é uma característica inerente
ao capitalismo. O aparecimento da fábrica e, em seguida, de fábricas cada vez
maiores teve forte repercussão no espaço geográfico. Isso porque a produção
manufaturaria, que antes ocorria em pontos dispersos da cidade e do campo, nos
domicílios dos artesãos, passou a se concentrar em pontos do território: as
fábricas.
Actividade
económica
Uma economia é o
sistema consolidado de actividades humanas relacionadas à produção, distribuição,
troca e consumo de bens e serviços de um país ou outra área.
A actividade
económica gera riqueza mediante a extracção, transformação e distribuição de
recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de
necessidades humanas.
A composição de uma dada economia
é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização e da
organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra,
e.g. eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extracção de
recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere também à
medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.
A palavra
"economia" pode ser traçada de volta à palavra grega οικονομία,
"aquele que administra um lar", derivada de οικος, "casa",
eνέμω, "distribuir (especialmente administrar)". De οικονόμος
derivou-se οικονομία, que tinha não apenas o sentido de "administração de
um lar ou família" mas também de "frugalidade", "direcção",
"administração", "acordo", e "renda pública de um
Estado". O primeiro registo do significado da palavra
"economia", encontrado em um trabalho possivelmente composto em 1440,
é "a gestão de assuntos económicos", nesse caso, de um mosteiro.
'Economia' é também registada com outras acepções compartilhadas com οικονομία
em grego, inclusive "frugalidade" e "administração". O uso actual
mais frequente, "o sistema económico de um país ou área", não parece
ter se desenvolvido até o séc. XIX ou XX.
Sectores económicos
A economia inclui diversos sectores,
que se desenvolveram em fases sucessivas.
• A
economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência.
• A
Revolução Industrial diminuiu o papel da agricultura de subsistência,
convertendo-a ao processo capitalista de produção, de forma que as fazendas
passaram a ser mais extensas e monoculturas nos últimos três séculos. O
crescimento económico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e
na indústria manufactureira.
• Nas
economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia corresponde ao sector
de serviços, o que compreende o sector financeiro e de tecnologia - que compõem
a chamada economia do conhecimento).
Nas economias modernas há três
sectores principais de actividade económica:
• Sector
primário: Compreende a extracção e produção de materiais crus, como milho,
carvão, madeira e ferro. (Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do sector
primário.)
• Sector
secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de
processamento intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço
em carros, ou tecidos em roupas. (Um pedreiro e uma estilista seriam
trabalhadores do sector secundário.)
• Sector
terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os
consumidores, como creches, cinemas e casas lotéricas. (Um vendedor de shopping
e um contador seriam trabalhadores do sector terciário.)
No entanto essa não é a única
forma de se classificar uma economia em sectores. Também pode-se usar a uma
divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o sector público do
privado, ou ainda uma classificação mais moderno entre "primeiro sector",
o governo; "segundo sector", empresas que visam o lucro; e o
"Terceiro Sector, as chamadas organizações não-governamentais.
Mais detalhes sobre as várias
fases de desenvolvimento económico se seguem. Como esse processo estava longe
de ser homogéneo geograficamente, a proporção entre esses sectores varia muito
entre as regiões do mundo, podendo ser uma forma para se examinar a desigualdade
económica.
Medidas económicas
Existem muitas maneiras de se
medir a actividade económica de uma nação, inclusive:
• Taxa
de câmbio, Produto interno bruto, PIB per capita, Produto Nacional Bruto, Taxa
de juros, Dívida nacional, Taxa de Inflação, Desemprego, Balança comercial
Agente
Económico
Um agente económico é um
indivíduo, conjunto de indivíduos, instituição ou conjunto de instituições que,
através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, influenciam de
alguma forma a economia. Tradicionalmente são considerados como agentes
económicos os seguintes:
• Famílias
- Conjunto dos indivíduos que tomam decisões sobre o consumo de bens (enquanto
consumidores) e a oferta de trabalho (enquanto trabalhadores);
• Empresas
- Tomam decisões sobre o investimento em equipamentos e outros meios de
produção, sobre a produção de bens intermédios e de consumo e sobre a procura
de trabalho e de outros factores produtivos necessários à produção;
• Estado
- Autoridade que toma decisões de consumo, de investimento e de política
económica, incluindo a política orçamental e fiscal e a política monetária;
• Exterior
- Representa todos os agentes externos à economia em questão e que toma
decisões sobre todas as questões anteriores, excepto decisões sobre política
económica.
