Revolução Industrial
A Revolução
industrial foi
um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A
principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufacturas. As manufacturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufactura.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufacturas. As manufacturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufactura.
A Revolução Industrial teve início
no século XVIII entre ( 1708 - 1835),
na Inglaterra, com a mecanização dos
sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era
a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia
industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada,
buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos
apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e
mercadorias.
De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução
Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis
pela crise do Antigo Regime, na passagem do
capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a
acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos
princípios iluministas, assinalam a
transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o
capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa.
O termo revolução industrial foi
usado pela primeira vez em 1837 pelo
economista francês Adolphe Blanqui
na sua obra HISTORIE DE L ECONOMIE EUROPE.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos
factores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a
mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural, matérias primas
e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos
mercados ultramarinos.
A Primeira
etapa
Entre
1760 a 1860, a Revolução
Industrial ficou
limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de
algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a
vapor contribuiu para a continuação da Revolução, Invenção e uso de novos sistemas de transporte
como, por exemplo, ferroviário (locomotivas a vapor) e navios a vapor. Estas
invenções eram para suprir a necessidade de transporte de mercadorias em larga
escala,
Os
trabalhadores das fábricas recebiam salários baixos, enfrentam péssimas
condições de trabalho e não tinham direitos trabalhistas.
Foi uma fase de transição do sistema
de produção artesanal para o industrial, Houve o uso de mão-de-obra infantil e
feminina com salários abaixo dos homens, Busca de matérias-primas e mercados
consumidores na África e Ásia, através do neocolonialismo.
A Segunda Etapa
A segunda etapa
ocorreu no período de 1860 a 1900 século XIX e começo do século XX, ao contrário
da primeira fase, países como EUA Alemanha, França, Rússia e Itália também se
industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos
combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão (veículos automotores e aviões
(carros, autocarros…). Da
locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos, - Avanços na área de
telecomunicações como, por exemplo, telefone e rádio. foram as
principais inovações desse período.
A Terceira
Fase
teve inicio
com o final da Segunda Guerra Mundial (meados do século XX). É a fase que
vivemos até a actualidade: Introdução do uso de novas fontes de energia como a
nuclear, Desenvolvimento e início do uso da informática, robótica
principalmente por parte de empresas e governos. Posteriormente para todas as
pessoas, Melhorias nas condições de trabalho com ampliação dos direitos
trabalhistas, Fortalecimento do sistema capitalista.
Desenvolvimento da Genética e da
Biotecnologia, oferecendo novos recursos para a área médica e fortalecendo a
indústria de medicamentos, Desenvolvimento da Globalização, principalmente após
o fim da Guerra Fria, que trouxe um novo cenário nas relações económicas e
formas de produção, No final do século XX e começo do XXI, temos o
desenvolvimento da Internet que alavancou o mundo do comércio e das finanças.
Inicio, a partir da década de 1970, das
preocupações com o Meio Ambiente (aquecimento global, efeito estufa, extinção
de espécies animais, buraco na camada de ozono). Vale lembrar que grande parte
destes problemas ambientais foram causados pela Revolução Industrial desde sua
primeira fase.
Avanços
da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Na área de transportes, podemos destacar a
invenção das locomotivas a vapor (Maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes
meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num
tempo mais curto e com custos mais baixos.
Finanças e Comercio: aumentou-se as
exportações em Inglaterra no século XVII; das importações das matérias-primas a
baixo preço; aumento de fornecimento de credito a longo prazo e o excelente
funcionamento da banca inglesa.
Demografia: a população teve um desenvolvimento explosivo duplicando-se
ao longo séc. XIX e XX isto é entre 1800 e 1914.
Agrícola: introdução de novas culturas batatas, milho,
trigo, cana-de-açúcar…
PRINCIPAIS AVANÇOS DA MAQUINOFATURA
Em 1733, John Kay inventa a lançadeira volante.
Em 1767 James Hargreaves inventa a "spinning janny", que permitia a um só artesão fiar 80 fios de uma única vez.
Em 1768 James Watt inventa a máquina a vapor.
Em 1769 Richard Arkwright inventa a "water frame".
Em 1779 Samuel Crompton inventa a "mule", uma combinação da "water frame" com a "spinning jenny" com fios finos e resistentes.
Em 1785 Edmond Cartwright inventa o tear mecânico.
Em 1733, John Kay inventa a lançadeira volante.
Em 1767 James Hargreaves inventa a "spinning janny", que permitia a um só artesão fiar 80 fios de uma única vez.
Em 1768 James Watt inventa a máquina a vapor.
Em 1769 Richard Arkwright inventa a "water frame".
Em 1779 Samuel Crompton inventa a "mule", uma combinação da "water frame" com a "spinning jenny" com fios finos e resistentes.
Em 1785 Edmond Cartwright inventa o tear mecânico.
A
Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reacção dos
trabalhadores
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objectivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo.
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objectivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo.
Também conhecidos como "destruidores de
máquinas", os ludistas invadiam
fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com
relação a vida dos empregados. O
cartismo foi mais brando na forma de actuação, pois optou pela via
política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores
Principais
consequências da Revolução Industrial
- Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufacturadas em máquinas e a menos tempo; Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados; Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias; Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor; Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo; Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objectivos de defender os interesses da classe trabalhadora;
- Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufacturadas em máquinas e a menos tempo; Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados; Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias; Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor; Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo; Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objectivos de defender os interesses da classe trabalhadora;
-Aumento do êxodo rural (migração de
pessoas do campo para as cidades) motivado pela criação de empregos nas
indústrias; Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar
energia para as máquinas; Crescimento desordenado das cidades, gerando
problemas de habitação; Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função
das péssimas condições de trabalho nas fábricas; Uso em grande quantidade de
mão-de-obra infantil nas fábricas.
Conclusão
A
Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a
ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo.
Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram
substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também
foram consequências nocivas para a sociedade
A
Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações
dos países que se industrializaram.
As cidades
atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais
importantes.
Na
Inglaterra, por volta de 1850,
pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do
que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e
desconfortáveis, com condições horríveis de higiene e salubridade, se
comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam
uma grande melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que
viviam em choupanas de palha.
Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos,
o esgoto formando riachos nas
ruas esburacadas.
O
trabalho do operário era
muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas.
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A
prioridade inglesa na Revolução Industrial
Vários
factores contribuíram para que a revolução industrial tivesse origem na
Inglaterra. Abundância de
matérias-primas Lã Ferro Carvão proveniente das colónias inglesas da Índia
África e da América .
Inovações técnicas (sobretudo
nos sectores fundamentais da indústria inglesa) Permitiram colocar nos mercados
produtos de melhor qualidade a melhores preços Têxtil Metalúrgica
Numerosa mão-de-obra Devido ao
aumento da população e do afluxo de trabalhadores provenientes dos campos vias
de comunicação favoráveis abertura de canais e estradas e a construção de
caminhos-de-ferro Existência de rios navegáveis Portos acessíveis
Minas Provenientes da produção agrícola e do
comércio internacional Aplicados, Existência de capitais o regime parlamentar
garantia a livre concorrência e a não intervenção na economia.
A
Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um
desses acordos foi o Tratado
de Methuen, celebrado com
a decadência da monarquia absoluta portuguesa, em 1703, por meio do
qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado português.
…………………………………………………………………………………………
Capitalismo livre mercado
Capitalismo:
sistema económico, político e social no qual os agentes económicos
(empresários), proprietários dos meios de produção permitem que esta produção
seja comercializada num mercado, onde as transacções são de natureza monetária.
Comummente definido como um sistema de organização de sociedade baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e na liberdade de contrato sobre estes bens ( LIVRE MERCADO ). "Capitalismo" é o nome que se dá às atitudes económicas decorrentes naturalmente numa sociedade que respeita a propriedade privada e a liberdade de contrato.
Monopólio: Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) é como se denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam.
Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma particularidade económica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as mesmas.
Comummente definido como um sistema de organização de sociedade baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e na liberdade de contrato sobre estes bens ( LIVRE MERCADO ). "Capitalismo" é o nome que se dá às atitudes económicas decorrentes naturalmente numa sociedade que respeita a propriedade privada e a liberdade de contrato.
Monopólio: Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) é como se denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam.
Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma particularidade económica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as mesmas.
A livre concorrência
é um princípio capitalista pelo qual qualquer um é livre para praticar formas
de troca mercadoria seguindo os princípios da livre concorrência, oferta e
procura. Um comerciante pode oferecer melhores preços que outro visando atrair
o consumidor e adquirir uma clientela.
Esse princípio favorece o cliente, que pode escolher a melhor
oferta, e tem a sua disposição comerciantes interessados em seu poder de
compra. É o oposto do monopólio comercial, muito comummente praticado durante a
fase do mercantilismo, em meados do século XV.
………………………………………………………………………………..
A
Partilha do Mundo entre as Associações de Capitalistas
As
associações de monopolistas capitalistas
partilham entre si, em primeiro lugar, o mercado interno, apoderando-se
mais ou menos completamente da produção. Mas sob o capitalismo o mercado
interno está inevitavelmente entrelaçado com o externo. Há já muito que o capitalismo
criou um mercado mundial. E à medida que foi aumentando a exportação de
capitais e se foram alargando, sob todas as formas as relações com o
estrangeiro e com as colónias e as "esferas de influência" das
maiores associações monopolistas, a marcha "natural" das coisas levou
a um acordo universal entre elas.
