domingo, 27 de janeiro de 2013

Tópico de Lingua Portuguesa


1RELAÇÕES LEXICAIS
São relações existentes entre as palavras (relações de hierarquia).
Sinonímia: é a relação de equivalência semântica entre duas ou mais palavras ou seja é quando duas palavras representam conceitos mais estreitos (semelhante).
Ex: casa (habitação, residência, lar).
Antonímica: Relação de oposição entre o significado de duas palavras, ou seja é quando as palavras possuem significados diferentes.
Ex: Grande- pequeno, dentro-fora, jovem- velho, quente- frio.
Homofonia: Relações entre as palavras que se pronunciam da mesma forma, mas apesar de terem grafias distintas.
Ex: sem ([Do lat. sine.]Preposição
1.Indica falta, privação, exclusão, ausência, condição, excepção:
“Morrer sem uma lágrima.
Cem (Numeral
1.Quantidade que é uma unidade maior que 99; noventa mais dez.
Homografia: Relações entre palavras que possuem a mesma forma gráfica, mas pronúncias diferentes.
Ex: colher (Substantivo feminino)
1.Instrumento composto de uma concha (7) rasa e de cabo, para levar certos alimentos à boca, ou para misturar, mexer, provar ou servir iguarias:
Colher de café; colher de sopa.
Colher (verbo).
Paronímia: é a relação gráfica e, ou fonética entre as palavras.
Ex: previdência 8 cautela, precaução)- providencia ( circunstancia infeliz)
Ex: Ascender subir;
Acender = atear  fogo;
O primeiro ex: indica ascender [Do lat. ascendere.] Verbo transitivo circunstancial
1.Subir; elevar-se:
“Via-me, ao longe, ascender do chão das turbas, e remontar ao céu” (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, p. 12);
2.Atingir (certo valor, ou custo, ou patamar):
O quilo da carne ascendeu de 4 reais para 6 reais. [Cf. acender.]
O segundo ex: Do lat. accendere.] Verbo transitivo directo
1.Pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar:
“Não se contenta a gente Portuguesa: / Mas seguindo a vitória estrui, e mata; / A povoação sem muro, e sem defesa, / Esbombardeia, acende e desbarata.” (Luís de Camões, Os Lusíadas, I, 90.)
2.Levar fogo a (pavio, cigarro, charuto, cachimbo, etc.) para fazer arder:
“Neste estado violento, passeando no quarto, acendendo cigarros que deixava apagar em seguida, passou a manhã toda.” (Conde de Ficalho, Uma Eleição Perdida, p. 144.)

2 FIGURAS DE ESTILOS
ALITERAÇÃO: Repetição intencional d sons consonânticos dentro da mesma palavra ou em varias seguidas.
Ex: olha a bolha d´ água no galho! Olha o carvalho!
ASSONÂNCIA: Repetição intencional dos mesmos sons vocálicos.
Ex: tem um nome estranho a Isa.
Não é Isabel nem Isaura, também não é Isadora e nem chega a ser Elisa nem um resto de Luisa.
A Isa, é isso.
ANÁFORA: Repetição, no início de frases ou de versos sucessivos, de uma palavra ou grupos de palavras.
Ex: Porque os outros se maçaram, mas tu não
Porque aos outros usam uma virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo e tu não
ASSÍNDETO: Consiste na omissão das conjunções entre as palavras ou frases sucessivas.
Ex: … Salta para a rua,
 Corre açoda,
 Galga o passeio,
Desce a calçada,
 Á hora marcada,
Puxa que puxa,
Larga que larga.
ELIPSE: Omissão de uma palavra ou palavras que se subentendem se facilmente.
Ex: - Sabei que não fui um homem qualquer!
-Calculo!
-E amo-vos! Tenho a ousadia de confessar!
-Também eu!
ENUMERAÇÃO: É a representação sucessiva de vários elementos da mesma classe gramatical.
Ex: ´´ No ar, na cal, no vidro, tocava a sua felicidade…´´
´´Um grito que atravessava as paredes,  as portas, a sala, os ramos do cedro.´´
HIPÉRBATO: Consiste na inversão da ordem mais habitual das palavras na oração ou da ordem das orações no período.
Ex: Gato escaldado de água fria tem medo.
( Em vez de:´´ (…) tem medo de água fria.´´).
INTERROGAÇÃO RETÓRICA: Não é uma verdadeira pergunta para qual se espere resposta. O seu objectivo é dar vivacidade ao discurso, criar expectativa.
Ex: ´´ Vais morrer com a saia rota, sem flores nos cabelos…
-Mas isso que importa se depois de morta até as mãos da terra hão-de floresce-lo?´´
PARALELISMO: Repetição da mesma estrutura frásica.
Ex: ´´ Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que  os seus pulsos tivessem um quebrar de  caule
Para que a sua espinha fosse tão direita.´´
REPETIÇÃO: Repetição de palavras para intensificar ou reforsçar uma ideia ou exprimir a duração de alguma coisa.
Ex: ´´Muita aflição, muita dor, muitas lágrimas, muitas preces, muitas demontrações de contrição e muitos clamoresa nossa senhora…
ANTÍTESE: Apresentação de um contraste ou oposição entre duas ideias ou duas coisas.
Ex: ´´ A morte sabes dar com fogo e ferro, Sabes também dar vida com clemencia´´
COMPARAÇÃO: Consiste em estabelecer uma relação de semelhança por meio da conjunção como ou de outra  expressão equivalente ( á semelhança de, tal, mais do que..), ou de verbos que sirvam para para comparar ( aparecer, assemelhar-se, lembrar..).
Ex: ´´ ( os olhos) eram azuis como o céu e o mar em dias luminosos; azuis como os miosótis junto dos ribeiros, azuis como a nossa felicidade, os nossos risos, o nosso amor.´´
APOSTROFE: Chamamento ou interpelação de pessoas ou de alguma coisa personificada.
Ex: ´´ Tu, só tu, puro Amor, com força crua ´´
EUFEMISMO: Consiste em expressar uma ideia ou uma realidade desagradável de uma forma atenuada.
Ex: ´´ parabéns tiveste uma rica nota (quanto na realidade a nota é 05 valores).
HIPERBOLE: Emprego de termos exagerados, a fim por em destaque determinada realidade.
Ex: é uma mas comuns na linguagem corrente: um calor de morrer, surdo que nem uma porta, suar em bica.
METAFÓRA: Consiste na substituição de  um termo por outro, com o qual representa semelhanças.
Ex: ´´ As tuas mãos são passarinhos brancos´´
´´-Uma borboleta branca- retorquio sexta feira-é um malmequer que voa.´´
PERSONIFICAÇÃO: Atribuição de propriedades humanas a animais, coisas ou ideis.
Ex: ´´ O vento soluça e geme´´
PLEONASMO: Consiste em reforçar  uma ideia pela repetição de palavras com significado idêntico.
Ex: ´´(…) gritar e ninguém responder é a tristeza mas triste que eu conheci.´´
IRONIA: consiste em  exprimir uma ideia dizendo precisamente o contrário.
Ex: ´´E irritando-se mais:
- Deixe, que a sua mãe também é um bom anjinho, não haja duvida!´´
3DISCRSOS DIRECTO, INDIRECTO E LIVRE
São três processos de que o narrador dispõe para dar a conhecer as palavras pensamentos  das personagens.
Discurso Directo
-Transcrição exacta das palavras das personagens tal como foram pronunciadas com recurso a marcas gráficas- dois pontos , aspas, travessão, mudança de linha- e a verbos introdutores de relato de discurso.
Ex: ´´ Liloca sussurrou para uma das minhas convidadas:
-Diogo é assim. Tanta coisa com porco e se calha fica contente se os vizinhos lhe acabarem hoje com a carne-´´
INDIRECTO
As palavras das personagens são incorporadas no discurso do narrador, subordinadas a um verbo de comunicação (dizer, perguntar, declarar, responder, achar, comentar…).
Ex: ´´ O meu amigo dizia que o dinheiro nunca jogaria, achava uma estupidez dar aos outros o que ganhava com tanto suor, memo que fosse na esperança de ganhar mais.´´
INDIRECTO LIVRE
Os enunciados do narrador e das personagens aproximam-se. Esta forma de discurso resulta da ligação do discurso directo e indirecto. O discurso indirecto livre junta marcas do discurso directo (ausência de verbos introdutores de relato de discurso, presença de interrogações, exclamações, interjeições…)
E do discurso indirecto) uso da 3º pessoa gramatical, do pretérito imperfeito, do pretérito mais-que-perfeito, do condicional…).
Ex: Mas Guanes não se arredava do cofre, desconfiado. Por fim, brutalmente:
-Manos, o cofre tem três chaves… eu quero fechar a minha fechadura e levar a minha chave!
-também eu quero a minha, mil raios! – rugiu logo Rostabal.
Rui sorriu. Decerto, a cada dono do ouro cabia uma das chaves que o guardavam.
4 VOZ ACTIVA E PASSIVA
Agente da passiva é pedido pelo particípio passivo de um verbo e regido da preposição por ou de.
Ex: A imprensa foi inventada por Gutenberg
Meu irmão foi favorecido da sorte.
As palavras por Guntenberg, da sorte, são o complemento agente da passiva dos ex: citados.
VOZ ACTIVA
O sujeito é o agente da acção verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Ex: O repórter leu a noticia.
VOZ PASSIVA
O sujeito sofre a acção expressa pelo facto verbal . Ex: A noticia foi lida pelo repórter.
A voz passiva pode ser sintética formada por um verbo transitivo directo, na 3º pessoa ( singular e plural), mais o pronome´´se´´( apassivador).