Em alguns modelos é possível
ainda distinguir as entidades de intermediação financeira como um agente
económico autónomo das empresas. Cabe a este grupo de agentes económico a
tomada de decisões relacionadas com a aceitação de poupanças dos aforradores e
a posterior concessão dos capitais sob a forma de empréstimos.
Relações
entre Agentes Económicos
Para facilitar a análise dos
relacionamentos entre os diferentes económicos, é comum efectuar a sua
representação esquemática à qual é dada a designação de circuito económico.
Neste circuito são representados não apenas os fluxos reais (por exemplo a
transferência de bens das empresas para as famílias), mas também os fluxos
monetários (por exemplo, o pagamento desses mesmos bens pelas famílias às
empresas).
PRODUÇÃO
E CONSUMO
Economicamente, produção é a actividade
da combinação dos factores de produção que têm como finalidade satisfazer as necessidades
do ser humano.
Quando polia a
pedra a fim de transformá-la em um utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico
estava executando uma actividade de produção. Nesse primeiro estágio, as
ferramentas e os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os
produzia, ou seja, inexistia o comércio, mesmo que de troca ou escambo.
A produção é um processo de
criação de valores. Geralmente os termos produção e economia estão
interligados.
Problemas comuns em diferentes
tipos de sistemas económicos incluem:
• Quais
bens produzir e em que quantidades (consumo ou investimento, bens privados ou
bens públicos, etc.)
• Como
produzi-los (energia nuclear ou carvão, quais e que tipos de máquinas, quem
trabalha a terra e quem ensina, etc.)
• Para
quem produzi-los, reflectindo a distribuição de renda e da produção.
No campo da
sociologia o termo produção encontra-se intimamente ligado aos estudos de Marx,
para o qual a compreensão dos processos históricos e sociais seria possível
através do modo como se organiza a produção em determinadas épocas e locais.
Marx foi muitas vezes compreendido como formulador de uma ideia determinista,
na qual a economia determinaria os outros aspectos da vida social, política,
cultural, etc.
Mas é possível
compreender a sua teoria como uma totalidade com múltiplas determinações, não
só a determinação económica, embora esta se tenha tornado a pedra basilar numa
linguagem e numa esfera que ganha maior força e autonomia num mundo cada vez
mais moderno, que estaria configurado num modo de produção capitalista
(separação entre trabalhador e posse do instrumento, trabalho assalariado,
extracção do excedente da força de trabalho - tempo de trabalho não computado
em forma de salário, mas acrescentado ao processo de reprodução da empresa
capitalista (lucro + renovação do processo produtivo) - e sistema social regido
pela "forma mercadoria", sendo necessário contabilizar que o valor de
uso quer o valor de troca.
Produção implica o processo que
disponibiliza uma oferta de um produto para o mercado. Pode ser classificada
em:
• Produção
de Bens Tangíveis e é dividido em quatro partes:
• Indústria,
• Agricultura,
• Pecuária
e
• extrativismo,
e ainda
• Produção
de Serviços
FACTORES
Em economia, factores de produção
são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, conforme
definiu a Escola Clássica dos economistas dos séculos XVIII e XIX.
Tradicionalmente, desde Say, são
considerados como factores de produção a terra (terras cultiváveis, florestas,
minas), o homem (trabalho), e o capital (máquinas, equipamentos, instalações).
A primeira escola científica da
economia, representada pelos fisiocratas, elegeu a Terra como o único recurso
responsável pela geração de riquezas. Adam Smith e seus seguidores se
inspiraram nesses estudos mas buscaram aperfeiçoá-lo e preferiram partir de um
conjunto de três recursos fundamentais:
• Terra
– indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos
naturais.
• Trabalho
– refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm
no processo produtivo.
• Capital
– compreende as edificações, as fábricas, recursos materiais e imateriais.
• Tecnologia
– compreende a tecnologia utilizada que podem ser maquinarias, equipamentos,
informática, dentre outros.
Distribuição
(economia)
Distribuição em economia se
refere à maneira como a produção ou a renda total é distribuída entre
indivíduos ou entre os fatores de produção (trabalho, terra, e capital)
(Samuelson and Nordhaus, 2001, p. 762). Na teoria econômica geral e no Sistema
de Contas Nacionais das Nações Unidas, cada unidade de produção corresponde a
uma unidade de renda. Um uso das contas nacionais é classificar factor incomes
e medir suas respectivas partes, como no produto interno bruto. Porém, onde o
foco está renda daspessoas ou famílias, ajustes para as contas nacionais ou outras
fontes de dados são bastante usados. Aqui, o interesse é frequentemente na
fração de renda que vai para o x por cento das famílias no topo ou na base da
pirâmide, o próximo y por cento, e assim por diante, e nos fatores porventura
as possam afetar (globalização, política fiscal, tecnologia, etc.).