A Partilha do Mundo entre as Grandes
Potências
No seu livro sobre o
"desenvolvimento territorial das colónias europeias, o geógrafo A. Supan
dá o seguinte resumo desse desenvolvimento nos fins do século XIX:
PERCENTAGEM DE TERRITÓRIO
PERTENCENTE ÀS POTÊNCIAS COLONIAIS EUROPEIAS E AOS ESTADOS UNIDOS
1876
|
1900
|
Diferenças
|
|
Em África
|
10,8%
|
90,4%
|
79,6%
|
Na Polinésia
|
56,8%
|
98,9%
|
42,1%
|
Na Ásia
|
51,5%
|
56,6%
|
5,1%
|
Na Austrália
|
100%00
|
100%
|
--
|
Na América
|
27,5%
|
27,2%
|
0,3%
|
"O traço característico deste
período conclui o autor é, por conseguinte, a partilha da África e da
Polinésia." Como nem na Ásia nem na América existem terras desocupadas,
isto é, que não pertençam a nenhum Estado, há que ampliar a conclusão de Supan
e dizer que o traço característico do período que nos ocupa é a partilha
definitiva do planeta.
Para a Inglaterra, o período de
enorme intensificação das conquistas coloniais corresponde aos anos de 1860 a
1890 e muito considerável durante os últimos vinte anos do século XIX. Para a
França e para a Alemanha corresponde exactamente a esses vinte anos. Vimos
acima que o período de desenvolvimento máximo do capitalismo pré-monopolista, o
capitalismo em que predomina a livre concorrência, vai de 1860 a 1870. Agora
vemos que é exactamente depois desse período que começa o enorme
"ascenso" de conquistas coloniais, que se exacerba até um grau
extraordinário a luta pela partilha territorial do mundo. É indubitável, por
conseguinte, que a passagem do capitalismo à fase do capitalismo monopolista,
ao capital financeiro, se encontra relacionada com a exacerbação da luta pela
partilha do mundo.
POSSESSÕES COLONIAIS DAS GRANDES
POTÊNCIAS
(Em milhões de quilômetros quadrados e em milhões de habitantes)
(Em milhões de quilômetros quadrados e em milhões de habitantes)
|
Colónias
|
Metrópoles
|
Total
|
|||||
|
1876
|
1914
|
1914
|
1914
|
||||
|
km2
|
Hab.
|
Km2
|
Hab
|
Km2
|
Hab
|
Km2
|
Hab
|
Inglaterra
|
22,5
|
251,9
|
33,5
|
393,5
|
0,3
|
46,5
|
33,8
|
440,0
|
Rússia
|
17,0
|
15,9
|
17,4
|
33,2
|
5,4
|
136,2
|
22,8
|
169,4
|
França
|
0,9
|
6,0
|
10,6
|
55,5
|
0,5
|
9,6
|
11,1
|
95,1
|
Alemanha
|
--
|
--
|
2,9
|
12,3
|
0,5
|
64,9
|
3,4
|
77,2
|
Estados Unidos
|
--
|
--
|
0,3
|
0,39,7
|
9,4
|
97,0
|
9,7
|
106,7
|
Japão
|
--
|
--
|
0,3
|
19,2
|
0,4
|
53,0
|
0,7
|
72,2
|
Total para as 6 grande potências
|
40,4
|
273,8
|
65,0
|
523,4
|
16,5
|
437,2
|
81,5
|
960,6
|
Colónias de outra potências (Bélgica, Holanda, etc)
|
|
|
|
|
|
|
9,9
|
45,3
|
Outros países
|
|
|
|
|
|
|
14,5
|
361,2
|
Total na terra
|
|
|
|
|
|
|
133,9
|
1.657,0
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ao falar da política colonial da
época do imperialismo capitalista, é necessário notar que o capital financeiro
e a correspondente política internacional, que se traduz na luta das grandes
potências pela partilha económica e política do mundo, originam abundantes
formas transitórias de dependência estatal. Para esta época são típicos não só
os dois grupos fundamentais de países - os que possuem colónias e as colónias
-, mas também as formas variadas de países dependentes que, dum ponto de vista
formal, político, gozam de independência, mas que na realidade se encontram
envolvidos nas malhas da dependência financeira e diplomática.
Para terminar com o que diz respeito
à partilha do mundo devemos notar ainda o seguinte. Não só as publicações
americanas depois da guerra hispano-americana, e as inglesas depois da guerra
anglo-boer, apresentaram o assunto de um modo completamente aberto e definido
em fins do século XIX e princípios do século XX; não só as publicações alemãs,
que seguiam "de maneira mais zelosa" o desenvolvimento do
"imperialismo britânico", têm vindo a apreciar sistematicamente este
fato. Também as publicações burguesas de França apresentaram a questão de modo
suficientemente claro e amplo, na medida em que isso é possível de um ponto de
vista burguês. Referimo-nos ao historiador Driault, autor de Problemas Políticos e
Sociais de Fins do Século XIX, que diz o seguinte, no capítulo sobre "As
grandes potências e a partilha do mundo": "Nestes últimos anos, todos
os territórios livres do globo, com excepção da China, foram ocupados pelas
potências da Europa ou pela América do Norte. Produziram-se já, com base nisto,
alguns conflitos e deslocações de influência, precursoras de transformações
mais terríveis num futuro próximo.
………………………………………………………………………….
A PARTILHA DE
ÁFRICA
A divisão do continente africano teve seu início na segunda parte do
século XIX. Porém, foi um pouco depois, na Conferência de Berlim (1884 – 1885)
que a delimitação das fronteiras da África atingiu seu ponto máximo. Nesta
conferência foram decididas normas a serem obedecidas pelas potências
colonizadoras. Apesar do intuito inicial da reunião ter sido o de acertar os
limites de interesse económicos destes países na região, não foi possível
alcançar um equilíbrio entre as ambições imperialistas de cada nação.
O
papel da conferência, que contou com a participação de 14 países, era delinear
as regras da ocupação. “A conferência não ‘dividiu’ a África em blocos
coloniais, mas admitiu princípios básicos para administrar as actividades europeias
no continente, como o comércio livre nas bacias dos rios Congo e Níger
A partilha da África foi decidida por Rússia, EUA e 14 países da Europa.
A França, apesar de ter perdido o Egipto para os britânicos, dominava Argélia, Tunísia, ilha de Madagáscar, Somália Francesa, Marrocos
e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.
A Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República dos Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve
o litoral da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o Congo.
Com excepção da
Etiópia e da Libéria, todo o continente ficou sob o domínio europeu”, diz a
historiadora Nwando Achebe, da Universidade Estadual do Michigan. A Libéria,
formada por escravos libertos enviados de volta pelos Estados Unidos, havia se
tornado independente em 1847. Na Etiópia, a independência foi garantida depois
da Conferência de Berlim, com a vitória do exército do imperador Menelik II
sobre tropas italianas na batalha de Adwa, em 1896.
O
interesse europeu pela África vinha de muito tempo antes da conferência. No
século 15, os portugueses já haviam chegado aos arquipélagos de Cabo Verde e
São Tomé e Príncipe, iniciando sua ocupação do continente (que depois se
estendeu a Angola e Moçambique). Os britânicos ocuparam partes da atual África
do Sul, do Egito, do Sudão e da Somália no século 19. No mesmo período, os
franceses se apoderaram de parte do Senegal e da Tunísia, enquanto os italianos
marcavam presença na Eritréia desde 1870. Em 1902, França e Inglaterra já
detinham mais de metade do continente.
Guerras
Com a constante presença dos europeus no continente
africano, desencadearam-se diversas disputas colonialistas. Uma delas foi
a Guerra dos Bôeres(1899-1902). A Inglaterra, que
dominava há muito tempo a Colônia do Cabo (África do Sul), entrou em conflito com
os bôeres colonos holandeses que
dominavam Orange e Transvaal. A descoberta de ouro e diamantes na região e
Joanesburgo, área dos bôeres, foi o que atraiu o interesse britânico. A Guerra
dos Bôeres estourou em 1899 e foi até 1902. A Inglaterra saiu vitoriosa e
anexou o território de Orange e Transvaal às suas colônias.
A divergência entre Portugal e
Inglaterra devido o mapa cor de rosa que interferia nos planos ingleses de
ligar a cidade do cabo ao Egipto através de uma linha férrea.
Consequências
Esta divisão, feita de acordo com os interesses
coloniais, criou conflitos na sociedade africana, problemas étnicos, económicos
e políticos. Nenhum regime político funcionou no continente. O socialismo não
foi eficiente e os estados capitalistas tornaram-se tristes exemplos do mau
funcionamento da economia liberal. A miséria que toma a população do continente
tem origens na dívida externa que cresce a cada ano.
Provocou mudanças profundas não apenas no dia-a-dia, nos
costumes, na língua e na religião dos vários grupos étnicos que viviam no
continente. Também criou fronteiras que, ainda hoje, são responsáveis por
tragédias militares e humanitárias.