ANALÍTICA: formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo directo (ou directo e indirecto).
Ex: Acções solidárias foram praticadas (Acções Sujeito, solidarias- pacinte, foram praticadas-voz passiva anlitica).
Foram: 3º pessoa do verbo ir, modo indicativo tempo pretérito perfeito.
 Praticadas:  particípio.
Mudança de uma oração da voz activa para a passiva
O complemento directo da voz activa passa para sujeito da voz passiva: o verbo da voz activa passa para a voz passiva no mesmo modo e no mesmo tempo, mas a concordar com o novo sujeito: o sujeito da voz activa passa para a voz activa, regido da preposição por ou de, servido de complemento agente da passiva.
Ex: Voz activa: o gato matou o rato
Voz passiva: O rato foi morto pelo gato.
Se em uma oração da voz activa houver o nome predicativo do complemento directo, este passa para o predicado do sujeito quando a oração passa para a voz passiva. Ex: - Voz activa: A instrução e a educação tornam o homem feliz. Voz passiva: - O homem torna-se ( ou é tornado) feliz pela instrução e pela educação.
5. ACENTUAÇÃO
Os sinais diacríticos ou notações lexicais são elementos gráficos auxiliares da escrita que servem para indicar a pronúncia exacta da palavra: Til, cedilha, hífen, apóstrofo, trema, acento.
Til: ~ é um sinal de nasalação, que se emprega sobre as vogais a e o: vão, pão, põe.
Se a palavra não possui acento gráfico, o til pode funcionar também como sinal de pontuação: amanhã, campeão, avelãs, corrimãos, Magalhães, põem, limões.
Em casos como os atrás referidos, palavras agudas o til figura na sílaba tónica. Nas palavras graves o til aparece como sílaba átona: bênção, Estevão, órfão, órgão, pãezinhos, zangão, sotãozinho.
Cedilha: Usa- se debaixo da letra c, antes de a, o ou u par a indicar o som (s ), sempre no meio da palavra. Ex: caçar, pescoço, açúcar.
Hifen: é empregue para ligar elementos de palavras composta por justaposição: ano-luz, beija-flor, guarda-chuva.
Nos topónimos compostos iniciados pelos adjectivos grã, grão ou por forma verbal, cujos elementos estejam ligados por artigos: Grã-bretanha, grão-para, abre-campo, quebra- costas, Montemor.o-novo, trás-os-montes.
Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer elemento: couve-flor, abóbora-menina, feijão-verde, erva- do-chá, erva-do-cheiro, formiga-branca, andorinha-do-mar,cobra-capelo.
Nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam, com elemento que lhes segue, uma unidade sintagmática e semântica: bem-aventurado, mal-fortunado, bem-criado.
Nos compostos com elementos: além, aquém, recém e cem: além-mar, aquém-mar, recém-casado, sem-cerimonia, sem-numero, além-fronteiras, aquém montanhas.
Para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam ou alguns topónimos: porto-algarve-porto (trajecto), liberdade-igualidade-fraternidade (lema), Angola-brasil (topónimos).
Em algumas locuções: água-de-colónia, arco-da-velha, pé-de-meia, mais-que-perfeito.
Ex: de locuções sem hífen: cão de guarda, sala de jantar, visto que, abaixo de…
Nas formações em que o segundo elemento começa por h: co-herdar, geo-história, contra-haste, super-heroi, pré-histórico.
Nas formações em que o prefixo, ou pseudo prefixo, termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-incendio, auto-observação, contra-argumento, arqui-inimigo.
Nas formações com prefixo circum- e pan-, quando combindos com elementos iniciados em r: hiper-realismo, inter-regional, super-requintado.
Nas formações com prefixos ex-, sota-, soto,- vice-, viso-,: ex-director, sota-almirante, soto-embaixador, vice-presidente, viso-reinado.
Nas formações co prefixos tónicos acentuados graficamente pós, pré e pró, quando o segundo elemento tem valor independente: pós-graduação, pré-aviso, pró activo.
O hífen não se emprega nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com r ou s, devendo estas consoantes duplicar se: antirreligioso, sentissemita, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrasson, minissaia, biorritmo.
O hífen não de emprega nas formações em que o prefixo, termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente: antiaborto, plurianual, agro-industrial, auto-aprendizagem.
APOSTROFO
Assinala na escrita a supressão de um fonema, geralmente de uma vogal, ou de uma sequencia de letras. O seu uso é bastante restrito na ortografia actual e emprega-se:
Em textos escritos em versos: c`roa; dif´rente, q´rer, esp´rança.
Na representação da pronuncia de algumas palavras, principalmente na reprodução da linguagem coloquial ou popular:´tá, ´teve.
No interior de palavras compostas: olho-d´agua, borda-d´água, pão-d´alho.
Em alguns nomes próprios de personagens históricas em que geralmente h+a contracção: Num´Alves, Pedr´Alvares.
TREMA
Usado nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: Humber, Muller.
ACENTO
Acento agudo: é empregado para assinalar as vogais tónicas pá, pé, horrível, pó, hífen.
Acento grave: é empregado para indicar uma crase: á, áquele, pró.
Acento circunflexo: é empregado para indicar o timbre fechado das vogais a, e e o, orais e nasais em sílaba tónica: câmara, avo, influencia, poncio.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
ACENTO AGUDO
1-As palavras graves terminadas em i, u, vogal nasal e ditongo seguidos ou não de-s: Forú, sótão, ímpar, móvel, fácil, amável, órfão.
2- As palavras agudas de 2 ou mais sílabas terminadas em –em, e, ens: além, deténs, harém.
3-As palavras com vogal tónica aberta e homógrafas de outras: sabia (verbo) sábia (adjectivo), pélo (verbo pelar) pelo (substantivo masculino).
4-As palavras agudas terminadas em a, e, o, abertas, seguidas ou não de –s: cá, já, Pará, vá, bebé, Salomé, paletó, só, pontapé.
5-As palavras agudas cuja vogal tónica é-i, e, u- seguidos ou não de –s precedidos de vogal que não formam ditongos: aí, atraí, país, Esaú, baú.
6-As palavras esdrúxulas cuja vogal tónica é i, u ou a, e, o,: árabe, cómoda, género, índice, lógica, máscara…
7-As palavras que, tendo na sílaba tónica a, e ou o abertos, i ou u então ditongos orais iniciados por vogal aberta: António, assiduidade, glória, vacúo, língua, insónia, mágoa, bilingue.
ACENTO GRAVE
1-Nas formas populares pró, prá e plural (contracção de para com os artigos definidos);
2-Nas formas resultantes de contracção da preposição ‘a com o artigo a e com demonstrativos aquele,a (s), aquilo, aqueloutro,a(s).
ACENTO CIRCUNFLESCO
1-As vogais tónicas a,e e o fechadas e as nasais quer nas palavras exdruxulas quer graves ( nos casos em que a regra de acentuação os impõem): âmbar, ângulo, bênção, câmara, Estevão.
2-As vogais tónicas e ou o fechadas das palavras agudas: avo, le, cortes, mercê, você, vovo.
3-As formas da 3º pessoa do singular e do plural do presente do indicativo dos verbos crer, ler, dar e ver e seus derivados: cre e crêem, le e lêem, de e dêem.
  4-As formas da 3º pessoa do plural do presente indicativo dos verbos ter, vir, e seus derivados para as distinguir do singular: tem (tém), vem (vém), contem (contém), provem (provém).
5-As formas do infinitivo do verbo por, mas não dos seus derivados: antepor, apor, compor, contrapor, depor, impor, propor, repor, supor.
6 SINAIS DE PONTUAÇÃO
Para o enriquecimento da entoação do código oral e para marcar na escrita as pausas maiores ou menores usam se os sinais de pontuação.
Ponto: delimita a frase declarativa. Marca uma pausa no final de tom descendente.
O Paragrafo é apenas a consequência de pausa mas demorada. Evidencia, no discurso, mudança no desenvolvimento das ideias. O assunto é retomado na linha seguinte. Afastando inicio da escrita em relação a margem.
EX: O homem todo cruzou a praça devagar.
Todos os dias fazia esse caminho e sempre a mesma hora.
Emprega-se tamb+em para indicar que uma palavra está abreviada.
EX: Séc. (século), ex.( exemplo), adj.8adjectivo).
A VIRGULA: indica uma pequena pausa.
EX: Aqui, neste lugar, tudo é tranquilidade.
Serve para isolar dentro da frase:
- O vocativo: Ó pequeno, vem cá.
- O oposto: Eva, a rapariga mais baixa, avançou.
As palavras com a mesma função sintáctica quando não as une a conjunção coordenativas e, ou-
EX: ele trouxe o papel, a caneta, o lápis.
-Complemento circunstancial.
EX: surgiram no horizonte, sobrevoando o arvoredo em volta, bandos de patos selvagens.
-As orações subordinadas relativas explicativas: A menina, que estave vestida de preto, levantou-se e falou.
- As orações subordinadas CIRCUNSTANCIAIS, principalmente se vem antes da subordinada: Enquanto eu subia para a carruagem, ela seguia o seu caminho.
- As orações intercaladas: venho agora,´´tu já o sabes´´ para explicar o que aconteceu.
O PONTO E VIRGULA: Indica uma pausa mais prolongada do que a da virgula para marcar diferentes aspectos da mesma ideia.
EX: ele era um amigo para todos;
       Todos o invejavam;
-Separa as partes de uma frase que tenha elementos divididos por virgulas.
EX: a beleza, a bravura, a cor delicada, tudo desapareceu; o seu olho nunca registou.
-É sinal de pontuação numa sucessão de alíneas:
a) O vale;
b) A planície
c) A floresta.
DOIS PONTOS: anunciam o discurso directo.
EX: e perguntou sem querer: vida e morte que são?
-Introduzem uma explicação, uma enumeração ou uma situação.
EX: querida, veio-me de hoje, uma vontade enorme de te amar, e então pensei : vou escrever te.
O PONTO DE INTERROGAÇÃO: assinala uma pergunta feita directamente. Ex: Que, queres?
O PONTO DE EXCLAMAÇÃO: é o sinal com que termina a frase do tipo exclamativa.
-Acompanha interjeições (oxa-lá!), os vocativos de carácter emotivo (Maria!), os imperativos que exprimem emoção (vem dá!).
AS RETECENCIAS: marcam a interrupção de uma frase.
EX: eu queria, mas…
-Exprimem a hesitação, surpresa, a ironia.
EX: que belo trabalho!... mostra que o resto é facilmente entendível
EX: Quem tudo quer… mostra que, no dialogo a frase é interrompida pelo interlocutor se a frase for retomada começa se por reticencias
Ex:-…eu queria saber…
-…tu?
-… o que se passou.
Travessão: para indicar, no dialogo, a mudança de interlocutor e para distinguir as palavras das personagens do narrador: - você ainda é criança.
-E daí? – gaguejei, despeitado: - Você também não é?
-Pra destacar uma expressão ou comentário:
-E tem- como é curioso!- um quimono azul igual ao meu.
-Para destacar, dando ênfase a parte final de um enunciado: exacta, sei-a – eu dividi, para dar-ta inteira –a minha vida.
-Para indicar uma relação de analogia ou de oposição entre dois termos: sempre foi uma relação de amor-ódio.
SINAIS AUXILIARES
PARENTESES: empregam se para intercalar num texto uma indicação acessória como uma explicação, reflexão, reacção nominal, indicações cénicas, assinalar uma alínea.
COLCHETES: serve para intercalar numa frase observações próprias, isolar uma construção, registar a transcrição fonética, indicar a supressão de partes e um texto.
BARRA OBLIQUA: pode indicar posição, especificação do ano, final de um verso, mudanças de estrofe quando a barra esta duplicada.
ASPAS: indicam o inicio e o fim de uma citação, realça a expressividade de uma palavra, indica sentido figurado, indica o titulo de uma obra…
CHAVETAS: é um sinal auxiliar de escrita que serve para indicar as partes ou divisões dum assunto.