Teoria
de distribuição neoclássica
Na economia neoclássica, a oferta
e demanda de cada factor de produção interage no mercado dos factores para
determinar o equilíbrio da produção, da renda e sua distribuição. A demando dos
factores, por sua vez, incorpora a relação de produtividade marginal daquele factor
no mercado dos factores produtivos. A análise se aplica no só para capital e
terras mas a distribuição de renda nos mercados de trabalho (Hicks, 1963). Numa
economia perfeitamente competitiva, o equilíbrio de mercado resulta em
eficiência de alocação no que tange ao mix de produção e em eficiência
distributiva no mix mais barato de factores de produção. Em 1908, as
propriedades da eficiência da competição perfeita foram mostradas por Enrico
Barone como requeridas também para um uso eficiente dos recursos com um planeamento
colectivista.
O modelo de crescimento
neoclássico fornece uma explicação de como a distribuição de renda entre
capital e trabalho é determinada em mercados competitivos no nível macro económico
ao longo do tempo com mudanças tecnológicas e mudanças no tamanho do estoque de
capitais e força de trabalho. Desenvolvimentos mais recentes da distinção entre
capital humano e capital físico e entre capital social e capital pessoal tem
aprofundado a análise da distribuição.
O
CONSUMO
O consumo é a actividade que
consiste na fruição de (bens) e serviços pelos indivíduos, pelas empresas ou
pelo governo, e que implica a posse e destruição material (no caso dos bens) ou
imaterial (no caso dos serviços). Constitui-se na fase final do processo
produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização.
Consumo
privado
É realizado pelas famílias e
pelas empresas pertencentes à iniciativa privada, que como agente económico,
utilizam o rendimento que obtêm na actividade produtiva para comprar bens e
serviços necessários à satisfação de suas necessidades, tais como: alimentação,
vestuário, habitação, divertimentos e outros.
Consumo
público
O consumo não se restringe às famílias,
mas também à Administração Pública. O consumo feito pela Administração Pública
é o consumo público, pois esta consome bens e serviços necessários à sua actividade.
Modelos
de consumo
John Maynard Keynes (1936) -
modelo usado para explicar os factores de influência na evolução dos sistemas
económicos. Considera o investimento como motor do progresso e que corresponde
à propensão a consumir, manifestação directa do dinamismo dos consumidores. O
seu modelo põe em evidência três tendências fundamentais:
• O
incitamento a investir;
• A
preferência pela liquidez
• A
propensão a consumir
O seu sistema económico está
determinado por duas grandes categorias de factores: os dados e as variáveis.
Vejamos:
1- Dados classificados em sete
grupos e com referência a uma dimensão psicológica:
a. Volume e qualificação da
mão-de-obra;
b. Quantidade e qualidade dos
elementos disponíveis;
c. Nível tecnológico
d. Intensidade da competência;
e. Gostos e hábito dos
consumidores;
f. Atitudes dos produtores face
ao trabalho;
g. Estrutura social em geral;
2- As variáveis independentes e
dependentes:
a. Variáveis independentes:
i. Análise económica;
ii. Propensão a consumir;
iii. A curva da eficacidade
marginal do capital;
iv. Taxa de interesses.
b. Variáveis dependentes:
i. Volume de emprego;
ii. Produto nacional medido em
unidades de salário;
George Katona – os gastos
importantes são do tipo discricional e estão sujeitos a verdadeiras decisões,
em contraste com a ideia de comportamento habitual. Os gastos não são respostas
de tipo automático às alterações de valor nos índices económicos, como, por
exemplo, os ganhos obtidos. Não é suposto que a um ganho maior correspondam
maiores gastos e vice-versa. Há ocasiões em que os gastos superam os ganhos e
outras em que maiores ganhos provocam maior poupança. Para Katona, a
alternativa encontra-se nas expectativas, que não são mais do que uma subclasse
das atitudes que se projectam no futuro e implicam selectividade. Podemos
esquematizar a sua teoria da seguinte forma:
C P S
↓ ↑
←←←←←
S – Corresponde às condições e
situações económicas objectivas, tais como recessão, taxa de desemprego,
inflação, etc.
P – Corresponde às
características pessoais dos agentes económicos, tais como as aspirações, as
expectativas e os estilos de vida.