……………………………………………………………………………..
A primeira expansão europeia teve o seu início no
século XV, tendo como países pioneiros Portugal e Espanha. Esta expansão teve
como principais razões ou causas:
Causas
económicas
- Procura de fontes produtoras de
produtos agrícolas para satisfazer as necessidades da população europeia,
principalmente especiarias que vinham da Índia.
- Procura de mercados
consumidores de produtos manufacturados na Europa.
- Escassez de metais preciosos na
Europa.
Assim sendo, os europeus pretendiam monopolizar e
controlar o comércio que se realizava entre a Europa, África Oriental e Ásia,
que até então se encontrava nas mãos dos comerciantes Italianos e Turcos, para
posterior obtenção de produtos orientais a preços baixos.
Como se sabe, muitos produtos do oriente,
principalmente especiarias da Índia eram levados pelos comerciantes Árabes e
Turcos, aos postos comerciais do mediterrâneo, onde revendiam a preços tão
elevados. Este facto levou ao povo europeu a procurar novas rotas comerciais
que lhes permitissem chegar ao oriente e obter matérias-primas e especiarias
(pimenta) a baixos preços.
Causas Técnico-Científicas
A descoberta de novas técnicas de navegação e de
orientação como a bússola, leme, astrolábio e da caravela, substituindo as
antigas técnicas de navegação rudimentares como orientação pelos acidentes
geográficos, luzes dos faróis, sol, estrela polar, etc.
Causas políticas
A existência na Europa de Estados centralizados, apoiados
pela burguesia comercial e o desmembramento da sociedade feudal, a ausência de
conflitos internos e externos. Os novos estados estimulavam o desenvolvimento
do comércio e da indústria manufactureira, abolindo todas as barreiras
alfandegárias impostas pelos senhores feudais.
Causas religiosas
A necessidade de expandir o cristianismo e a intensa
luta contra a expansão do islamismo.
O que levou Portugal e Espanha a serem pioneiros da
expansão europeia, foi a sua localização geográfica favorável a navegação
marítima, situados junto ao Oceano Atlântico, para além de que já eram estados
centralizados, com profundos conhecimentos da navegação. Para além, estes
países careciam de cereais; ouro e de especiarias, que até então conseguiam a
preços exorbitantes. Foi precisamente a conjugação de todas estas razões que
levariam a Portugal e Espanha a iniciarem a expansão, rumo a fonte produtora de
especiarias.
Culturais
Os europeus por se considerarem mais civilizados
vinham com a intenção de civilizar os africanos considerados povos não
civilizados.
A certeza da existência de riquezas africanas, fez
nascer neste período uma série de associações e sociedades de patrocínio a
estas viagens. Teoricamente definidas como associações científicas e
filantrópicas, organizadas com o objectivo de promover a exploração e a
“civilização” africana, elas tiveram essencialmente fins políticos e não
surgiram desligadas das rivalidades entre as potências europeias. Destacou-se
aqui a Associação Internacional Africana, criada depois da Conferência
Geográfica de 1876, que decorreu sob os auspícios do rei Leopordo II da
Bélgica.
Entretanto, em Portugal que
acompanhou o movimento, surgiu em 1875, a Sociedade de Geografia de Lisboa.
Pouco tempo depois, em 1877, Serpa Pinto atravessou o continente de lés-a-lés e
capelo e Ivens partindo de Moçâmedes até Quelimane, seguindo grande parte do
rio Zambeze e centrando as suas atenções entre Angola e Moçambique, eixo das
rivalidades luso-britânico.
Expansão
marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América tendo achado que já estava na Índia, pelo que chamou este povo de Índios.
A seguir a
principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
Expansão
marítima portuguesa
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
A expansão ultramarina envolveu somas
milionárias. Para financiá-la, a Coroa portuguesa aumentou impostos, recorreu a
empréstimos junto a grandes comerciantes e banqueiros, inclusive italianos, e
aos recursos acumulados pela Ordem de Cristo, herdeira da antiga Ordem dos
Templários braço armado da Igreja, a Ordem dos Templários enriqueceu com os
saques realizados no Oriente Médio durante as cruzadas, nos séculos XII e XIII.
Com hierarquia própria, homens armados e muito dinheiro, transforma-se em um
poder paralelo dentro da Igreja. Dissolvida pelo papa, os integrantes da ordem
são perseguidos por toda a Europa. Portugal acolhe os templários e suas
fortunas durante o reinado de dom Diniz, de 1279 a 1325. Eles fundam a Ordem de
Cristo. Dom Henrique, membro da ordem e administrador de seus recursos, usa
essa riqueza para financiar o projecto ultramarino.
Na época das grandes navegações e descobrimentos, reinava em Portugal a Casa de Avis, dinastia fundada por dom João I, o Mestre de Avis, em 1385, após uma crise sucessória no reino. Ele conquistou a Coroa pelas armas, apoiado pela pequena nobreza, camponeses, comerciantes, armadores e ricos representantes dos ofícios urbanos. Todos tinham um interesse em comum: a expansão comercial e marítima.
A busca de uma nova rota para o Oriente exigiu o aperfeiçoamento das técnicas de navegação até então conhecidas. Portugal fez isso sob a direcção do infante dom Henrique, irmão do rei dom João I. O infante reuniu no promontório de Sagres, no Algarve, os maiores especialistas em navegação, cartografia, astronomia, geografia e construção naval. Formando, assim, o mais completo e inovador centro de estudos náuticos da época.
Os especialistas de Sagres aperfeiçoaram instrumentos de navegação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestilha e o sextante. Desenvolveram a cartografia moderna e foram os primeiros a calcular com precisão a circunferência da Terra em léguas, numa época em que poucos acreditavam que o planeta fosse redondo.
Em Sagres nasceu a caravela latina: robusta para poder enfrentar mar alto e tempo ruim, pequena para explorar litorais recortados e ágil para navegar com ventos contrários. Com essa embarcação exclusiva dos portugueses, os navegadores do reino enfrentaram os perigos e surpresas do "mar Oceano", exploraram o litoral da África e encontraram o caminho marítimo para o Oriente.
Entre 1421 e 1434 os lusitanos chegaram aos arquipélagos da Madeira e dos Açores e avançaram para além do cabo Bojador. Em 1436 atingiram o Rio Douro e começaram a conquista da Guiné. Ali se apropriaram da Mina, centro aurífero explorado pelos reinos nativos em associação aos comerciantes mouros, a maior fonte de ouro de toda a história de Portugal. Em 1441 os portugueses chegaram ao cabo Branco. Em 1444 atingiram a ilha de Arguim, onde instalaram a primeira feitoria em território africano, e iniciaram a comercialização de escravos, marfim e ouro. Entre 1445 e 1461 descobriram Cabo Verde, navegaram pelos rios Senegal e Gâmbia e avançaram até Serra Leoa. De 1470 a 1475 exploraram a costa de Serra Leoa até o cabo Santa Catarina. Em 1482 chegaram a São Jorge da Mina e avançaram até o rio Zaire, o trecho mais difícil da costa ocidental africana. Cinco anos mais tarde, em 1487, Bartolomeu Dias atinge o cabo das Tormentas, no extremo sul do continente – que passa a ser chamado de cabo da Boa Esperança –, e atinge o Índico. Conquistava, assim, o trecho mais difícil do caminho para as Índias.
Na época em que os portugueses atingiram a foz do rio Zaire, Cristóvão Colombo trabalhava para Portugal e integrava a equipe de pilotos de Sagres. Ali elaborava seus cálculos – errados – sobre a circunferência da Terra em léguas: imaginava as Índias muito mais próximas da Europa. Em 1483 ofereceu ao rei de Portugal, dom João II, seu projeto de alcançar as Índias pelo ocidente. Como os portugueses já têm seus próprios planos – chegar às Índias contornando a África –, rejeitam a proposta de Colombo, mais tarde bancada pela Espanha.
Na época das grandes navegações e descobrimentos, reinava em Portugal a Casa de Avis, dinastia fundada por dom João I, o Mestre de Avis, em 1385, após uma crise sucessória no reino. Ele conquistou a Coroa pelas armas, apoiado pela pequena nobreza, camponeses, comerciantes, armadores e ricos representantes dos ofícios urbanos. Todos tinham um interesse em comum: a expansão comercial e marítima.
A busca de uma nova rota para o Oriente exigiu o aperfeiçoamento das técnicas de navegação até então conhecidas. Portugal fez isso sob a direcção do infante dom Henrique, irmão do rei dom João I. O infante reuniu no promontório de Sagres, no Algarve, os maiores especialistas em navegação, cartografia, astronomia, geografia e construção naval. Formando, assim, o mais completo e inovador centro de estudos náuticos da época.
Os especialistas de Sagres aperfeiçoaram instrumentos de navegação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestilha e o sextante. Desenvolveram a cartografia moderna e foram os primeiros a calcular com precisão a circunferência da Terra em léguas, numa época em que poucos acreditavam que o planeta fosse redondo.
Em Sagres nasceu a caravela latina: robusta para poder enfrentar mar alto e tempo ruim, pequena para explorar litorais recortados e ágil para navegar com ventos contrários. Com essa embarcação exclusiva dos portugueses, os navegadores do reino enfrentaram os perigos e surpresas do "mar Oceano", exploraram o litoral da África e encontraram o caminho marítimo para o Oriente.