CLASSE DAS PALAVRAS
NOME: tem como propriedade semânticas, sintácticas e morfológicas:
1-Representar coisas, seres estado ou qualidade:
2-Ser procedido por determinantes;
3-Ser flexionável em número, género e grau.
EX: 1- Lisboa, arvore, alegria, inteligência
2-Esta cidade, os frutos, muita paciência
3-Rapazes, raparigas, rapazito.
NÚMERO
A categoria do número distingue o valor de quantidade denotada pelo referente do nome.
Singular
O número singular designa um ser único ou um conjunto de seres considerados como um todo. O singular dos nomes verifica-se pela presença de afixo.
EX: aluno, povo.
PLURAL
No plural, designam mais de um ser, ou mais de um desses conjuntos orgânicos.
EX: alunos, povos.
FORMAÇÃO DO PLURAL
Nomes terminados em vogal ou ditongos.
REGRA GERAL:
O plural dos nomes terminados em vogal ou ditongos formam-se acrescentando-se –s .
Singular
Plural
Singular
Plural
Mesa
Mesas
Pai
Pais
Estante
Estantes
Pau
Paus
Chapéu
Chapéus
Boné
Bonés
Camafeu
Camafeus
Javali
Javalis

Incluem-se nesta regra os nomes terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das vogais e, i, o e u, em posição final, é representada graficamente por –m, e não pode se ecrever-ms, muda-se o –m em –n. assim: bem torna-se no plural bens; flautim faz flautins; som faz sons.
REGRAS ESPECIAIS
1-os nomes terminados em –ão formam o plural de três maneiras
A)   a maioria muda a terminação –ão em –ões
Singular
plural
Singular
Plural
Balão
Balões
Gavião
Gaviões
Botão
Botões
Leão
Leões
Confissão
Confissões
Nação
Nações
Oração
Orações
operação
Operações

Neste grupo incluem-se todos aumentativos:
Singular
plural
Singular
Plural
Amigalhão
Amigalhões
moleirão
Moleirões
Bobalhão
Bobalhões
Marigão
Marigões
Casarão
Casarões
Paredão
Paredões
Chapelhão
Chapelhões
pobretão
Pobretões

B)   Um reduzido número muda a terminação-ão em –ãos:
Singular
plural
Singular
Plural
Cão
Cães
Charlatão
Charlatães
Alemão
Alemães
Escrivão
Escrivães
Bastião
Bastiães
Guardião
Guardiães
Capelão
Capelães
pão
Pães

C)   Um número pequeno paroxítonos  acrescentam simplesmente um- s
Singular
Plural
Singular
Plural
Cidadão
Cidadãos
Acórdão
Acórdãos
Cortesão
Cortesãos
Bênção
Bênçãos
Cristão
Cristãos
Órgão
orgãos
Pagão
pagãos
sótão
Sótãos

OBS: para alguns substantivos terminados em –ão não há ainda uma forma de plural definitivamente afixada:
Singular
Plural
singular
Plural
Alão
Alãos,alões, alães
Vilão
Vilões, vilães
Anão
Anãos, anões
Hortelão
Hortelãos, hortelães
Aldeão
Aldeões, aldeães
Verão
Verões, verães
Castelão
Castelãos, casteões
corrimão
Corrimãos, corrimões

D)   Plural com alteração de timbre  da vogal tónica
1-    Alguns nomes, cuja vogal tónica é o fechado, além de receberem a desinência –s , mudam no plural, o o fechado para aberto.
Ex: caroço, corpo, corno, miolo, jogo, reforço, rogo, despojo, esforço, torno, troço.
2-    Note que em alguns nomes conservam no plural o o  fechado do singular.
EX: acordo, adorno, consolo, logro, potro, repolho, sopro, suborno, polvo.
SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM CONSOANTE
1-Os nomes terminados em –r,z e n formam o plural acrescentando-es.
Singular
plural
singular
Plural
Mar
plural
Dólmen
dólmenes
Açúcar
Açucares
Abdómen
Abdómenes
Rapaz
Rapazes
Canon
Cânones
Raiz
Raízes
liquen
Líquenes
 
Os substantivos terminados em –s, quando oxítonos, formamo plural acrescentando –es, quando paroxítonos são irregulares
Singular
plural
Singular
Plural
O ananás
Os ananases
O atlas
O atlas
O português
Os portugueses
O pires
O pires
O país
Os países
O lápis
O lápis
O retrós
Os retroses
O oásis
O oásis

Os nomes terminados em –al,-el,-ol e –ul substituem-se por  -is
Singular
Plural
singular
Plural
Animal
Animais
Farol
Faróis
Papel
Papeis
Lençol
Lençóis
Móvel
Móveis
Álcool
Álcoois
Níquel
níqueis
Paul
Pauis

Os nomes paroxítonos terminados em –il substituem-se por –eis
Singular
Plural
singular
plural
Fóssil
Fosseis
reptil
Repteis

Nos diminutivos formados com sufixo e –zinho e zito
Singular
Plural
Balãozinho
Balõezinhos
Papelzinho
Papeizinhos
Colarzito
Colarezinhos

Substantivos de um só número
Há substantivos que só se empregam no plural desta forma:
Alvíssaras, cãs, fezes, primícias, anais, férias, pêsames, víveres, arredores, calendas.
Substantivos compostos
1-quando o nome composto é formado por palavras ligadas sem hífen, no plural formam-se desta forma:
EX: aguardente(s) varapau(s) pontapé(s) lobisomen(s) malmequer(s)
2-quando os termos são ligados por hífen:
Singular
Plural
Singular
Plural
Couve-flor
Couve-flores
Grão-mestre
Grão-mestres
Obra-prima
Obra-primas
Sempre-viva
Sempre-vivas
Guarda-chuva
Guarda-chuvas
Bate-boca
Bate-bocas

3-    Quando são ligados por preposição e quando o primeiro termo é nome
Singular
Plural
Singular
Plural
Chapéu-de-sol
Chapeus-de-sol
Banana-prata
Bananas-prata
Pão-de-ló
Pães-de-ló
Manga-espada
Mangas-espada
Pé-de-cabra
Pes-de-cabra
João-de-barro
Joões-de-barro
Navio-escola
Navios-escola
Mula-sem-cabeça
Mulas-sem-cabeça
Salário-familia
Salários-família
Peroba-do-campo
Perobas-do-campo

3-Geralmente os termos tomam a forma de plural quando é constituído por dois nomes
Singular
Plural
Carta-bilhete
Cartas-bilhetes
Tenente-coronel
Tenentes-coronéis
Amor-perfeito
Amores-perfeitos
Gentil-homem
Gentis-homens

GÉNERO
Em português existem dois géneros naturais e 2 dois géneros gramaticais enquanto no 1º caso, o género natural só é aplicável aos nomes animados, já o gramatical é extensivo a todos, é arbitrário imotivado. Quer dizer que os objectos, conceitos ou fenómenos possuem género sem nenhuma relação com o substantivo q os designa. EX: a palavra ponte em português o seu género é feminino enquanto que em espanhol puente é masculino.
 O masculino como género
Utiliza-se o masculino para designar todos os representantes da espécie sem explicitação de sexo.
EX: O homem é um cidadão do mundo.
O cão é o melhor amigo do homem
 O género gramatical
Os nomes que designam seres não animados tem um género fixo. E um determinante.
O nomes animados apresentam uma variação que marca respectivamente masculino e feminino o, a.
No entanto existem muitas outras terminações para cada género que facilmente se reconhece pela presença do artigo ou outro determinante que antecede o nome.
EX: o vendedor- a vendedeira, o actor- actris, patrão-patroa.
Contrariam a regra: dia, colega, pirata;
Além destas existem as de origem grega que terminam em –ma, pa, ta sendo também masculino.
EX: Telegrama, poema, tema, mapa, cometa, planeta, profeta.
Existem nomes em que a diferença de género marca uma oposição entre animados e não animados.
EX: o cabeça-a cabeça, o caixa-a caixa,  o lente- a lentes…
Pertencem ao género masculino
a)    Os nome de homens ou de funções que desempenham, de animais do sexo masculino
EX: João, mestre, padre, rei, gato, pato, cavalo, peru, cão.

b)    Os nomes dos lagos, montes, oceanos, rios, pontos cardiais e meses.
       EX: o amazonas, o atlântico, os Alpes, o ládoga, Setembro, Maio, norte, sul.
c)    São masculino os nomes terminados em -o átono
EX: o aluno, o livro, o lobo, o banco.
Pertencem ao género feminino
a)    Os nomes de mulheres e funções por elas exercidas, bem como os animais do sexo feminino.
EX: Maria, professora, égua, galinha, gata, perua, rainha, freira.