C – Corresponde aos
comportamentos de compra, a utilização e disposição de bens e serviços.
O consumidor influencia as
flutuações económicas através dos gastos ou poupanças que faz.
Consumo
sustentável
Como o consumismo
conspícuo tem crescido, medidas de protecção ao ambiente tem sido
desenvolvidas. O programa de educação de consumo sustentável realizado pela WWF
Brasil, chamado Pegada Ecológica, incentiva o consumo de produtos
biodegradáveis, racionamento de recursos e produtos de empresas ecologicamente correctas.
Em cidades que não têm colecta selectiva ou onde ela é realizada com
ineficiência, a pegada ecológica, a marca que cada habitante deixa no planeta é
maior.
Consumo
exagerado x Sustentabilidade do planeta
Muito se discute
nos dias de hoje o possível Impacto ambiental de um consumo exagerado por parte
das classes mais ricas da sociedade. Pesquisadores de várias partes do mundo
apontam o consumo excessivo como o principal responsável pelo aumento da
degradação do meio ambiente uma vez que é necessário um aumento da produção
para cobrir a demanda e este aumento está vinculado com a aceleração do uso de
recursos naturais. Por outro lado, governantes, pesquisadores, economistas
estudam a parcela que esta prática pode contribuir na sustentabilidade do
planeta, sempre discutida por ambos os lados em conferências internacionais
sobre o meio ambiente. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
definiu consumo sustentável como "o fornecimento de serviços e de produtos
correlatos, que preencham as necessidades básicas e dêem uma melhor qualidade
de vida, ao mesmo tempo em que se diminui o uso de recursos naturais e de
substâncias tóxicas, assim como as emissões de resíduos e de poluentes durante
o ciclo de vida do serviço ou do produto, com a ideia de não se ameaçar as
necessidades das gerações futuras". A relação deste consumo ainda está em
estudos e pretende mostrar que o planeta Terra não suporta o actual modelo de
consumo praticado nos países ocidentais. Para apontar uma alternativa ao
consumo sustentável o Pnuma criou o Processo de Marrakech que actua sobre
consumos e produção sustentável.
Noção
de equilíbrio
Genericamente, o
conceito de equilíbrio está associado ao de estabilidade, correspondendo assim
a uma situação que caracteriza um determinado agente económico quando este se
encontra estável, sem que as forças que sobre ele ópera implica qualquer
tendência para a mudança de situação.
A noção de
equilíbrio é desde logo relativa, na medida em pressupõe a existência de
situações anteriores (de eventual desequilíbrio) e de um contexto no qual se
insira devidamente. De facto, há várias situações específicas e diferenciadas
em que faz sentido a utilização do conceito de equilíbrio, que é assim também
multifacetado.
Antes de mais, é
importante apresentar dois critérios de classificação possíveis para o conceito
de equilíbrio, que podem servir para caracterizar situações específicas em que
ele se verifique: de acordo com a referência temporal do equilíbrio e de acordo
com o grau de abrangência desse mesmo equilíbrio. Assim, de acordo com o
primeiro critério, podemos falar em equilíbrio de curto prazo, cuja
concretização se verifica durante um período de tempo curto, ou de longo prazo,
que permanece de forma indefinida, sendo naturalmente mais estável. De acordo
com o segundo critério, podemos falar em equilíbrio geral, no caso de se verificar
para a globalidade de uma economia, e parcial, no caso de se verificar apenas
num único mercado.
Ao nível do
pensamento económico, há inúmeras situações em que é aplicável o conceito de
equilíbrio, sendo as mais representativas as seguintes: equilíbrio concorrencial;
equilíbrio macro económico; equilíbrio do consumidor; equilíbrio do produtor;
equilíbrio da balança de transacções correntes. Na maior parte dos casos,
associados ao funcionamento dos mercados, o conceito de equilíbrio está
associado ao ajustamento entre preços e quantidades e correspondente grau de
satisfação dos agentes intervenientes, tanto do lado da oferta como da procura.
O equilíbrio
concorrencial corresponde à situação de equilíbrio entre a oferta e a procura
num mercado onde se verifica a situação de concorrência perfeita (com muitos
produtores, muitos consumidores, informação perfeita, entre outros pressupostos).
Esse equilíbrio, de acordo com os pressupostos assumidos, é atingido para o par
preço-quantidade determinado pela intersecção da curva da procura com a curva
da oferta.
O equilíbrio
macroeconómico corresponde à situação em que a procura agregada da economia
iguala a sua oferta agregada esperada.