Entre 1421 e 1434 os lusitanos chegaram aos arquipélagos da Madeira e dos Açores e avançaram para além do cabo Bojador. Em 1436 atingiram o Rio Douro e começaram a conquista da Guiné. Ali se apropriaram da Mina, centro aurífero explorado pelos reinos nativos em associação aos comerciantes mouros, a maior fonte de ouro de toda a história de Portugal. Em 1441 os portugueses chegaram ao cabo Branco. Em 1444 atingiram a ilha de Arguim, onde instalaram a primeira feitoria em território africano, e iniciaram a comercialização de escravos, marfim e ouro. Entre 1445 e 1461 descobriram Cabo Verde, navegaram pelos rios Senegal e Gâmbia e avançaram até Serra Leoa. De 1470 a 1475 exploraram a costa de Serra Leoa até o cabo Santa Catarina. Em 1482 chegaram a São Jorge da Mina e avançaram até o rio Zaire, o trecho mais difícil da costa ocidental africana. Cinco anos mais tarde, em 1487, Bartolomeu Dias atinge o cabo das Tormentas, no extremo sul do continente – que passa a ser chamado de cabo da Boa Esperança –, e atinge o Índico. Conquistava, assim, o trecho mais difícil do caminho para as Índias.
Na época em que os portugueses atingiram a foz do rio Zaire, Cristóvão Colombo trabalhava para Portugal e integrava a equipe de pilotos de Sagres. Ali elaborava seus cálculos – errados – sobre a circunferência da Terra em léguas: imaginava as Índias muito mais próximas da Europa. Em 1483 ofereceu ao rei de Portugal, dom João II, seu projeto de alcançar as Índias pelo ocidente. Como os portugueses já têm seus próprios planos – chegar às Índias contornando a África –, rejeitam a proposta de Colombo, mais tarde bancada pela Espanha.
Após a chegada dos portugueses em
África, e dos europeus em geral, numa primeira fase as suas relações incidiram
nas trocas comerciais, sem no entanto interferir nos assuntos políticos.
Naquilo que eram os objectivos dos europeus de obter matérias-primas,
mão-de-obra barata, mercados consumidores dos produtos industriais europeus e
especiarias, estes acabam por se fixar em África, a fim de conseguir o Ouro,
Marfim e Escravos, produtos ou mercadorias de grande interesse na altura. As
trocas comerciais eram desiguais, pois os africanos entregavam produtos de
grande valor como Ouro, Marfim, Escravos e em troca recebiam missangas,
porcelanas e outros produtos de baixo valor, manufacturados na Europa.
Etapas da
expansão Portuguesa:
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. 1482-Chegada a voz do rio zaire
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. 1482-Chegada a voz do rio zaire
As rivalidades Ibérica
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
Inglaterra, França e Holanda.
O atraso na centralização
política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:
A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
Foi neste
clima que os europeus iniciaram a enviar missionários e aventureiros para o
interior do continente africano, testemunhado por seguintes exemplos:
Ø David Livingstone, Missionário
Inglês que entre 1840 e 1873 em sucessivas viagens percorreu o curso do rio
Zambeze, o Lago Niassa e a região de Tanganhica, atingindo as nascentes do rio
Zaize, descobrindo o lago Ngoni.
Ø Stanley, que em 1871 parte zanzibar
em direcção ao lago Tanganhica à procura de Livingstone, atravessando a África
Equatorial, da Costa Oriental (Zanzibar) à Costa Ocidental (foz do Zaire),
entre 1875-1877.
Ø Savogan Brazza, que em 1873,
empreendeu o reconhecimento da região equatorial na Costa Ocidental Africana, a
norte do rio Zaire e Niassalândia e reclamou a região do Congo para
a França.
Ø Serpa Pinto e Roberto Ivans Brito,
fizeram viagens para o interior africano, partindo de Moçãmedes em Angola até
Quelimane em Moçambique.
Ø Carl Peters (1856-1881) explorou a
região dos grandes lagos.
Ø Richard Burton, John Speke e James Augustus Grant descobriram os grandes lagos
centrais e a nascente do Rio Nilo.
…………………………………………………………………………………….
A CONFERÊNCIA DE BERLIM
Face a
tensão que se vivia na época, sobre a partilha de África, o CHANCELER OTTO VON BISMARCK convocou, sob a
proposta de Portugal, a CONFERENCIA DE BERLIM que ocorreu de 19 de Novembro
1884 a 26 de Fevereiro de 1885.
Participaram
da conferência 15 Paises (13 dos quais europeus), a Itália, França,
Grã-Bretanha, Dinamarca, Espanha, Aleman
‘ha, Portugal, Bélgica,
Holanda, Suécia, Rússia e Império Austro- Húngaro (actuais Áustria e Hungria),
Estados Unidos, Império Otomano (actual Turquia).
Os Estados
Unidos não possuíam uma colónia na África, (somente mais tarde a Libéria), mas eram uma potência em ascensão e
tinham passado recentemente por uma guerra civil (1861-1865)
relacionada com a abolição da escravatura naquele
país.
A Turquia também
não possuía colónias na África, mas era o centro do Império Otomano, com interesses no norte de África
e os restantes países europeus que não foram “contemplados” na partilha de África,
também eram potências comerciais ou industriais, com interesses indirectos
naquele continente.
A
Grã-Bretanha e a França foram os países que ocuparam o maior número de
territórios, em seguida veio Portugal, Bélgica, Espanha, Itália – que, apesar
de ter iniciado tarde na corrida
colonial, devido ao processo de unificação nacional pelo qual passava, nao
parou
Vários temas
foram abordados durante a Conferência, porém, o objectivo maior era a
elaboração de um conjunto de regras que dispusessem sobre a conquista da África
pelas potências coloniais da forma mais ordenada possível, mas que acabou
resultando em uma divisão nada pacífica.
Durante a
Conferência houve um momento de tensão muito sério devido a um plano apresentado
por Portugal, conhecido como Mapa Cor-de-Rosa, no qual ele esboçou a intenção
de ligar Angola a Moçambique a fim de aprimorar a comunicação entre as duas
colónias e tornar mais fácil o comércio e o transporte de mercadorias.
A aprovação da
ideia foi unânime, até o momento em que a Inglaterra, que Portugal considerava
sua aliada, se opôs veementemente e ameaçou – por meio de um ultimato que ficou
conhecido na história pelo nome de Ultimato Britânico de 1890 –
declarar guerra a Portugal caso esse não desistisse de seus planos. Portugal
agiu com bom senso, pois temendo represálias, abandonou a ideia.
Causas da conferência de Berlim
A causa primordial da conferência de Berlim, foi o
conflito entre a Bélgica e a França sobre a região do Congo e a intenção da Alemanha
em criar um império colonial em África.
Objectivos da conferência de Berlim
- Obter
um acordo de princípios entre as potências imperialistas/europeias para
uma ocupação efectiva oficial;
- Regular
o comércio e a navegação nas bacias dos rios Níger e Congo.
·
organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão
que não respeitou, nem a história, nem
as relações étnicas e mesmo familiares dos povos.
O Império Alemão, país anfitrião, não
possuía colónias na África, mas, tinha esse desejo e viu-o satisfeito, passando
a administrar o “Sudoeste Africano” (actual Namíbia) e o Tanganhica;
Principais deliberações tomadas na Conferência de
Berlim
- Decidiu-se
que o comércio de todas as nações passaria a gozar de uma completa
liberdade nas bacias dos rios Níger e Congo;
- Reconhece-se
o estado Congo-Belga como propriedade perticular do rei da Bélgica ;
- Decidiu-se
que todas as potências consignatárias deveriam abolir nas suas colónias o
comércio de escravos;
- Decidiu-se
que em caso de dúvidas sobre a delimitação de fronteiras, devera-se
resolver por meio de conversações;
- Estabeleceu-se
o princípio de ocupação militar, segundo o qual todas as potências que
tivessem colónias em África deveriam ocupar político e militarmente as
suas colónias sob risco de perdê-las. Assim, os territórios africanos
deverão pertencer aos países que tivessem meios para os ocupar de facto.
Após a conferência, seguiu-se o
processo de ocupação efectiva da África, segundo a cláusula de ocupação da
África definida. Assim, a ocupação da África pelas potências europeias resultou
numa autêntica partilha e divisão de África sem respeitar nem a história, nem
as relações étnicas do continente.
Formas usadas pelas potências imperialistas para
a penetração e ocupação de África
Para a ocupação dos territórios africanos, as
potências coloniais usaram diferentes formas de penetração, destacando-se as
seguintes:
ü Companhias militares e
ü Companhias
comerciais.
……………………………………………………………………………………
OCUPAÇÃO EFECTIVA DE ÁFRICA
Após o
reconhecimento, seguiu-se o processo de ocupação dos territórios reconhecidos,
segundos os objectivos de cada potência. Esta corrida colonial ocorrida no
último quartel do século XIX, veio agravar os conflitos já existentes entre as
potências imperialistas, pela posse de zonas de influência para explorar
mão-de-obra barata, matérias-primas e mercados consumidores dos produtos
industrializados da Europa.