b)   Os nomes de cidades e ilhas, nas quais se subentendem-se as palavras cidade e ilha, que são femininas.
EX: a antiga ouro preto, as Antilhas, a Sicília.
Os nomes terminados em-ao, concretos são masculinos e os abstractos femininos.
EX: o agrião, o balcão, o algodão, o feijão, a educação, a produção, a opinião, a recordação.
Exceptua-se a mão, que embora o concreto é feminino.
FORMAÇÃO DO FEMININO
Os nomes que designam pessoas e animais costumam flexionar-se em género, isto é, tem geralmente uma forma para indicar os seres do sexo oposto.
MASCULINOS E FEMININOS DE RADICAIS DIFERENTES
Masculino
Feminino
masculino
feminino
Bode
Cabra
Genro
Nora
Boi
Vaca
Homem
mulher
Cão
Cadela
Pai
Mãe
Compadre
Comadre
Abelha
zangão

FEMININOS DERIVADOS DE RADICAIS MASCULINOS
Os nomes masculino que terminam em –o, e formam-se normalmente o feminino substituindo essa desinência por-a.
Masculino
feminino
Masculino
Feminino
Aluno
Aluna
Coelho
Coelho
Gato
Gata
enfante
Enfanta
Cantor
Cantora
profeta
Profetisa
Lobo
Loba
pastor
Pastora

Nomes terminados em –o que no feminino tem terminações especiais
Masculino
Feminino
Masculino

Diácono
Diaconisa
maestro
Maestrina
Galo
Galinha
Silfo
sílfide

Nomes terminados em consoante formam normalmente o feminino com o acréscimo da desinência-a
masculino
feminino
masculino
feminino
Camponês
camponesa
Leitor
Leitora
fregues
Freguesa
pintor
Pintora

Os nomes terminados em –ão, podem formar o feminino de três formas: -ao, -ã, -ona
Masculino
feminino
Masculino
feminino
Ermitão
Ermitoa
leitão
Leitoa
hortelão
Horteloa
Patrão
patroa
Aldeão
aldeã
Castelão
Castelão
anão
Anã
cidadão
Cidadã
Bonachão
Bonachona
Moleirão
Moleirona
folião
foliona
solteirão
Solteirona

Além dos anómalos cão e zangão, não seguem a regra.
Masculino
feminino
Masculino
feminino
Barão
Baronesa
Sultão
sultana
Ladrão
Ladra
Maganão
Magana
Lebrão
Lebre
perdigão
Perdiz

Nomes que designam títulos de nobreza e dignidades formam o feminino com as terminações-esa,-essa,-isa
Masculino
feminino
Masculino
feminino
Barão
Baronesa
Diácono
Diaconisa
Abade
abadessa
Duque
Duquesa
Conde
condessa
sacerdote
Sacerdotisa

  Alguns nomes terminados em –e formam-se o feminino acrescentando –a
Masculino
feminino
masculino
Feminino
Elefante
Elefanta
mestre
Mestra
Governante
Governanta
Monge
Monja
Infante
Infanta
Parente
Parenta

ALGUNS NOMES
Masculino
Feminino
Masculino
Feminino
Avo
Avó
píton
Pitonisa
Cônsul
Consulesa
rajá
Rani
Grou
Grua
Poeta
Poetisa
Felá
felaína
maestro
Maestrina
Herói
Heroína
Rei
Rainha
Frade
freira
réu

OS EPICENOS
Denominam-se epicenos os nomes de animais que possuem apenas um género gramatical para designar ambos os sexos ( utilizamos os artigos –a e –o, quando há necessidade de especificar o sexo usamos macho e femia).
Masculino
feminino
masculino
Feminino
O crocodilo
A águia
A águia macho
O tigre femia
O tigre
A borboleta
A borboleta macho
O sapo femia
O sapo
A onça
A onça macho
O crocodilo femia

VARIAÇÕES DOS GENEROS NÃO ANIMADOS
1-A diferença de género distingue nomes de significados diferentes:
EX: a banha- o banho, o modo- a moda, cargo- carga, copo-copa, fardo-farda.
2- A oposição do género marca uma grandeza de forma:
EX: Rio-ria, banco-banca, poço-poça, barca-barco, cinto-cinta.
4-A forma feminina pode exprimir uma ideia de colectivo:
EX: o fruto-a fruta, o lenho-a lenha, o ramo-a rama, o vinho-a vinha. 
NOMES
NOMES PROPIOS: o nome próprio designa um referente único e determinado no contextoda referência de um discurso.
Os nomes próprios designam:
Nomes de pessoas e apelidos: Anacleto, Anastácio, Denilson, Fernandes, José, Manuel.
PAISES: Angola, Brasil, Canada.
REGIÕES, RIOS, MARES, PONTOS CARDEAIS E LOCALIDADES: Luanda, Malange, Kwanza, pacifico.
NOMES DE INSTITUIÇÕES, ORGÃOS PUBLICOS E TITULOS HONORIFICOS: Ministério, governo, sua alteza, eminência, meritíssimo.
NOMES COMUNS: servem para nomear todos e seres e todas as coisas das respectivas classes.
EX: homem, pais, cidade.
CONCRETOS: São todos objectos físicos, pessoas e animais.
ABSTRATO: Designam todo que não é físico
EX: amor, fome, dor…
COLECTIVOS: Designa o conjunto de seres ou coisas, referindo o todo, uma oarte organizada como um todo ou um grupo de seres da mesma espécie.
exemplos
Conjunto de:
Alcateia
Lobos
arquipelago
Ilhas
cardume
Peixe
Coro
Cantores
  
CONTAVEIS: designam partes de conjuntos em que podem distinguir-se e numerar-se partes singulares ou plurais num conjunto mais vasto.
EX: Livro, computador…
NÃO CONTAVEIS: Designam conjuntos que não podem ser descontinuados.
EX: água, ar, açúcar…
DETRMINANTE
É uma palavra que precede e especifica um nome atribuindo-lhe informações de género r numero.
DETREMINENT ARTIGO
 Distingue o grau de especificidade do nome, com o qual estabelece concordância de numero e de género.
Artigo definido: é usado para determinar um nome, cujo referente real é já conhecido pelo enunciador e pelo receptor da informação.
Formas
Singular
Plural
Masculino
O
Os
Feminino
A
As

Formas combinadas do artigo definido
Proposições
O
A
Os
As
A
Ao
Á
Aos
Ás
De
Do
Da
Dos
das
Em
No
Na
Nos
Nas
por
pelo
Pela
Pelos
pelas

Artigo indefinido: é usado para determinar um nome, cujo referente real não foi referido anteriormente.
Formas
singular
Plural
Masculino
Um
uns
Feminino
Uma
Umas

Formas combinadas do artigo indefinido
Preposição
um
uma
Uns
Umas
De
Dum
Duma
Duns
Dumas
em
num
Numa
nuns
Numas

PRONOMES
PESSOAIS: é usado para se referir aos participantes do discurso.
Caso
nominativo
acusativo
Dativo
Obliquo

Acentuação
tonico
Átono
Átono
Tónico

singular
Eu
Me
Me
Mim,comigo

singular
Tu
Te
Te
Ti,contigo

singular
Ele, ela
O,a,se
Lhe
Ele,ela, si

plural
Nós
Nos
Nos
Nós, connosco

plural
Vós
Vos
Vos
Vós, convosco

plural
Eles, eles
Os,as, se
Lhes
Eles,elas, si


POSSESSIVOS:  é variável em pessoa, género e numero e estabelece uma relação de pertença com um elemento do discurso ou antecedentes.

Um possuidor
Vários possuidores
Um objecto
Vários
Um objecto
Vários

Masculino
meu
Meus
nosso
Nossos

feminino
minha
Minhas
Nossa
nossas


Teu
Teus
Vosso
Vossos


Tua
Tuas
Vossa
Vossas


Seu
Seus
Seu
Seus


sua
Suas
sua
Suas


INDEFINIDO:
                                                                    Variáveis
Invariáveis
                        singular
                             Plural

masculino
feminino
Masculino
feminino
algum
Alguma
Alguns
Algumas
alguém
nenhum
Nenhuma
Nenhuns
Nenhumas
Ninguém
todo
Toda
Todos
Todas
Tudo
outro
Outra
Outros
Outras
Outrem
muito
Muita
Muitos
Muitas
Nada
pouco
Pouca
Poucos
Poucas
Cada
certo
certa
Certos
certas
algo

DEMOSTRATIVO:
Variáveis
Invariáveis

singular
plural
Forma átona

Masc.
este
Esta
Estes
Estas
o
Isto

Isso

Aquilo
Fem.
Masc.
Esse
essa
Esses
Essas
Fem.
Masc.
aquele
Aquela
Aqueles
aquelas
Fem.