O equilíbrio do
consumidor corresponde à situação em que este maximiza a sua utilidade, ou
seja, em que dispõe do conjunto de bens que, de acordo com o rendimento e os
preços, melhor satisfaz as suas necessidades.
O equilíbrio do
produtor corresponde à posição em que este maximiza o seu lucro, não tendo
portanto incentivo alterar as quantidades produzidas ou os preços em vigor. No
modelo típico este equilíbrio, é atingido quando a receita marginal (receita
obtida pela última unidade vendida) iguala o custo marginal (custo da última
unidade produzida).
O equilíbrio na
balança de transacções correntes ocorre quando se verifica um equilíbrio de
poderes entre uma economia e o seu exterior.
De destacar ainda
que por vezes se fala em equilíbrios específicos que incluem nomes de autores,
representando estes precisamente situações particulares de situações de
equilíbrio descobertas por esses autores. Assim, por exemplo, o equilíbrio de
Nash corresponde a uma situação de equilíbrio aplicável a uma situação de
oligopólio que foi apresentada por John. F. Nash.
PREÇOS
DE EQUILIBRIO
O mercado de um
produto encontra-se em equilíbrio quando as quantidades oferecidas desse produto
são iguais às quantidades procuradas. O preço para o qual as quantidades
oferecidas vão ser iguais às quantidades procuradas é o preço de equilíbrio. A
quantidade de equilíbrio é a quantidade em que tanto a procura como a oferta
são iguais. Quando a oferta é maior que a demanda, ocorre liquidação por parte
das empresas como forma de reduzir seus estoques. Quando a demanda é maior que
a oferta, as empresas aumentam a quantidade ofertada e, consequentemente, os
preços dos produtos, fazendo assim com que a demanda diminua. Nesses dois
casos, o objectivo da empresa é levar o mercado para o preço e quantidade de
equilíbrio. Havendo igualdade entre oferta e demanda, terá uma harmonização
entre os variados interesses entre os produtores e os consumidores.
O preço de mercado
(ou de equilíbrio) de determinado bem representa o preço que se forma no
mercado (através do chamado mecanismo de mercado) e que compatibiliza os
interesses antagónicos dos consumidores e dos produtores. Esta compatibilização
é conseguida quando a quantidade procurada pelos consumidores é igual à
quantidade oferecida pelos produtores, situação que se verifica quando o preço
do bem é o seu preço de equilíbrio.
Segundo a Teoria
da Procura, quanto maior o preço do bem menor será a quantidade procurada; pelo
inverso, segundo a Teoria da Oferta, quanto maior o preço do bem maior será a
quantidade oferecida. Desta forma, existe apenas um preço em que as quantidades
procuradas e oferecidas se igualam - é o chamado preço de equilíbrio.
• No caso de o
preço estar acima desse preço de equilíbrio, a quantidade que os produtores
oferecem é necessariamente superior à quantidade que os consumidores procuram -
verifica-se um Excesso de Oferta. Assim sendo, os produtores são levados a
baixarem os preços de forma a conseguirem vender os seus produtos;
• Pelo contrário,
se o preço estiver abaixo do seu preço de equilíbrio, a quantidade procurada
será superior à quantidade oferecida - verifica-se um Excesso de Procura. Neste
caso, os produtores têm incentivos para aumentar os preços de forma a
satisfazerem toda a procura.
Conclui-se pelo
exposto acima que o preço de mercado de um bem tende sempre para o seu preço de
equilíbrio, ou seja, para o único preço em que as intenções de compra igualam
as intenções de venda.
Algebricamente, o
preço de equilíbrio é encontrado juntando a função oferta e a função procura.
De igual forma, o preço de equilíbrio também pode ser encontrado graficamente
sobrepondo no mesmo gráfico a curva da oferta e a curva da procura. No gráfico
abaixo, em que foram sobrepostas as curvas da oferta (S de Suply) e da Procura
(D de Demand), facilmente se conclui que existe apenas um preço para o qual a
quantidade oferecida é igual à quantidade procurada.
Classificação
dos mercados
Existem dois tipos de mercado:
• Mercado
formal
• Mercado
informal
O funcionamento de um sistema de
mercado se fundamenta em um conjunto de regras, onde se compram e vendem bens e
serviços e também factores de produção.
A quantidade demandada por um bem
não depende unicamente do preço do bem em consideração, mas de diversos outros factores,
como, por exemplo, preferências do consumidor, preço de outros bens que possam
vir a ser substitutos, renda disponível, etc.
A quantidade ofertada de um bem
também depende de vários factores, tais como tecnologia disponível, preço dos factores
de produção, subsídios, impostos, preço do próprio bem, etc.