Principais conflitos internacionais entre as potências
na conquista de colónias em África
A Inglaterra com a compra do cabo em 1815, tendo
originado o conflito Anglo-boer, entre 1899-1902, disputando o controlo total
de todas as regiões mineiras da África do sul. Entre Portugal e Inglaterra
rebentou a guerra Luso-britânica, causada pela coincidência de projectos entre
os dois países, pois Portugal pretendia materializar o seu projecto mapa-cor-de-rosa, segundo
o qual Moçambique e Angola estariam geograficamente unidos, projecto este que
ia contra os interesses de Cécil Rhodes, então comissário britânico, que
pretendia construir uma linha férrea ligando o cabo ao cairo, para facilitar o
escoamento das matérias-primas e dos produtos industrializados das colónias
para a metrópole e vice-versa. Assim, a Inglaterra enviou um ultimato a 11 de
Janeiro de 1890, num prazo de 48 horas pedindo a retirada das tropas
portuguesas ali estacionadas. O não cumprimento deste ultimato implicaria o
corte das relações diplomáticas entre os dois países. Com o eventual recurso ao
uso da força e perante a impossibilidade de Portugal de enfrentar um inimigo
tão poderoso, o governo português cedeu as regiões em causa na tarde do mesmo
dia, principalmente nas regiões da Machonalândia e do Chire.
Para além dos dois conflitos do extremo centro e sul,
também no extremo norte Portugal envolveu-se em guerra com a Alemanha que
ocupava o Tanganhica, actual Tanzânia, a chamada guerra Luso-germânica sobre a
fixação da fronteira norte de Moçambique. A Alemanha hasteou a sua imperial
bandeira em ambas margens do rio Rovuma tendo penetrado em 1894, na margem sul,
expulsando a reduzida guarnição portuguesa ali estacionada, substituindo-a por
uma alemã. Entretanto, este projecto alemão não se efectivou em virtude da
Alemanha ter saído derrotada na primeira guerra, pois havia uma cláusula
definida na SDN segundo a qual, todas as potências derrotadas na primeira
guerra Mundial deveriam perder todas as suas colónias e assim sendo, a Alemanha
retirou-se nos territórios em causa.
Em 1904-1905, rebentou a guerra Russo-japonesa,
envolvendo países como a Rússia e o Japão pelo controlo da Manchúria chinesa e
da correia. A anexação da Bósnia e da herzegovina pela Áustria Hungria, levou a
eclosão da guerra de 1912-1913, as chamadas duas guerras balcânicas. Nesta
guerra, a Rússia choca-se com a Alemanha que pretendia construir uma linha
férrea Berlim-Bisáncio-Bagdad (B-B-B). As rivalidades agudizavam cada vez mais,
levando a formação de alianças militares.
Esta crescente luta era causada pela obtenção de zonas
de influências donde poderia se obter matérias-primas a preço mais baixo,
mão-de-obra barata e mercado para a venda dos seus produtos industriais
O Incidente de Fachoda de 1898 foi um
dos conflitos cruciais para que a Europa
consolidasse suas possessões no continente africano. Levou ao Reino Unido e França à margem de uma guerra porém culminou em uma
grande vitória estratégica para o Reino Unido, e dispôs as bases para o "Entente cordiale" de 1904 entre
as nações rivais. O conflito surgiu de algumas batalhas sobre o controle de
certas regiões no Nilo, o que aconteceu foi que Reino Unido se expandiu até o Sudão. Os franceses se retiraram após um empate, e
continuaram pressionando os reclamos de outros postos da região. Em março
de 1899 os franceses e britânicos concordaram que os
nascimentos dos rios Nilo e Congo marcaram a fronteira de seus domínios.
Ocupação britânica do Egipto e
África do Sul
As ocupações no Egito e
na Colônia do Cabo por parte do Reino Unidocontribuíram para a preocupação de se preservar a
nascente do Rio Nilo. OEgito foi
ocupado pelas forças britânicas em 1882 (mesmo
que não havia sido declarado formalmente um protetorado até 1914, e nunca
foi uma colónia);Sudão, Nigéria, Quênia e Uganda foram
subjugados na década de 1890 e no início da década de 1900; e no sul,
a colônia do cabo, adquirida em 1795, proveu a
base para a subjugação dos estados africanos vizinhos e os povoados holandeses
que haviam abandonado o Cabo para evitar os britânicos e mais tarde fundariam
suas próprias repúblicas. Em 1877, Theophilus Shepstone anexou a República Sul Africana aos domínios britânicos.
O Reino Unido consolidou seu poder sobre a maioria das
colônias da África do Sul em1879 depois
da Guerra Anglo-Zulu. Os bôeres protestaram e em
Dezembro de1880 se revoltaram, fato que levou à Primeira
Guerra dos Bôeres (1880-1902). O
primeiro-ministro inglês William Ewart Gladstone assinou um tratado de paz
em 23 de março de 1881,
outorgando-lhes um governo livre. A Segunda
Guerra dos Bôeres transcorreu
entre 1899 e 1902; as
repúblicas independentes do Estado Livre de Orange e a República Sul Africana foram derrotadas e anexadas
ao Império Britânico
Colónias africanas por potência colonizadora
Alemanha
Camarões, Tanzania, Namíbia. Togo
Bélgica
Ruanda, Burundi, RDC.
Espanha
Guine Equatorial, Sara Ocidental
França
Argélia, Tunísia, Marrocos,
Mauritânia, Senegal, Mali, Guine, Costa do Marfim, Nigéria, Burquina Faso,
Benim, Gabão, R. do Congo, RCA, Chade,
Somália, Madagáscar, Comores, Djibuti
Itália
Líbia, Eritreia, Somália
Portugal
Angola, Moçambique, Cabo Verde,
Guine Bissau, São Tomé e Príncipe, São João de ajuda
Reino Unido
Egipto, Sudão, África do sul,
Quénia, Uganda, Somália, Zimbabwe, Zâmbia, Botswana, Gâmbia, Serra leoa, Nigéria, Camarões, Ghana, Malawi
Libéria; fundada pela Sociedade Americana de Colonização dos Estados
Unidos em 1821. Declarou
independência em 1847.
Etiópia (Abissínia); teve as suas fronteiras redefinidas
com a Somália Italiana e a Somália Francesa (moderno Djibouti), fugazmente
ocupada pela Itália entre 1936 e 1941 durante
a Crise da Abissínia na Segunda Guerra Mundial.
Tiros e mentiras
A ocupação não se deu somente com a força das armas de fogo,
que eram novidade para muitos dos povos subjugados. A trapaça foi largamente
usada para a conquista e manutenção dos territórios. O rei Lobengula, do povo
Ndebele, é um exemplo: assinou um contrato em que acreditava ceder terras ao
magnata britânico Cecil Rhodes em troca de “proteção”. O problema é que o
contrato firmado pelo rei não incluía a segunda parte do trato. O monarca nem
percebeu, pois era analfabeto e não falava inglês. Apesar dos protestos de
Lobengula, que acreditava que a palavra valia alguma coisa entre os
recém-chegados, o governo da Inglaterra se fez de desentendido. Apoiou a
exploração do território Ndebele, no atual Zimbábue, de onde Rhodes tirou
toneladas de ouro.
O
mais famoso entre os trapaceiros, no entanto, foi o rei Leopoldo II, que
conseguiu passar a perna em africanos e europeus. Soberano de um pequeno país,
a Bélgica, não tinha recursos nem homens para ocupar grandes territórios. Por
isso, criou associações que se apresentavam como científicas e humanitárias, a
fim de “proteger” territórios como a cobiçada foz do rio Congo. “Graças a
hábeis manobras diplomáticas, ele conseguiu obter o reconhecimento, por todas
as potências da época, de um ‘Estado Livre do Congo’, do qual ele seria o
governante absoluto”.
Mas o principal método utilizado pelos europeus foi o bom e
velho “dividir para dominar”. A idéia era se aproveitar da rivalidade entre
dois grupos étnicos locais (ou criá-la, se fosse inexistente) e tomar partido
de um deles. Com o apoio do escolhido, a quem davam armas e meios para subjugar
os rivais, os europeus controlavam a população inteira. “Pode-se dizer que
todas as potências conduziam a conquista da mesma forma: através da força
bruta, dividindo para dominar e usando soldados que eram principalmente
africanos e não europeus”.
SISTEMA
COLONIAL EM AFRICA
Administração Directa: Portugal Bélgica,
França.
Sem
a participação dos chefes africanos tinham como regra geral o assimilacionismo
que foi o fundamento da doutrina colonial francesa pois usavam uma língua e
assumiam uma posição etnocêntrica.
Administração indirecta: britânicas,
Alemães
OBJECTIVO:
1 desenvolver o sistema imperial britânico alemão.
2:
Instaurar novas relações entre colonos e colonizados mesmo depois da
independência.
…………………………………………………………………………
A Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra antes de
1939, Guerra das Guerras ou ainda como a Última Guerra Feudal) foi um conflito
mundial ocorrido entre Agosto de 1914 a 11 de Novembro de 1918. A guerra
ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França,
Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a
Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e
Império Turco-Otomano). A guerra causou o colapso de quatro impérios e mudou de
forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.