ADJECTIVOS
Adjectivos são palavras variáveis que servem para caracterizar os significados dos substantivos. Ou seja são essencialmente um modificador do substantivo.
NOME SUBSTANTIVO E NOME ADJECTIVO
É muito estreita a relação entre o substantivo (termo determinado) e o adjectivo ( termo determinante).
EX: Uma preta velha vendia laranjas.
      Uma velha preta vendia laranjas.
Na 1º oração, preta é substantivo, porque é a palavra núcleo, na 2º oração velha é substantivo e preta adjectivo.
SUBSTANTIVAÇÃO DO ADJECTIVO
Sempre que a qualidade referida a um ser, objecto ou noção for concebida com grande independência, o adjectivo que representa deixará de ser um termo subordinado para tornar-se o termo nuclear do sintagma nominal.
EX: o céu cinzento indica chuva.
O cinzento do céu indica chuva.
Na 1º oração cinzento é adj. E na 2º substantivo.
FLEXÕES
NÚMERO: Os adjectivos tomam forma singular ou plural do substantivo que ele qualifica.
Singular
Plural
Aluno estudioso
Alunos estudiosos
Mulher angolana
Mulheres angolanas

PLURAL DOS ADJECTIVOS SIMPLES: Seguem as mesmas regras a que obedecem os substantivos.
PLURAL DOS ADJECTIVOS COMPOSTOS: Apenas o último elemento recebe a forma de plural.
EX: consultórios médico-cirúrgicos , institutos afro-asiáticos.
GÉNERO
Biforme: são os que possuem duas formas tanto para o masculino e para o feminino:
O processo de formação do feminino destes adjectivos é idêntico ao dos substantivos
masculino
Feminino
masculino
Feminino
belo
Bela
Ligeiro
Ligeira
Cru
Crua
Nu
Nua
Francês
Francesa
Morador
Moradora
Português
Portuguesa
Inglês
Inglesa
encantador
Encantadora
mau
são
chorão
Chorona
europeu
Europeia
plebeu
Plebeia
ilhéu
Ilhoa
Tabaréu
Tabaroa
brioso
Briosa
formoso
Formosa
fosco
Fosca
cocho
Cocha
bom
Boa
Lindo
Linda

UNIFORME: tendo este nome possuem apenas uma forma para os género:
a)    Terminados em –a: hipócrita, homicida, indígena, celta, maia, persa, agrícola, israelita...
b)    Terminados em –e: árabe, brilhante, breve, cafre, humilde, torpe, terrestre etc.
c)    Terminados em –l cordial, infiel, amável, ágil, azul, reinol, pueril…
d)    Terminados em –ar e –or ( apenas comparativo): exemplar, impar, maior, superior…
e)    Paraxítonos terminados em –s: reles, simples, etc.
f)     Terminados em –z : audaz, feliz, atroz, etc.
g)    Terminados em –m gráfico: virgem, ruim, comum, etc.
GRAU
É a qualidade que permite que os adjectivos possam designar com maior ou menor intensidade as características do substantivo.
 NORMAL: O adj. Modifica o nome sem gradação
EX: O José é simpático.
COMPARATIVO: Existem três graus comparativos.
1-    De superioridade: compara duas entidades e atribui a uma qualidade superior.
Ex: O Manuel é mais inteligente que (do que) o rui.

2-    De igualdade: compara duas entidades e atribui-lhes qualidades iguais 
EX: O Anacleto é tão sagaz como (quanto, que) o José.

3-    De inferioridade: compara duas entidades e atribui a uma qualidade inferior.
EX: O Anastácio é menos alto do que (que) o Denilson.
GRAU SUPERLATIVO
Relativo que por sua vez pode ser:
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO: subdivide-se em:
1. GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE INFERIORIDADE: salienta uma qualidade em relação a um todo.
EX: O Fernandes é o menos vaidoso da turma.
2-GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE SUPERIORIDADE: salienta uma qualidade em relação a um todo.
EX: O Weza é a mais popular da turma.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO: que por sua vez pode ser:
1-ANALÍTICO: apresenta um elevado grau de uma determinada qualidade.
EX: O Denis é muito forte
2-Sintetico: apresenta um elevado grau de uma determinada qualidade.
EX: O José é altíssimo.
NORMAL
COMPARATIVO
SUPERLATIVO



ABSOLUTO
RELATIVO
Bom
melhor
Óptimo
O melhor
Mau
pior
Péssimo
O pior
Grande
Maior
Máximo
O mair
Pequeno
Menor
mínimo
O menor


DERIVAÇÃO
A derivação é o processo de formação de palavras a partir de outras já existentes.
SUFIXO:  pela derivação sufixal formam-se novos substantivos, adjectivos, verbos, e, até, advérbios( terminados em –mente), daí classificar-se em
a)    Nominal: quando se aglutina a um radical para dar origem a um substantivoou a um adj: pont.eiro, pont-inha, pont-udo.
b)    Verbal: quando ligado a um radical, dá origem a um verbo: bord-ejar, suaz-ivar, amanh-ecer.
c)    Adverbial:  que é o sufixo –mente, acrescentado a forma femonina de um adj: bondosa.mente,  fraca-mente, perigosa-mente.
SUFIXO NOMINAL AUMENTATIVO
Sufixo
Ex:
sufixo
Ex:
-ão
Cadeirão
-edo
Rochedo
-aça
Mulheraça
-eirão
Bonacheirão
Aço
Giraço
-orra
Cabeçorra
-ada
Chuvada
-orro
Cachorro
Aréu
Mundaréu
-uça
Dentuça
-arra
Bocarra
-zarrão
homenzarrão

SUFIXO NOMINAL DIMINUITIVO
Sufixo
Ex:
sufixo
Ex:
-acho, a
Riacho
-Ilho,-a
pecadilho
-Ebre
casebre
-im
Espadachim
OUTROS SUFIXOS NOMINAIS

Sufixo
Ex:

-ada
Dentada, facada, papelada, colherada

-agem
Folhagem, aprendizagem

-al
Olival, laranjal, areal

-ário
Empresário, bancário, vocabulário.


SUFIXOS VERBAIS
Sufixo
Ex:
-ar
Esquiar, telefonar, embelezar
-ecer
Amanhecer, envelhecer
Ear
Folhear, tornear
Ejar
Velejar, gotejar

SUFIXO ADVERBIAL
Sufixo
Ex:
-mente
Lindamente, regularmente

Brilhantemente, ajuizadamente

PREFIXO
Prefixação: consiste na junção de um prefixo a uma forma base. Os prefixos não alteram a acentuação da base, a classe de palavra da base.
prefixo
Ex:
-ab
abdicar
-abs
Abster, abstémio
-ad
Adjacente, adjunto
-des
Desaparecer, desobedecer
-ex
Exportar, expartriar
-in, im, i
Inacabado, imortal, ilegal
trans
Tranporte, transmontano

PARASSÍNTESE: é a junção simultânea de um prefixo e um sufixo a uma forma base.
EX:en-cur-tar, des-alm-ado, in-feliz-mente.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ao contrario dos processos de afixação, em que se amplia uma palavra base pela junção de afixo, na derivação regressiva a palavra derivada é criada pela redução da palavra base.
verbo
Nome adverbial
Explicação
Abraçar
Abraço
Os nomes deverbais derivados remetem, no seu
sentido, para a acção do
verbo.
Atacar
Ataque
Perder
Perda
                                                                                                                                 
CONVERSÃO
Obtém-se uma nova palavra partindo de uma já existente, sem qualquer transformação formal da mesma. O processo de conversão integra a palavra numa nova classe de palavras.
Ex:
Explicação
Vamos comer sopa
O comer está na mesa
O verbo comer foi convertido em nome,
Bastando para isso antepor o artigo o

Luanda é a capital de Angola
Visitei a capital de Itália
Sendo a 1º utilização de capital a de adj. É regular encontrá-la como nome.



COMPOSIÇÃO
Processo morfológico de formação de palavras em que se associam duas ou mais formas de base.
AGLUTINAÇÃO
Verifica-se quando existe a junção de um radical a outro ou a mais palavras, passando a existir apenas uma sílaba predominante e modificando a forma gráfica.
Ex:

Ortografia
Junção de orto- á palavra grafia
Homonímia
Junção do radical homo-nímia
Aguardente
Junção água e ardente
Embora
Junção de em- boa e hora
Fidalgo
Junção das palavras filho, de e algo

JUSTAPOSIÇÃO
A composição por justaposição reúne duas ou mais palavras com hífen ou sem hífen, mantendo a sua forma fonética e gráfica.
Ex:
Explicação
Abelha-mestra, trabalhador-estudante
Nome-nome
Amor-perfeito, ferro-velho
Nome-adj
Belas-artes, primeiro-ministro
Adj-nome
Azul-marinho, luso-africano
Adj-adj
Passatempo,beija-flor
Verbo-nome