Elementos principais para a
formação de uma estrutura de mercado
• Quantidade
de vendedores/ofertantes
• Quantidade
de demandantes
• Tipo
de produto
• Acesso
a informação
Mercado
de concorrência perfeita
É caracterizado pela existência
do grande número de pequenos compradores e vendedores; o produto transaccionado
é homogéneo; há livre entrada de empresas no mercado; perfeita transparência
para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado;
perfeita mobilidade dos insumos produtivos. Só existe na teoria.
Demais estruturas de mercado
• Monopólio
• Oligopólio
• Monopsônio
• Oligopsônio
• Concorrência
monopolística
BALANÇ
COMERCIAL E DE PAGAMENTOS
A balança de pagamentos é um
instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das relações
comerciais de um país com o resto do mundo. Ele regista o total de dinheiro que
entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos,
serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais.
Existem duas contas nas quais se
resumem as transacções económicas de um país:
• A
conta corrente, que regista as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e
serviços, bem como pagamentos de transferência; e
• A
conta de capital, que regista as transacções de fundos, empréstimos e
transferências. São componentes dessa conta os capitais compensatórios: contas
caixa (haveres no exterior e direitos junto ao FMI), empréstimos oferecidos
pelo FMI e contas atrasadas (débitos vencidos no exterior).
A soma das duas contas fornece a
balança global de pagamentos. Em 1969, um manual do FMI estabeleceu as formas
de apresentação.
Estrutura
A estrutura de uma balança de
pagamentos inclui os seguintes itens:
1. Transacções correntes (também chamado de Saldo do Balanço de
Pagamentos em Contas Correntes)
1. Balança comercial (FOB)
1. Exportação
2. Importação
2. Serviços e rendas (líquido) (Também chamado de Balança de
Serviços, Balanço de Intangíveis ou Balanço de Invisíveis)
1. Serviços
1. Receita
2. Despesa
Balança
comercial
Em contabilidade
nacional, a balança comercial resulta da agregação da balança de bens e da
balança de serviços, as duas componentes da balança corrente. A balança
comercial regista, portanto, as importações e as exportações de bens e serviços
entre os países
Quando as
exportações são maiores que as importações regista-se um superavit na balança,
e quando as importações são maiores que as exportações regista-se um deficit.
Normalmente, uma balança comercial deficitária implica uma balança corrente
também ela deficitária, pois balança comercial é comummente a componente com
maior peso na balança corrente. Contudo, o défice comercial pode ser compensado
com os superavites das restantes balanças correntes. Tal foi o caso de Portugal
durante grande parte da segunda metade do século XX com as remessas dos
emigrantes, que são contabilizadas na balança de transferências correntes.
À razão entre as
exportações e importações dá-nos a taxa de cobertura das importações pelas
exportações, ou, simplesmente, taxa de cobertura. Esta taxa indica-nos em que
percentagem as exportações pagam as importações.
PRODUTO INTERNO BRUTO
Mapa do Mundo mostrando os países
por PIB (Nominal) e PPC (disparidade do poder de compra) conforme dados do CIA
World Factbookde 2007
O produto interno
bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e
serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados
ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é
um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objectivo de mensurar
a actividade económica de uma região.
Na contagem do PIB,
considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de
consumo de intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da
dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados
duas vezes na soma do PIB.
PIB
nominal e PIB real
Quando se procura comparar ou
analisar o comportamento do PIB de um país ao longo do tempo, é preciso
diferenciar o PIB nominal do PIB real. O primeiro diz respeito ao valor do PIB
calculado a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e
comercializado, já o segundo é calculado a preços constantes, onde é escolhido
um ano-base onde é feito o cálculo do PIB eliminando assim o efeito da
inflação. Para avaliações mais consistentes, o mais indicado é o uso de seu
valor real, que leva em conta apenas as variações nas quantidades produzidas
dos bens, e não nas alterações de seus preços de mercado. Para isso, faz-se uso
de um deflator (normalmente um índice de preços) que isola o crescimento real
do produto daquele que se deu artificialmente devido ao aumento dos preços da
economia.
Deflector
do PIB
O deflector do PIB
é uma estatística simples calculada pela divisão do PIB nominal pelo PIB real
multiplicados por cem. Como o PIB nominal e o PIB real serão iguais nos anos
base, o deflector do PIB neste ano deve ser igual a cem. A importância do deflector
do PIB é reflectir as mudanças que ocorrem nos preços do mercado e, portanto, é
usado para controlar o nível médio de preços em dada economia. O cálculo da taxa
de inflação de um determinado ano leva em consideração, geralmente, o deflector
do PIB deste ano em relação à mesma estatística referente ao ano anterior.