Causas
- A rivalidade anglo-alemã: A origem dessa rivalidade entre a Inglaterra e a Alemanha foi a competição industrial e comercial. Em apenas três décadas, a contar de sua unificação, a Alemanha tornou-se uma grande potência industrial. Os produtos de suas fábricas tornaram-se mundialmente conhecidos, inclusive com enorme aceitação no mercado inglês. Fortalecidas, a Alemanha e a Itália passaram a pressionar para que houvesse uma nova repartição do mundo colonial. A Inglaterra, por sua, vez, mostrava disposição em manter suas conquistas a qualquer custo.
Causas
- A rivalidade anglo-alemã: A origem dessa rivalidade entre a Inglaterra e a Alemanha foi a competição industrial e comercial. Em apenas três décadas, a contar de sua unificação, a Alemanha tornou-se uma grande potência industrial. Os produtos de suas fábricas tornaram-se mundialmente conhecidos, inclusive com enorme aceitação no mercado inglês. Fortalecidas, a Alemanha e a Itália passaram a pressionar para que houvesse uma nova repartição do mundo colonial. A Inglaterra, por sua, vez, mostrava disposição em manter suas conquistas a qualquer custo.
-A rivalidade entre Alemanha e Inglaterra: Os Ingleses
sempre dominaram os mares da europa e os
alemães, não gostavam nada disso. Iniciou-se uma corrida armamentista,
desenvolvimento de navios de guerra, etc. A tensão aumentou quando a Inglaterra
construiu o revolucionário encouraçado HMS Dreadnought:
- A rivalidade franco-alemã: Na França, o
antigermanismo também era muito forte, devido à derrota francesa na Guerra
Franco-Prussiana e à perda da Alsácia e da Lorena para a Alemanha.
- A rivalidade austro-russa: A Rússia
desejava dominar o Império Turco-Otamano, a fim de obter uma saída para o mar
Mediterrâneo, e, também, controlar a península Balcânica. Para justificar esse
expansionismo, criou o pan-eslavismo movimente político segundo o qual a Rússia
tinha o "direito" de defender e proteger as pequenas nações eslavas
da península Balcânica.
- O nacionalismo: O nacionalismo, que se expandia
rapidamente pela Europa na época, alimentado pelas guerras perdidas,
rivalidades, e a mídia, contribuiu bastante para a Guerra. Os cidadãos da
Sérvia e do Império Austro-Hungaro clamavam por uma guerra, para defender a sua
honra.
-O
assassinato :em 28 de Junho de 1914 o Arquiduque
Francisco Ferdinando, sobrinho do Imperador Francisco José e herdeiro do trono
Austro-Húngaro e sua esposa Sofia, duquesa de Hohenburg, foram assassinados em
Sarajevo, então parte do Império Austro-Húngaro. A conspiração envolveu Gavrilo
Princip, um estudante sérvio que fazia parte de um grupo de quinze assaltantes
que formavam o grupo Bósnia Jovem, que atuava em conjunto com o grupo
ultra-nacionalista Mão Negra.Após o assassinato, o governo Austro-Húngaro
apoiado por seus aliados alemães enviou, em 23 de Julho, um ultimato contendo
várias requisições, dentre as quais que o governo sérvio seria o
responsabilizado pelo o atentado e que agentes austríacos fariam parte das
investigações. Esta última requisição acabou sendo negada pela Sérvia, já que
constituía na opinião do Estado uma afronta a sua soberania. Tal recusa sérvia
também se deu pela esperança do apoio russo no caso de uma eventual guerra,
pela política do Pan-eslavismo. Com isso o Império Austro-Húngaro declarou
guerra à Sérvia em 28 de Julho.
Alemanha declarou guerra à Rússia em 1 de
Agosto e a França dois dias depois, invadindo imediatamente Luxemburgo e
Bélgica para dominar fortificações ao longo da fronteira francesa. A invasão da
Bélgica levou à declaração de guerra britânica contra a Alemanha em 4 de
Agosto. Com essa declaração cinco das seis grande potências européias se
envolveram na primeira guerra européia desde as Guerras Napoleónicas.
Na década de 20, a
explicação mais usada para a guerra foi a de que a Alemanha começou atacando e
invadindo a Bélgica no dia 3 de agosto de 1914, e os Austro-Húngaros invadiram
a Sérvia dia 29 de Julho do mesmo ano.
O sistema de alianças
O aumento das tensões podia ser verificado desde o final do século XIX. Os países europeus procuravam então organizar os exércitos, produzir armamentos e fazer acordos entre si para garantir força na disputa.
Tríplice Aliança - Reunia o Império Alemão, o Império Áustro-Húngaro e a Itália, desde 1882, com o objectivo de enfrentar o expansionismo francês na Europa.
Iniciada a Guerra, a Itália declarou-se neutra e posteriormente apoiou a França, o Império Otomano aliou-se a Alemanha e por suas rivalidades com a Rússia. A Bulgária, que tinha grandes interesses na Península Balcânica, também se alia à Alemanha.
Tríplice Entente - Tem por base a Entente Cordiale, formada em 1904 pela Grã Bretanha e pela França para opor-se ao expansionismo alemão. Em 1907, com a adesão da Rússia, ela se transforma na Tríplice Entente. Durante a guerra, outras 24 nações incorporam-se à Entente, formando uma ampla coalizão chamada de Aliados.
As fases da Guerra
1) GUERRA DE
MOVIMENTOS: ou seja, durante os primeiros meses da guerra, até o início de 1915, a
característica marcante foi o deslocamento constante das tropas, o que, em
princípio, parece lógico para uma guerra. Os principais ataques foram
realizados pela Alemanha que procurou neutralizar os russos na frente oriental
enquanto avançou sobre a França no lado ocidental. O avanço sobre a França foi
fulminante, a partir da tática definida no Plano Schliffen, ocupando primeiro a
Bélgica, para penetrarem em território francês pelo norte. A invasão da Bélgica
foi usado pela Inglaterra como pretexto para entrar na Guerra. Ao mesmo tempo,
ingleses e franceses lançaram uma ofensiva na África, tomando territórios da
Alemanha.
Vale lembrar que a Itália, até então aliada da Alemanha e Áustria, declarou-se neutra e não participou da guerra nesta primeira fase.
Vale lembrar que a Itália, até então aliada da Alemanha e Áustria, declarou-se neutra e não participou da guerra nesta primeira fase.
2) GUERRA DE
TRINCHEIRAS: é reflexo de uma situação de equilíbrio de forças,
fazendo com que os exércitos procurassem garantir suas posições, preparando
novas conquistas. Esse foi um longo período, até 1917, caracterizado por grande
desgaste: elevada mortalidade, grande destruição, elevados gastos financeiros.
Na tentativa de conseguir vantagens, os países envolvidos na guerra procuraram
desenvolver novos armamentos ( canhões de longo alcance, tanques, aviões,
submarinos....) criando novas tecnologias eu pudessem ser aplicadas na guerra.
Em 1915 os italianos entraram na Guerra junto aos aliados, com a promessa de
que receberia parte das colônias alemãs. A situação da Itália na guerra deve
ser destacada, para compreendermos posteriormente seus maiores problemas.
Resistiu até 1917,quando teve seu território invadido pela Áustria,
provocando grande destruição, principalmente no norte, área mais povoada e
desenvolvida.O ano de 17 marca mudanças importantes, quando os alemães passaram
a utilizar a guerra submarina. Os ataques a navios mercantes norte americanos
foi usado como pretexto para o Ingresso dos EUA na Guerra.
Muitos consideram que o ingresso norte americano foi fundamental para o fim do conflito, porém é importante lembrar que os EUA estiveram até então como observadores, não havia guerra na América e a industria do país crescia em ritmo muito acelerado.
Muitos consideram que o ingresso norte americano foi fundamental para o fim do conflito, porém é importante lembrar que os EUA estiveram até então como observadores, não havia guerra na América e a industria do país crescia em ritmo muito acelerado.
Nesse ano ainda a Rússia sai da guerra devido a ascensão dos bolcheviques
ao poder. A decisão unilateral fez com que a Alemanha invadisse o território
russo, no entanto, em março de 1918 os dois países assinaram o Tratado de
Brest-Litovski selando o fim da guerra entre ambos.
O FINAL DA GUERRA
Os alemães procuraram jogar todas as suas forças na frente ocidental, porém começava a ficar isolada, comprometendo o abastecimento do país. A derrota da Turquia e da Bulgária comprometeu o transporte de produtos para a Europa Central. Em setembro de 1918 as forças aliadas desfecharam uma grande ofensiva contra os alemães, que foram obrigados a recuar. No interior do país aumentava o descontentamento e as pressões sobre o Imperador, que acabou por abdicar.
A Alemanha assina o armistício com os Aliados em 11 de novembro de 1918, depois de uma revolução conduzida por social-democratas (socialistas) e comunistas ter proclamado a República no dia 9. Os Aliados impõem condições bastante duras para aceitar a cessação de fogo.