OS NIVEIS DE LINGUAGEM
Tanto no código oral como escrito podes verificar que a linguagem esta condicionada as varias situaçõe e as pessoas dela se servem. É diferente a  forma de transmissão usada por ti e a que é usada pelos seus professores, como também é diferente a tua linguagem, quando falas  ou escreves. Desta forma compreenderas que apareçam níveis de língua diferentes, xonforme a cultura, o meio ambiente, o grupo etário, o objectivo atingir.
LINGUA CORRENTE: é usada pelos meios de comunicação social e de massa. Para atingir todos indivíduos, com palavras usuais ao alcance de todos os que comunicam, servindo-se de um certo sistema linguístico com predomínio da denotação.
LÍNGUA CUIDADA: tem um vocabulário menos vulgar, mas rico e uma construção frásica trabalhada. Usa-se nos ensaios, prefácios, sermões, discursos… usa-se abundantemente a conotação.
LÍNGUA FAMILIAR: tem um vocabulário usual e uma construção frásica simples, a permitir a comunicação entre amigos e familiares.
LÍNGUA POPULAR :é a língua do povo, quer escrita quer falada, com marcas de gíria, calão, regionalismo.
GÍRIA: tem um vocabulário especial próprio de grupos profissionais, sócias, como estudantes, militares, actores, pedreiros.
CALÃO: é a gíria de emprego mas restrito em grupos sócias mais pobres ou marginalizados que dela se servem como forma de tranmissão fechada, a qual, por vezes, é grosseira.
CIENTIFICO: recorre a termos científicos usados especificamente numa determinada área sócio-profissional, tem haver com o conhecimento, que recorre a palavras que se usam para designar conceitos puros, lógicos e operatórios.
TECNICA: recorre a termos técnicos  usados especificamente numa determinada área sócio-profissional, tem haver com habilidade ou oficio, esta mais ligada a terminologia de ramos ou objectos da técnica e caracterização das actividades ou resultados í presentes.
TEXTOTO LITERARIO
Texto lírico ou de efusão lírica é aquele tipo de texto que permite exprimir as emoções, sentimentos e pensamentos íntimos que nascem ou se apresentam ao espírito ou seja no interior.
CARACTERISTICAS
1-Expressão do mundo interior;
2- Expressão de desejos e sentimentos
3-Predominio da enunciação na 1º pessoa e uso da 3º.
4-Tradução de entusiasmos individuais
5-O uso do verso
6-Utilização de recursos sonoros e textuais como rima, ritmo.
7-Presença das funções poéticas  e emotivas da linguagem
8-Predominio da linguagem conotativa
9-Presença de um discurso subjectivo, breve, concivo.
TEXTO NÃO LITERÁRIO
 É aquele tipo de texto que exprime o mundo exterior e objectivo, relatando acontecimentos que remetem para o conhecimento do homem  e de suas realizações no mundo.
CARACTERISTICAS
1.Enunciação na 3 pessoa
2-Acção linear, simples e breve
3-Ficção
4-Comunicação directa e indirecta através do discurso do narrador e da historia recreada.
5-Desenvolvimento rápido
6-Elementos estruturais: personagem, espaço e acontecimento
7-Número reduzido de personagem
8- Predomínio da função referencial ou informativa de linguagem
9-Narração, descrição e dialogo.
CONOTAÇÃO
Acrescenta ideias ao sentido original;
Possui sentidos que ultrapassam o comum;
Apresenta uma significação ampla;
Predomina na linguagem afectiva e expressiva;
Usada de modo criativo ( linguagem criativa);
Acontece nos textos literários, mas também em situações do quotidiano.
DENOTAÇÃO
Mantem a extensão lógica ou objectiva do significado da palavra;
Tem o sentido comum do dicionário;
Conserva uma significação restrita
Predomina na linguagemcomum e informativa
Usada de modo automático
Acontece em geral em textos informativos, científicos e técnicos.
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
INFORMATIVA: verifica-se quando há predomínio do referente, numa informação objectiva sobre a realidade exterior, de cunho essencialmente intelectual. O emissor limita-se a informar ao receptor.
Marcas: 2º pessoa, frases declarativas, clareza e objectividade.
EMOTIVA: nela há o predomínio do emissor, ao transmitir a sua mensagem carregada de emoção. Numa linguagem onde  predominam as interjeições. Exclamações, frases cortadas. O emissor exprime directamente uma emoção que tende a refletir-se no receptor.
Marcas: 1º pessoa, frasesexclamativas, interrogativas, subjectivas, interjeições, pontuação e entoação especificas adjectivação expressiva.
APELATIVA: o emissor utiliza a linguagem para influenciar o receptor  levando-o a tomar uma acção, nela se empregam o vocativo, imperativo e interrogação.
MARCAS: 2º, vocativo, frases imperativas, interrogativas e certas interjeições
FATICA: esta centrada no canal e pode ocorrer numa chamada telefónica ou sempre que o emissor sentir que precisa de manter atento o seu receptor , em qualquer tipo de comunicação.
MARCAS: formulas de saudação, interpelação, agradecimentos e despedidas.
METALINGUISTICA: para verificar se o emissor e o receptor usam o mesmo conteúdo semântico e sempre que se estuda a língua através da língua.
MARCAS: estruturas explicativas ( isto é, quer dizer…).
POÉTICA: está centrada na mensagem, valorizada pelos recursos da linguagem, onde predomina a conotação.
MARCAS: ritmo, jogo de palavras, sonoridades e sentido figurado.


Acento tônico / gráfico
1-    Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico.

Exemplos:
ca, caderno, lâmpada

2- Sílaba subtônica- Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tônico, possuem um acento secundário. A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica.

Exemplos:
terrinha, sozinho

3- Sílaba átona- As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas.
Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica).

Exemplos:
barata (átona pretônica, tônica, átona postônica)

quina (tônica, átona postônica, átona postônica)

Atenção:

Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação.

Classificação das Vogais e Consoantes

1-                     Quanto à zona de articulação:

A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.

a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta).

b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao dentes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).

c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u (resumo).


2- Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal:

A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais (nasais).

a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).

b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo).


3- Quanto à intensidade:

A intensidade está relacionada com a tonicidade da vogal.

a- tônicas: café, cama.

b- átonas: massa, bote.


4- Quanto ao timbre:

O timbre está relacionado com a abertura da boca.

a- abertas: (sapo), (neve), (bola).

b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e todas as nasais.

c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou nasais, finais ou internas). Exemplos: (cara, cantei).

Curiosidades:

Alguns autores citam um terceiro tipo de vogal quanto à intensidade, as subtônicas. Ver CEGALLA E LUFT
Ex.: pazinha


Classificação das Consoantes

As consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios:

1- Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas.

a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.

b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.


2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em:

a - bilabiais- lábios + lábios.

b- labiodentais- lábios + dentes superiores.

c- linguodentais- língua + dentes superiores.

d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes.

e- palatais- dorso do língua + céu da boca.

f- velares- parte superior da língua + palato mole.


3- Função das cordas vocais: se a cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora; caso contrário, a consoante será surda.


4- Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as consoantes serão orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais. 

Classificação dos Fonemas e Dígrafos

Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao exterior. Exemplos: pato, bota.

Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba. Exemplos: couro, baile.

Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respectivamente, de iode e vau.

Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.

Dicas:

Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca formadas somente com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.


Dígrafos

É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não há correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.

Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e outros.

Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.
Encontros Vocálicos e Consonantais

Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo.

Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo crescente), na mesma sílaba.
Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo crescente).

Hiato: é a junção de duas vogais pronunciadas separadamente, formando sílabas distintas.
Ex.: saída, coelho

Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba.
Ex.: Paraguai, arguiu.

Atenção:

Não se esqueça que só as vogais /i/ e /u/ podem funcionar como semivogais. Quando semivogais, serão representadas por /y/ e /w/, respectivamente.


Encontros consonantais

Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra, denominamos essa sequência de encontro consonantal.

O encontro pode ocorrer:

- na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo

- em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio

Atenção:

Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som de
todas as consoantes.

Classificação dos Fonemas e Dígrafos
Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao exterior. Exemplos: pato, bota.

Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba. Exemplos: couro, baile.

Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respectivamente, de iode e vau.

Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.

Dicas:

Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca formadas somente com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.


Dígrafos

É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não há correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.

Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e outros.

Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.

Classificação das Vogais e Consoantes

1-       Quanto à zona de articulação:

A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.

a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta).

b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao dentes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).

c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u (resumo).


2- Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal:

A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais (nasais).

a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).

b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo).


3- Quanto à intensidade:

A intensidade está relacionada com a tonicidade da vogal.

a- tônicas: café, cama.

b- átonas: massa, bote.


4- Quanto ao timbre:

O timbre está relacionado com a abertura da boca.

a- abertas: (sapo), (neve), (bola).

b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e todas as nasais.

c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou nasais, finais ou internas). Exemplos: (cara, cantei).

Curiosidades:

Alguns autores citam um terceiro tipo de vogal quanto à intensidade, as subtônicas. Ver CEGALLA E LUFT
Ex.: pazinha


Classificação das Consoantes

As consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios:

1- Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas.

a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.

b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.


2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em:

a - bilabiais- lábios + lábios.

b- labiodentais- lábios + dentes superiores.

c- linguodentais- língua + dentes superiores.

d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes.

e- palatais- dorso do língua + céu da boca.

f- velares- parte superior da língua + palato mole.


3- Função das cordas vocais: se a cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora; caso contrário, a consoante será surda.


4- Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as consoantes serão orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais. 

Fonemas e Aparelho fonador

2-       onemas são as entidades capazes de estabelecer distinção entre as palavras.
Exemplos: casa/capa, muro/mudo, dia/tia

A troca de um único fonema determina o surgimento de outra palavra ou um som sem sentido. O fonema se manifesta no som produzido, sendo registrado pela letra e representado graficamente por ela. O fonema /z/, por exemplo, pode ser representado por várias letras: z (fazenda), x (exagerado), s (mesa).

Atenção:

Os fonemas são representados entre barras. Exemplos: /m/, /o/.


Aparelho fonador

Os sons da fala são produzidos pelo aparelho fonador. O aparelho fonador é constituído de:

pulmões
brônquios e traqueia
laringe
glote
cordas vocais
faringe
úvula
boca e órgãos anexos
fossas nasais




8-DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO

A derivação é o processo de formação de palavras a partir de outras já existentes.
SUFIXO:  pela derivação sufixal formam-se novos substantivos, adjectivos, verbos, e, até, advérbios( terminados em –mente), daí classificar-se em
a)      Nominal: quando se aglutina a um radical para dar origem a um substantivoou a um adj: pont.eiro, pont-inha, pont-udo.
b)      Verbal: quando ligado a um radical, dá origem a um verbo: bord-ejar, suaz-ivar, amanh-ecer.
c)      Adverbial:  que é o sufixo –mente, acrescentado a forma femonina de um adj: bondosa.mente,  fraca-mente, perigosa-mente.
SUFIXO NOMINAL AUMENTATIVO
Sufixo
Ex:
sufixo
Ex:
-ão
Cadeirão
-edo
Rochedo
-aça
Mulheraça
-eirão
Bonacheirão
Aço
Giraço
-orra
Cabeçorra
-ada
Chuvada
-orro
Cachorro
Aréu
Mundaréu
-uça
Dentuça
-arra
Bocarra
-zarrão
homenzarrão

SUFIXO NOMINAL DIMINUITIVO
Sufixo
Ex:
sufixo
Ex:
-acho, a
Riacho
-Ilho,-a
pecadilho
-Ebre
Casebre
-im
Espadachim
OUTROS SUFIXOS NOMINAIS

Sufixo
Ex:

-ada
Dentada, facada, papelada, colherada

-agem
Folhagem, aprendizagem

-al
Olival, laranjal, areal

-ário
Empresário, bancário, vocabulário.