Taxa
de desemprego
A taxa de
desemprego representa a proporção de pessoas capazes de exercer uma profissão e
que procuram um emprego remunerado, mas que, por diversas razões, não entram no
mercado de trabalho. Também podem estar incluídos na taxa de desemprego,
aqueles que exercem trabalhos não-remunerados. A taxa de desemprego é o número
dos trabalhadores desempregados dividido pela força de trabalho total.
Na prática, medir
o número de trabalhadores desempregados que procuram emprego é notoriamente
difícil. Há diversos métodos diferentes para medir o número de trabalhadores
desempregados. Cada método utiliza suas próprias polarizações e sistemas
diferentes para fazer e comparar estatísticas do desemprego entre os países, em
especial aqueles com sistemas diferentes.
Entretanto, a taxa
de desemprego difere de país para país, porque cada um sofre uma conjuntura
diferente e é sujeito a condições estruturais diferentes.
INFLAÇÃO
Em economia,
inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é
popularmente usada para se referir ao aumento geral dos preços. Inflação é o
oposto de deflação. Índices de preços dentro de uma faixa entre 2 a 4,5% ao ano
é uma situação chamada de estabilidade de preços. Inflação "zero" não
é o que se deseja, pois pode estar denunciando a ocorrência de uma estagnação
da economia, momento em que a renda e, consequentemente, a demanda, estão muito
baixas, significando alto desemprego e crise.
A palavra inflação
é utilizada para significar um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão
monetária, o que é às vezes visto como a causa do aumento de preços; alguns
economistas (como os da Escola austríaca) preferem este significado, em vez de
definir inflação pelo aumento de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos
da década de 1920 nos Estados Unidos referem-se a inflação, ainda que os preços
não estivessem aumentando naquele período. Mas de um modo geral, a palavra
inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo
seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz quando
analisam-se os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a
inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras,
e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento
dos preços.
NOÇÃO
DE EMPRESA
No direito
comercial (ou direito empresarial), empresa é uma actividade económica exercida
profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos factores
produtivos para a produção e circulação de bens e serviços. O conceito jurídico
de empresa não pode ser entendido como um sujeito de direito, uma pessoa
jurídica, tampouco o local onde se desenvolve a actividade económica.
Uma empresa é uma
unidade económico-social, integrada por elementos humanos, materiais e
técnicos, que tem o objectivo de obter utilidades através da sua participação
no mercado de bens e serviços. Nesse sentido, faz uso dos factores produtivos
(trabalho, terra e capital).
As empresas podem
ser classificadas de acordo com a actividade económica que desenvolvem. Deste
modo, deparamo-nos com as empresas do sector primário (que obtêm os recursos a
partir da natureza, como é o caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias), as
empresas do sector secundário (dedicadas à transformação de matérias-primas,
como acontece com as industriais e as da construção civil) e as empresas do sector
terciário (empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comércio).
Outra
classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua
constituição jurídica. Existem empresas individuais (que pertencem a uma única
pessoa) e societárias (constituídas por várias pessoas). Neste último grupo, as
sociedades, por sua vez, podem ser anónimas, de responsabilidade limitada e de
economia social (as chamadas cooperativas), entre outras.
As empresas também
podem ser definidas de acordo com a respectiva titularidade do capital. Assim,
mencionaremos as empresas privadas (cujo capital está nas mãos de
particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas (o capital é
partilhado por particulares e pelo Estado) e as empresas de autogestão (o
capital é propriedade dos trabalhadores).
A gestão de
empresas, no que lhe diz respeito, é uma ciência social que se dedica ao estudo
da organização destas entidades, analisando a forma como são geridos os seus
recursos, processos e os resultados das suas actividades.
TIPOS
E FASES DO PLANEAMENTO
Fases
• Análise
SWOT
• Missão
• Visão
• Eixos
Estratégicos
• Objectivos
Estratégicos e Operativos
• Acções
• Divulgação
• Implementação
• Controlo
ANÁLISE SWOT
"Concentre-se nos pontos
fortes, reconheça as fraquezas,
agarre as oportunidades e
proteja-se contra as ameaças "
(SUN TZU, 500 a.C.)
A análise SWOT é
uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas organizações para o diagnóstico
estratégico. O termo SWOT é composto pelas iniciais das palavras Strenghts
(Pontos Fortes), Weaknesses (Pontos Fracos), Opportunities (Oportunidades) e
Threats (Ameaças).