O FINAL DA GUERRA
Os alemães procuraram jogar todas as suas forças na frente ocidental, porém começava a ficar isolada, comprometendo o abastecimento do país. A derrota da Turquia e da Bulgária comprometeu o transporte de produtos para a Europa Central. Em setembro de 1918 as forças aliadas desfecharam uma grande ofensiva contra os alemães, que foram obrigados a recuar. No interior do país aumentava o descontentamento e as pressões sobre o Imperador, que acabou por abdicar.
A Alemanha assina o armistício com os Aliados em 11 de novembro de 1918, depois de uma revolução conduzida por social-democratas (socialistas) e comunistas ter proclamado a República no dia 9. Os Aliados impõem condições bastante duras para aceitar a cessação de fogo.
A Conferência de Paz de Paris,
reuniu todos os países beligerantes, excepto a Rússia. Durante seus trabalhos,
a Itália, insatisfeita em suas pretensões coloniais, retirou-se. Em junho,
Estados Unidos, França e Inglaterra, denominados os “Três Grandes” impuseram à
Alemanha o Tratado de Versalhes, com pesadas cláusulas territoriais, militares
e financeiras. Nos meses subsequentes, outros tratados são impostos à Áustria,
Bulgária e Hungria. Esses tratados criam graves problemas para o futuro, pois
colocam várias minorias étnicas dentro das fronteiras de alguns dos novos
Estados surgidos na Europa.
……………………………………………………………….
O
que foi o Tratado de Versalhes
Assinado em 28 de junho de 1919,
o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus,
após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha
assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir
uma série de exigências políticas, econômicas e militares.
Estas
exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira
Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém
criada Liga das Nações (futura ONU) ratificou o Tratado de Versalhes.
Algumas
exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes:
- Reconhecimento da independência da Áustria;
- Devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França;
- Devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental;
- As cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica;
- A província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por 15 anos;
- A região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca
- Pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma
indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi
estabelecido em 269 bilhões de marcos.
- Proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe)
- A Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil
soldados;
- Proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados;
- Redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra e
seis cruzadores;
A posição
dos Estados Unidos
Os Estados Unidos não
ratificaram o tratado. As eleições para o Senado em 1918 deram a
vitória ao Partido
Republicano (49
contra 47 lugares), que assumiu o controlo do Senado e por duas vezes bloqueou
a ratificação (a segunda vez em 19 de março de 1920),
favorecendo o isolamento do país opondo-se à Sociedade das Nações. Outros
senadores queixaram-se da quantidade excessiva de reparações a que a Alemanha
era obrigada. Como resultado, os Estados Unidos nunca aderiram à Sociedade das Nações e negociaram em
separado uma paz com a Alemanha: o Tratado de Berlim de 1921,
que confirmou a pagamento de indenizações e de outras disposições do Tratado de
Versalhes, mas excluiu explicitamente todos os assuntos relacionados com a
Sociedade das Nações.
Consequências
As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste país um sentimento de revanchismo e revolta entre a população. A indemnização absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra. As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e económica na Alemanha (inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para um outro conflito armado, a Segunda Guerra Mundial.
As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste país um sentimento de revanchismo e revolta entre a população. A indemnização absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra. As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e económica na Alemanha (inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para um outro conflito armado, a Segunda Guerra Mundial.
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FASCISMO
Origens :Na
Itália, depois da guerra, reinava descontentamento, desemprego, inflação,
miséria. Os camponeses, arruinados, ocupavam as terras. Os operários, as
usinas. O governo era impotente para deter a anarquia e o caos económico. O seu
ideal era o "Estado Total". Liquidou a "Questão Romana"
pelo Tratado de Latrão de 1929.
Características
do Fascismo
a) Corporativismo: em que os sindicatos
patronais e trabalhistas são os mediadores das relações entre o capital e o
trabalho.
b) Totalitarismo: o Estado controla
todos os setores da sociedade.
c) Nacionalismo.
d) Militarismo.
e) Mono
partidarismo.
f) Combate ao socialismo e ao comunismo por os considerar destruidores dos valores morais.
f) Combate ao socialismo e ao comunismo por os considerar destruidores dos valores morais.
g) Autoritarismo
i) Os interesses opostos seriam resolvidos mediante
total subordinação do cidadão ao Estado, exigindo-se uma lealdade
incondicional ao líder no poder.
Foi uma forma de governo autoritária,
cujo auge deu-se na década de 1920-30 e que pretendia ter rígido controle da
vida nacional e dos indivíduos de acordo com ideais nacionalistas e militaristas.
Na Itália o Fascismo surge como regime político de caráter autoritário do período entre-guerras (1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito Mussolini.
Na Itália o Fascismo surge como regime político de caráter autoritário do período entre-guerras (1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito Mussolini.
O fascismo nasce oficialmente em 1919,
em Milão, quando Mussolini funda o movimento intitulado Fascio ( um feixe de
varas atadas a um eixo, que representavam a unidade cívica e a autoridade dos
oficiais romanos para castigar os delinquentes).
cujos
integrantes, os camisas pretas (camicie nere), se opõem à classe liberal.
Em 1922, as milícias fascistas
desfilam na Marcha sobre Roma.
Pretendem
tomar o poder militarmente e ocupam prédios públicos e estações ferroviárias,
exigindo a formação de um novo gabinete.
Mussolini é convocado para chefiar o
governo do país, que atravessa profunda crise econômica, agravada por greves e
manifestações de trabalhadores.
Por meio de fraudes, os fascistas
conseguem maioria parlamentar. Em seguida, Mussolini dissolve os partidos de
oposição, persegue parlamentares oposicionistas e passa a governar por
decretos.
As
características do regime são cerceamento da liberdade civil e política,
unipartidarismo, derrota dos movimentos de esquerda e limitação ao direito dos
empresários de administrar sua força de trabalho.
Fascismo
Em 1922, Mussolini chegou ao governo
italiano ameaçando um golpe de Estado caso suas exigências fossem recusadas.
No
começo, governou de maneira constitucional, liderando uma coalizão de partidos,
da qual se desfez tão logo superou os obstáculos que limitavam a sua autoridade
e implantou uma ditadura.
O FASCISMO EM OUTROS PAÍSES
O
regime de Mussolini serviu como modelo de fascismo nos anos vinte e trinta. A
Grande Depressão e o fracasso dos governos democráticos ao abordar as
conseqüentes dificuldades econômicas e o desemprego em massa alimentaram o
surgimento de movimentos fascistas em todo o mundo. No entanto, o fascismo nos
outros países se diferenciava em certos aspectos da modalidade italiana.
O nacional-socialismo alemão era mais
racista; na Romênia, o fascismo se aliou à Igreja ortodoxa, não à Igreja
católica apostólica romana.
Inicialmente,
o grupo fascista Falange da Espanha era hostil à Igreja católica romana, embora
no governo do ditador Francisco Franco tenha se unido a elementos reacionários
e pró-católicos. O fascismo desfrutou de um maior êxito no período entreguerra
nos países do leste e do sul da Europa.
A derrota da Alemanha e da Itália na II
Guerra Mundial tirou a credibilidade do fascismo na Europa no período
pós-guerra.
O único governo de caráter fascista que
chegou ao poder no período pós-guerra foi o de Juan Domingo Perón, eleito
presidente da Argentina em 1946.
Perón
contava com o apoio da classe trabalhadora e tinha poucas semelhanças com o
fascismo de pré-guerra europeu.
Países
como a Espanha e Portugal, cujos governos fascistas se mantiveram no poder
depois da guerra, passaram do totalitarismo ao autoritarismo e atenuaram os
seus traços fascistas.
Com a recuperação económica do
pós-guerra, diminuiu o descontentamento social que havia colaborado para a
expansão do fascismo na época do pré-guerra.
Em consequência, na maioria dos países
democráticos, o fascismo parecia relegado ao ostracismo permanente em uma
menosprezada faixa política.
As
décadas de 1980 e 1990 trouxeram um inesperado renascimento do fascismo em
algumas democracias ocidentais, geralmente chamado de neofascismo.
Ele
conheceu diferentes formas e destinos nesses países, mas mostrou uma antipatia
racista em relação ao Terceiro Mundo e uma desilusão generalizada em relação
aos partidos políticos estabelecidos.
Esses
foi uns dos piores momentos em que o mundo já se encontrou.
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Grande Depressão
A Grande Depressão, também chamada por
vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que
persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o
pior e o mais longo período de recessão económica do século XX. Este período de depressão económica causou altas
taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como
quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de
atividade econômica, em diversos países no mundo.
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da
Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair
a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica
que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente,
desencadeando a Quinta-Feira Negra.
Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente
da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que
tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os
efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por
sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais,
elevando º´assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou
na segunda-feira negra (o dia 28 de outubro) e terça-feira negra (o dia 29).[2]
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo
inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país.
Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela
Grande Depressão foram a Alemanha,Países Baixos, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados
naquela época, como a Argentina e oBrasil (que
não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão
acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo
na União Soviética, que tratando-se de uma economia
socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista.
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados
Unidos ´xem 1933. Neste ano, o Presidente americanoFranklin
Delano Roosevelt aprovou
uma série de medidas conhecidas como New Deal.[3]
Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt
nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht[4] naAlemanha foram, três anos mais tarde, racionalizadas
por Keynes em sua obra clássica.[5]
O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos
os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de
1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a
recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande
Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de
extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito
remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.