SUFIXOS VERBAIS
Sufixo
Ex:
-ar
Esquiar, telefonar, embelezar
-ecer
Amanhecer, envelhecer
Ear
Folhear, tornear
Ejar
Velejar, gotejar

SUFIXO ADVERBIAL
Sufixo
Ex:
-mente
Lindamente, regularmente

Brilhantemente, ajuizadamente

PREFIXO
Prefixação: consiste na junção de um prefixo a uma forma base. Os prefixos não alteram a acentuação da base, a classe de palavra da base.
Prefixo
Ex:
-ab
abdicar
-abs
Abster, abstémio
-ad
Adjacente, adjunto
-des
Desaparecer, desobedecer
-ex
Exportar, expartriar
-in, im, i
Inacabado, imortal, ilegal
Trans
Tranporte, transmontano

PARASSÍNTESE: é a junção simultânea de um prefixo e um sufixo a uma forma base.
EX:en-cur-tar, des-alm-ado, in-feliz-mente.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ao contrario dos processos de afixação, em que se amplia uma palavra base pela junção de afixo, na derivação regressiva a palavra derivada é criada pela redução da palavra base.
verbo
Nome adverbial
Explicação
Abraçar
Abraço
Os nomes deverbais derivados remetem, no seu
sentido, para a acção do
verbo.
Atacar
Ataque
Perder
Perda
                                                                                                                                 
CONVERSÃO
Obtém-se uma nova palavra partindo de uma já existente, sem qualquer transformação formal da mesma. O processo de conversão integra a palavra numa nova classe de palavras.
Ex:
Explicação
Vamos comer sopa
O comer está na mesa
O verbo comer foi convertido em nome,
Bastando para isso antepor o artigo o

Luanda é a capital de Angola
Visitei a capital de Itália
Sendo a 1º utilização de capital a de adj. É regular encontrá-la como nome.



8.1-COMPOSIÇÃO
Processo morfológico de formação de palavras em que se associam duas ou mais formas de base.
AGLUTINAÇÃO
Verifica-se quando existe a junção de um radical a outro ou a mais palavras, passando a existir apenas uma sílaba predominante e modificando a forma gráfica.
Ex:

Ortografia
Junção de orto- á palavra grafia
Homonímia
Junção do radical homo-nímia
Aguardente
Junção água e ardente
Embora
Junção de em- boa e hora
Fidalgo
Junção das palavras filho, de e algo

JUSTAPOSIÇÃO
A composição por justaposição reúne duas ou mais palavras com hífen ou sem hífen, mantendo a sua forma fonética e gráfica.
Ex:
Explicação
Abelha-mestra, trabalhador-estudante
Nome-nome
Amor-perfeito, ferro-velho
Nome-adj
Belas-artes, primeiro-ministro
Adj-nome
Azul-marinho, luso-africano
Adj-adj
Passatempo,beija-flor
Verbo-nome

9-OS NIVEIS DE LINGUAGEM
Tanto no código oral como escrito podes verificar que a linguagem esta condicionada as varias situações e as pessoas dela se servem. É diferente a  forma de transmissão usada por ti e a que é usada pelos seus professores, como também é diferente a tua linguagem, quando falas  ou escreves. Desta forma compreenderas que apareçam níveis de língua diferentes, conforme a cultura, o meio ambiente, o grupo etário, o objectivo atingir.
LINGUA CORRENTE: é usada pelos meios de comunicação social e de massa. Para atingir todos indivíduos, com palavras usuais ao alcance de todos os que comunicam, servindo-se de um certo sistema linguístico com predomínio da denotação.
LÍNGUA CUIDADA: tem um vocabulário menos vulgar, mas rico e uma construção frásica trabalhada. Usa-se nos ensaios, prefácios, sermões, discursos… usa-se abundantemente a conotação.
LÍNGUA FAMILIAR: tem um vocabulário usual e uma construção frásica simples, a permitir a comunicação entre amigos e familiares.
LÍNGUA POPULAR :é a língua do povo, quer escrita quer falada, com marcas de gíria, calão, regionalismo.
GÍRIA: tem um vocabulário especial próprio de grupos profissionais, sócias, como estudantes, militares, actores, pedreiros.
CALÃO: é a gíria de emprego mas restrito em grupos sócias mais pobres ou marginalizados que dela se servem como forma de tranmissão fechada, a qual, por vezes, é grosseira.
CIENTIFICO: recorre a termos científicos usados especificamente numa determinada área sócio-profissional, tem haver com o conhecimento, que recorre a palavras que se usam para designar conceitos puros, lógicos e operatórios.
TÉCNICA: recorre a termos técnicos  usados especificamente numa determinada área sócio-profissional, tem haver com habilidade ou oficio, esta mais ligada a terminologia de ramos ou objectos da técnica e caracterização das actividades ou resultados í presentes.
10-TEXTOTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO
Texto lírico ou de efusão lírica é aquele tipo de texto que permite exprimir as emoções, sentimentos e pensamentos íntimos que nascem ou se apresentam ao espírito ou seja no interior.
CARACTERISTICAS
1-Expressão do mundo interior;
2- Expressão de desejos e sentimentos
3-Predominio da enunciação na 1º pessoa e uso da 3º.
4-Tradução de entusiasmos individuais
5-O uso do verso
6-Utilização de recursos sonoros e textuais como rima, ritmo.
7-Presença das funções poéticas  e emotivas da linguagem
8-Predominio da linguagem conotativa
9-Presença de um discurso subjectivo, breve, concivo.
TEXTO NÃO LITERÁRIO
 É aquele tipo de texto que exprime o mundo exterior e objectivo, relatando acontecimentos que remetem para o conhecimento do homem  e de suas realizações no mundo.
CARACTERISTICAS
1.Enunciação na 3 pessoa
2-Acção linear, simples e breve
3-Ficção
4-Comunicação directa e indirecta através do discurso do narrador e da historia recreada.
5-Desenvolvimento rápido
6-Elementos estruturais: personagem, espaço e acontecimento
7-Número reduzido de personagem
8- Predomínio da função referencial ou informativa de linguagem
9-Narração, descrição e dialogo.
11-CONOTAÇÃO
Acrescenta ideias ao sentido original;
Possui sentidos que ultrapassam o comum;
Apresenta uma significação ampla;
Predomina na linguagem afectiva e expressiva;
Usada de modo criativo ( linguagem criativa);
Acontece nos textos literários, mas também em situações do quotidiano.
13.1-DENOTAÇÃO
Mantem a extensão lógica ou objectiva do significado da palavra;
Tem o sentido comum do dicionário;
Conserva uma significação restrita
Predomina na linguagemcomum e informativa
Usada de modo automático
Acontece em geral em textos informativos, científicos e técnicos.
12-FUNÇÕES DE LINGUAGEM
INFORMATIVA: verifica-se quando há predomínio do referente, numa informação objectiva sobre a realidade exterior, de cunho essencialmente intelectual. O emissor limita-se a informar ao receptor.
Marcas: 2º pessoa, frases declarativas, clareza e objectividade.
EMOTIVA: nela há o predomínio do emissor, ao transmitir a sua mensagem carregada de emoção. Numa linguagem onde  predominam as interjeições. Exclamações, frases cortadas. O emissor exprime directamente uma emoção que tende a refletir-se no receptor.
Marcas: 1º pessoa, frasesexclamativas, interrogativas, subjectivas, interjeições, pontuação e entoação especificas adjectivação expressiva.
APELATIVA: o emissor utiliza a linguagem para influenciar o receptor  levando-o a tomar uma acção, nela se empregam o vocativo, imperativo e interrogação.
MARCAS: 2º, vocativo, frases imperativas, interrogativas e certas interjeições
FATICA: esta centrada no canal e pode ocorrer numa chamada telefónica ou sempre que o emissor sentir que precisa de manter atento o seu receptor , em qualquer tipo de comunicação.
MARCAS: formulas de saudação, interpelação, agradecimentos e despedidas.
METALINGUISTICA: para verificar se o emissor e o receptor usam o mesmo conteúdo semântico e sempre que se estuda a língua através da língua.
MARCAS: estruturas explicativas ( isto é, quer dizer…).
POÉTICA: está centrada na mensagem, valorizada pelos recursos da linguagem, onde predomina a conotação.
MARCAS: ritmo, jogo de palavras, sonoridades e sentido figurado.

13-A pronominalização


Pronominalização (de pronominalizar +-ção) é um termo gramatical (do domínio linguístico) utilizado para designar a substituição de um nome ou de um sintagma nominal por um pronome (pessoal, possessivo, demonstrativo). Como se refere a um conteúdo gramatical, tal palavra ocorre com bastante frequência nos sumários das aulas de línguas e nas fichas de trabalho de Português, em que se solicita, precisamente, a substituição de um nome/substantivo ou de um sintagma nominal por um pronome adequado à frase e, consequentemente, correspondente à respectiva função sintáctica. Por exemplo, se, num determinado exercício, for proposta a substituição de nomes/sintagmas nominais por pronomes nas seguintes frases:
a) «Eu li o texto.» (o texto = complemento directo)
b) «O João pediu à mãe e ao pai.» (à mãe e ao pai = complemento indirecto)
c) «A Inês realizou os trabalhos.» (os trabalhos = complemento directo)
d) «A professora mostrou a caneta e deu a caneta à Joana.» (a caneta = compl. directo; à Joana = compl. indirecto)
e) O meu pai comprou milho e deu o milho aos pássaros.» (o milho = compl. directo; aos pássaros = compl. indirecto)
A resolução do exercício implicaria o seguinte resultado:
a) «Eu li-o.» (o = pronome pessoal compl. directo)
b) «O João pediu-lhes.» (lhes = pronome pessoal = compl. indirecto)
c) «A Inês realizou-os» (os = pronome pessoal compl. directo)
d) «A professora mostrou a caneta e deu-lha.» (lha = lhe + a; lhe = c. ind. +a = c. d.)
e) «O meu pai comprou milho para os pássaros e deu-lho.» (lhes + o).

14-A crase
O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contracção da preposição "a" com:
·                     artigo feminino "a" ou "as".
·                     o "a" dos pronomes "aquele"(s), "aquela"(s), "aquilo", "aqueloutro"(s) e "aqueloutra" (s).
·                     o "a" do pronome relativo "a qual" e "as quais"
·                     o "a" do pronome demonstrativo "a" ou "as".
Observação geral de Crase: Sempre haverá crase quando a oração se refere a alguém ou a alguma coisa.
O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave.
·                     Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, o a torna-se ao.
·                     As palavras terra e casa são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da palavra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador, caso contrário não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase quando vier acompanhada de um modificador - da mesma maneira que existe a expressão "a bordo", enquanto que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase.
Exemplos:
Chegamos cedo a casa (coloquialmente, "em casa").
Chegamos cedo à casa de meu pai.
·                     O pronome aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber acento grave no a inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que peça a preposição a.
·                     A contracção "à" pode surgir também com a elipse de expressões como "à moda (de)", "à maneira (de)", como em "arroz à grega" (à maneira grega), "filé à Chatô" (à moda de Chatô)", etc. É este o único caso em que "à" se pode usar antes de um nome masculino.