A adopção do
processo de auto-avaliação, tendo como referência o Modelo de Excelência, é a estratégia
recomendada pela EFQM – “European Foundation for Quality Management” para as
organizações que tenham em vista a melhoria contínua do seu desempenho. Este
processo permite às organizações determinar com clareza os seus pontos fortes e
áreas onde podem ser alcançadas melhorias (pontos fracos), culminado com o
planeamento de acções de melhoria, cuja implementação será posteriormente
controlada por forma a avaliar os progressos obtidos.
MISSÃO
“Definir a missão
de uma organização é difícil, doloroso e arriscado. Mas é só assim que se
consegue
Estabelecer políticas,
desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. É só assim
que
Uma organização poder ser
administrada, visando um desempenho óptimo”.
Peter Drucker
Missão é a “razão
de ser” de uma organização, aquilo que justifica a sua existência. Está
directamente ligada aos seus objectivos institucionais, aos motivos pelos quais
foi criada. Pretende dar resposta às seguintes questões:
• Quem
somos?
• A
que nos dedicamos?
• Em
que nos diferenciamos?
• Porquê
e para quê fazemos o que fazemos?
• Para
quem o fazemos?
• Como
o fazemos?
• Que
valores respeitamos?
VISÃO
"A melhor maneira de
predizer o futuro é criá-lo."
Peter Drucker
A Visão de uma organização
exprime o que esta ambiciona ser no futuro e como pretende posicionar-se
relativamente ao meio em que se integra. É aquilo que se espera ser num
determinado tempo e espaço. Descreve o que a organização quer realizar
objectivamente nos próximos anos da sua existência, normalmente, de longo prazo
(pelo menos, 5 anos). A Visão deve responder às seguintes questões:
• O
quê e como queremos ser dentro de n anos?
• Em
quê nos queremos converter?
• Para
quem trabalharemos?
EIXOS ESTRATÉGICOS
“Se (…) não sabe a que porto se
dirige, nenhum vento lhe será favorável.”
Séneca
Eixos Estratégicos são as áreas
ou actividades consideradas chave para o cumprimento da Missão. Representam
linhas de orientação prioritárias de desenvolvimento da Instituição. Devem ser
coerentes com a Missão, a Visão e a Análise SWOT.
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS E OPERATIVOS
“Eu não posso mudar a direcção do
vento, mas eu posso ajustar as minhas velas
para sempre alcançar o meu
destino.”
Jimmy Deam
Partindo dos Eixos
Estratégicos estabelecem-se um conjunto de objectivos que permitirão alcançar a
Visão de futuro da organização:
• Objectivos Estratégicos – fim que se
quer atingir para poder alcançar a Visão de futuro da Instituição. Por norma,
são amplos, não específicos, de âmbitos distintos embora todos relacionados com
o Eixo correspondente;
• Objectivos Operativos – actuações
gerais orientadas para alcançar cada um dos Objectivos Estratégicos. Devem,
entre si, ser perfeitamente identificáveis e diferenciados.
ACÇÕES
Acções são projectos com um
conjunto de actividades individuais ou de grupo necessárias para cumprir os
objectivos operacionais.
DIVULGAÇÃO
A fase de divulgação consiste em
dar a conhecer o plano estratégico a toda a comunidade.
IMPLEMENTAÇÃO
A fase de implementação é a fase
em que todas as actividades planeadas são colocadas em acção.
CONTROLO
A função de controlo consiste em
comparar o resultado das acções com padrões previamente estabelecidos, com a
finalidade de corrigi-las se necessário.
MÉTODOS
DO PLANEAMENTO
O método foi criado em 1958 para
simplificar o planeamento e calendarização de projectos grandes e complexos. O
método permite analisar as tarefas existentes num projecto e o tempo necessário
para cada uma delas e identificar o tempo mínimo necessário para executar um
projecto.
É possível incorporar incerteza e
obter uma calendarização do projecto mesmo sem saber os detalhes e duração de
todas as actividades. É usado em especial em situações onde o tempo é o factor
crítico.
São definidas as actividades e a sequência
entre as mesmas.
Normalmente é possível reduzir o
tempo necessário para efectuar uma actividade aumentando o seu custo ou
diminuindo a sua qualidade.
Uma forma de estimar a duração de
uma actividade é através da duração normal, da duração num cenário pessimista e
da duração num cenário optimista.
Com estes dados é possível
estimar uma duração provável com a fórmula:DP = (O + 4N+P) ÷ 6
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