Regras de verificação
Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento grave) em vez da preposição a (sem acento), aplique-se uma das regras de verificação:
1) substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição, o artigo definido a permanecer, então a crase é aplicável. Exemplos:
Pedro viajou à Região Nordeste: com crase, porque equivale a Pedro viajou para a Região Nordeste
O autor dedicou o livro a sua esposa; sem crase em português do Brasil, porque equivale a O autor dedicou o livro para sua esposa; mas com crase em português de Portugal,O autor dedicou o livro para a sua esposa.
2) troca-se o complemento nominal, após "a", de um substantivo feminino para um substantivo masculino; se, com a troca, for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável. Exemplos:
Prestou relevantes serviços à comunidade; com crase, porque ao se trocar o complemento - Prestou relevantes serviços ao povo - aparece a combinação ao.
Chegarei daqui a uma hora; sem crase, porque ao se trocar o complemento - Chegarei daqui a um minuto - não aparece a combinaçãoao.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
Crase facultativa
A crase é facultativa nos seguintes casos:
·                     Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Fernanda.
·                     Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
·                     Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Casos Proibidos
Tendo por princípio basilar que a palavra "à" é o feminino de "ao", não existe crase onde também não cabe o uso de "ao". Portanto, nas seguintes situações:
·                     Antes de verbos:
Preços a combinar.
·                     Antes de substantivos masculinos, salvo no já supracitado caso de estar subentendida a expressão "à moda de":
Passear a Cavalo
·                     Antes de numerais:
De 100 a 1.000 Encontramos o produto numa faixa de preço que vai de R$120,00 a R$ 150,00.
·                     Antes de plural sem o emprego do artigo definido as:
a brilhantes cientistas a problemas
·                     Após o uso de preposições:
Antes a descoberta o cientista gritou. Após a voz de prisão o bandido entregou os comparsas. Contra a ação do governo, João realizou um protesto.
·                     Antes de pronomes indefinidos, pessoais, relativos ou demonstrativos (com exceção da terceira pessoa):
Entregue o relatório a ela. (Pessoal) Dei nota zero a esta aluna. (Demonstrativo) Permiti apenas a uma mulher conhecer-me.(Indefinido) Jamais dei dinheiro a ninguém. (Relativos) Atenção (Pronomes demonstrativos de 3ª pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas podem levar crase): Entreguei as chaves àquela mulher. (Demonstrativo)
·                     Entre substantivos idênticos:
Menino, vais tomar essa sopa gota a gota! Vamos nos encontrar cara a cara.
·                     A exceçãode:
É preciso declarar guerra à guerra! É preciso dar mais vida à vida!
·                     Antes de topônimos de cidades que não admitem a:
Vou a Salvador. Vou a Lisboa. Vou a Madri.
Obs.: Substituir por: "Estou na" ou "Vim da" (vai crase) - "Estou em" ou "Vim de" (não vai crase). Ex: Vou a Brasília. - Estou em Brasília. Vim de Brasília.(não vai crase), Estou na Brasília. Vim da Brasília.(não concorda). Ex: Vou a Bahia. - Estou em Bahia. Vim de Bahia.(não vai crase), Estou na Bahia. Vim da Bahia.(concorda e vai crase então).


15-REGÊNCIA NOMINAL
   Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
   Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo a, de
Aversão a, para, por
Doutor em
Obediência a
Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Capacidade de, para
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a
Diferente de
Necessário a
Acostumado a, com
Entendido em
Nocivo a
Afável com, para com
Equivalente a
Paralelo a
Agradável a
Escasso de
Parco em, de
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de, para, por
Fanático por
Prejudicial a
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Curioso de, por
Insensível a
Sito em
Descontente com
Liberal com
Suspeito de
Desejoso de
Natural de
Vazio de
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

15.1--Regência verbal

A sintaxe de regência é a relação sintáctica de dependência que se estabelece entre o verbo - termo regente - e o seu complemento - termo regido - com a presença, e não ira mais usar ou não de preposição.
Os termos, quando exigem a presença de outro chamam-se regentes ou subordinantes; os que completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.
Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjectivo ou advérbio), ocorre a regência nominal. Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal.
Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado. Na regência nominal, ele é obrigatoriamente preposicionado.
1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em. Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
3- Namorar – não se usa com preposição. Ex.: Joana namora Antônio.
4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a. Ex.: As crianças obedeceram aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.
5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com. Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

Classificação do Verbos

Na regência verbal os verbos podem ser:
Transitivos directos, transitivos indirectos e intransitivos.
·                     Aspirar
quando tem o sentido de sorver, tragar, inspirar, é transitivo directo e exige complemento sem o uso de preposição.
·                     Ele aspirou toda a poeira.
·                     Todos nós aspiramos essa poeira.
Quando tem o sentido de pretender, desejar, almejar, é transitivo indirecto e necessita do uso da preposição (A).
·                     Exemplos:
·                     O jogador aspirava a uma falta.
·                     O candidato a deputado aspirava a ser eleito.
·                     Eu aspirava àquele carro.
Obs.:Quando o verbo aspirar for transitivo indirecto, não se admite a substituição da preposição (A) por lhe ou lhes. Dever-se-á usar em seu lugar (a ele, a eles, a ela ou a elas).
Obs².:Quando o verbo aspirar vier acompanhado por (àquele ou àquela), o à craseado terá função de preposição, transformando assim o verbo em Transitivo Direto.
·                     Namorar como eu namorarei Fernanda Moraes

O verbo namorar é transitivo direto e não necessita do uso de preposição.
·                     Exemplo:
·                     Antonio namora Marcella. (em vez de: Antonio namora com Marcella.)
·                     Obedecer
Obedecer é um verbo transitivo indireto e necessita do uso da preposição (A).
Obs:Mesmo sendo verbo transitivo indirecto, ele pode ser usado na voz passiva.
-A fila não foi obedecida.


16.Tempos verbais
modo verbal tem a ver com a atitude do falante, o aspecto, com a duração do processo e otempo, com o momento da fala, ou seja: presente, passado ou futuro. O modo indicativo representa um grau elevado de certeza em relação ao processo verbal. Os tempos desse modo são:
·                     Presente
O presente representa um ato habitual, simultâneo ao ato da fala: eu trabalho.
·                     Pretérito imperfeito
Este tempo representa, no passado, habitualidade , duração, fatos contínuos: eu trabalhava.
·                     Pretérito perfeito
Exprime um processo acabado, localizado no passado: eu trabalhei.
·                     Pretérito mais que perfeito
Exprime um processo localizado antes ainda do pretérito perfeito: eu trabalhara.
·                     Futuro do presente
Representa um processo que ocorrerá depois da fala: eu trabalharei.
·                     Futuro do pretérito 

Exprime um processo posterior a um processo passado, significando probabilidadehipótese. É também um tempo usado para expressar modéstia, polidez: eu trabalharia.
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.

17-História da língua portuguesa

A história da língua portuguesa é a história da evolução da língua portuguesa desde a sua origem no noroeste da península ibérica até ao presente, como língua oficial falada em Portugal e em vários países de expressão portuguesa. Em todos os aspectos - fonética, morfologia, léxico e sintaxe - o português é essencialmente o resultado de uma evolução orgânica do latim vulgar trazido por colonos romanos no século III a.C., com influências menores de outros idiomas.
O português arcaico desenvolveu-se no século V d.C., após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras, como um dialecto românico, o chamado galego-português, que se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno dá-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco do seu início. A normatização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros.
A partir do séc. XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente em Portugal, abrangendo o português europeu e o português internacional. Em1990 foi firmado um tratado internacional com o objetivo de criar uma ortografia unificada, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde,Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

17.1-Expansão com os Descobrimentos

Entre os séculos XV e XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, os portugueses levaram a língua portuguesa a muitas regiões das África, Ásia e América. Simultaneamente importaram para o léxico português e de várias línguas europeias novas palavras, vindas de terras distantes.
Os primeiros contactos eram assegurados por intérpretes poliglotas, os chamados "lingoas", como Gaspar da Gama e Duarte Barbosa. O português tornou-se a lingua franca nas costas doOceano Índico e em África, usado não só pela administração colonial e pelos mercadores, mas também entre os oficiais locais e europeus de todas as nacionalidades. Vários reis do Ceilão (actual Sri Lanka) falavam português fluentemente, e os nobres normalmente tinham nomes portugueses. A propagação da língua foi ajudada por casamentos mistos entre portugueses e as populações locais.
A língua portuguesa continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático até ao século XIX. No Ceilão e na Indonésia a língua continuou popular mesmo com várias medidas contra ela levadas a cabo pelos holandeses. Algumas comunidades cristãs que falavam português, nas Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésiapreservaram a sua língua mesmo depois de se isolarem de Portugal. Ao longo dos séculos desenvolveram-se vários crioulos de base portuguesa em África, na Índia, no Sudeste Asiático e em Macau.
Topónimos como Serra Leoa, Lagos (Nigéria), Elmina (Gana), Ano Bom, Natal, Gabão, Camarões, Brasil, Cochinchina,[53] Formosa (Taiwan), Flores (Indonésia) atestam a passagem dos portugueses no século XVI. Várias palavras portuguesas entraram no léxico de outras línguas, tais como "sepatu" (sapato) em indonésio, "keju" (queijo) em malaio, "meza" (mesa) em swahili, "botan" (botão), "kompeitō" (confeito), "kappa" (capa), entre várias palavras japonesas de origem portuguesa. Simultaneamente foram importadas para a Europa palavras ligadas à marinharia e a produtos exóticos como banana, albatroz, cachalote, caju, crioulo, garoupa, sargaço, junco (navio), macaco, mandarim,[54] monção, pagode. Hoje, a maioria dos falantes do português encontram-se no Brasil, na América do Sul.