Causas da Grande Depressão
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se
devastados, com a economia enfraquecida e com forteretração de consumo, que abalou a economia mundial. Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de
alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período pós-guerra.
Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A
prosperidade econômica gerou o chamado "american way of life"
(modo de vida americano). Havia emprego, os preços caíam, a agricultura
produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias.
Porém, a economia europeia posteriormente se restabeleceu e passou a importar
cada vez menos dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, as
indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias
que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; consequentemente
os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral
da produção industrial e a paralisação docomércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a
crise de 1929 foi uma crise de superprodução.[6]
Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão
de Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido
passasse a usar novamente o padrão-ouro em 1925, que causou
maciça deflação ao longo do Império Britânico, o colapso docomércio internacional,
Atualmente, a teoria mais em voga
entre os economistas é de Peter Temin. Segundo
Temin, a Grande Depressão foi causada por política monetária catastroficamente
mal planejada pela Reserva Monetária dos Estados Unidos da América, nos anos
que precederam a Grande Depressão. A política de reduzir as reservas monetárias
foi uma tentativa de reduzir uma suposta inflação, o que de fato somente agravou o principal problema
na economia americana à época, que não era a inflação e sim a deflação
A Grande Depressão nos Estados
Unidos da América
Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e
investidores perderam grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era
agravada pelo fato que muitos destes bancos haviam emprestado grandes somas de
dinheiro a fazendeiros. Após o início da Grande Depressão, porém, estes fazendeiros
tornaram-se incapazes de pagar suas dívidas. Isto, por sua vez, causou a queda
dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas que utilizavam-se de
bancos, temendo uma possível falência destes, removeram destes os seus fundos.
Assim, várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições
bancárias fechadas durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil, um índice
astronómico.
Em 17 de maio de 1930, o governo
dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato Tarifário Smoot-Hawley, que aumentava
as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens não-perecíveis estrangeiros
As taxas de desemprego subiram de 9% em 1930 para 16% em 1931, e 25%
em 1933. Durante a década de 1930, a taxa de desemprego nos
Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de 1930, se mantendo em perto
da casa dos 20%.
1933 foi o ápice da Grande
Depressão nos Estados Unidos da América. As taxas de desemprego eram de 25% (ou
um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 30% dos
trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar
reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados
tenham tido um aumento nos seus salários por hora. Outro problema enfrentado
foi a grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em
geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos produtos industrializados
não-perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 25%. Já o preço
de produtos agro-pecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da
produção destes produtos - primariamente trigo. A
quantidade destes produtos à venda excedia largamente a demanda, o que causou
uma queda dos preços destes produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento
de muitos fazendeiros. Era comum casos de suicídio por parte de empresários,
accionistas e investidores em geral, que haviam perdido tudo o que possuíam; E também por parte de outros civis, que,
com a crise, se haviam endividado e/ou não possuíam forma alguma de sustento
devido ao fato de estarem desempregados.
Combate à Grande Depressão e o fim
da recessão nos EUA
Roosevelt saiu vencedor da eleição, tornando-se presidente dos Estados
Unidos em 4 de março de 1933. Roosevelt,
ao contrário de Hoover, acreditava que o governo americano era o principal
responsável para lutar contra os efeitos da Grande Depressão. Em uma sessão
legislativa especial, sessão conhecida como Hundred Days ("Cem
Dias"), Roosevelt, juntamente com o congresso americano, criaram e
aprovaram uma série de leis que, por insistência do próprio Roosevelt, foram
nomeadas de New Deal ("Novo Acordo").
Estas leis forneceriam ajuda social às famílias e pessoas que necessitassem,
forneceriam empregos através de parcerias entre o governo, empresas e os
consumidores, e reformou o sistema econômico e governamental americano, de modo
a evitar que uma recessão deste gênero ocorresse futuramente.
Diversas agências governamentais foram criadas para
administrar os programas de ajuda social. A mais importante delas foi a Federal
Agency Relief Administration, criada em 1933, que seria responsável pelo
fornecimento de fundos aos governos estatais, para que estes empregassem tais
fundos em programas de ajuda social. Outros órgãos governamentais similares
foram criados com o intuito de fundear, administrar e/ou empregar trabalhadores
na área de construção de aeroportos, escolas, hospitais,pontes e represas. Estes projetos federais forneceram milhões de
empregos aos necessitados, embora as taxas de desemprego continuassem altas
durante toda a década de 1930.
Por fim, outros órgãos federais foram criados com o intuito de
supervisionar reformas trabalhistas e financeiras. O Federal Deposit
Insurance Corporation foi criado em 1933 com o intuito de promover
transações e o comércio bancário. O Securities and Exchange Commission,
criado em 1934, regulava o comércio de bolsa de valores e evitava
que acionistas comprassem ações que o órgão considerassem
"perigosas".
O New Deal ajudou a minimizar os efeitos da Grande Depressão nos Estados
Unidos da América. A economia americana gradualmente, mas lentamente, passou a
recuperar-se, desde 1933. O governo americano também diminuiu as tarifas
alfandegárias em certos produtos estrangeiros, assim estimulando o comércio
doméstico. Ao longo da década de 1930, os Estados Unidos gradualmente
abandonaram o uso do padrão-ouro, decidindo ao invés disso, fortalecer a moeda
nacional, o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia
americana. A produção de comodidades, tais como automóveis, voltaria aos
patamares de 1929, porém, somente após o fim da guerra, como a produção de
automóveis, por exemplo 1949 - a maior parte da
matéria-prima na época possuía prioridade pela indústria bélica nacional.
A Grande Depressão em outros países
Canadá
À parte dos Estados Unidos da América, o Canadá foi o país mais duramente
atingido pela Grande Depressão. O Canadá, ainda oficialmente parte do Império Britânico, usava ativamente o padrão-ouro.
Isto, aliado com os estreitos laços econômicos existentes entre o Canadá e os
Estados Unidos (muito dos produtos fabricados no Canadá eram exportados para os
Estados Unidos, por exemplo), fez com que o colapso da economia americana após
a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque rapidamente afetasse o Canadá. O
colapso econômico canadense é considerado o segundo mais acentuado da Grande
Depressão, atrás somente do colapso da economia dos próprios Estados Unidos da
América.
A economia do Canadá também dependia da exportação de certos produtos
industrializados tais como automóveis. Com a Grande Depressão, as exportações
canadenses aos Estados Unidos caíram drasticamente. A queda na produção
industrial canadense, por sua vez, significou a demissão de grandes quantidades
de trabalhadores.
Em 1933, 30% da força de trabalho canadense estava
desempregado, deflação ocorreu, reduzindo salários e preços de produtos
e reduziu investimentos. Em 1932, a produção
industrial canadense havia caído para 58%, em relação à produção industrial em
1929. Foi somente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial, em 1939, que os
efeitos da Grande Depressão teriam fim no país.
Reino Unido
Quando a Grande Depressão teve início nos Estados Unidos, em 1929, diversos
países no mundo inteiro criaram ou aumentaram tarifas alfandegárias, o que
causou uma grande diminuição nas exportações de produtos britânicos. A taxa de
desemprego saltou de 8% para 20% no final de 1930. O Reino Unido cortou gastos
públicos - que incluíram fundos dados para programas de ajuda social aos
desempregados. Em 1931, mais cortes em salários e
programas de ajuda social foram realizadas, e o imposto de renda nacional, foi aumentado. Estas medidas somente
pioraram a situação sócio-econômica do país, e em 1932, ápice da Grande
Depressão no Reino Unido, as taxas de desemprego eram de 25%. Foi somente com o
abandono do padrão-ouro e a instalação de tarifas alfandegárias para produtos
importados de qualquer país que não fossem parte do Império Britânico, que a economia britânica passou a
gradualmente recuperar-se.
Alemanha
Quando a Grande Depressão teve início em 1929, o governo
alemão acreditou que cortes em gastos públicos iriam estimular o crescimento
econômico do país, assim cortando drasticamente gastos estatais, incluindo no
setor social. O governo alemão esperava e acreditava que a recessão,
inicialmente, iria deteriorar a Alemanha sócio-economicamente, esperando com o
tempo, porém, a melhoria da estrutura sócio-econômica do país, sem intervenção
do governo. A República de Weimar cortou completamente todos os fundos públicos
ao programa de ajuda social para desempregados - o que resultou em maiores
contribuições pelos trabalhadores e menores benefícios aos desempregados -
entre outros cortes no setor social. Quando a recessão chegou ao seu auge em
1932, a República de Weimar perdera toda sua credibilidade junto à população
alemã, fator que facilitou a ascensão do fuhrer Adolf Hitler no governo do país, em 1933, marcando o
fim da República de Weimar e o início de um período de crescimento
sócio-economico alemão, conhecido como III Reich.
Ásia
A Ásia também foi afetada negativamente com a Grande
Depressão, por causa da dependência da economia de diversos países asiáticos em
relação à exportação de produtos agrários à Europa e à América do Norte. O
comércio internacional asiático caiu drasticamente, na medida em que os Estados
Unidos e a Europa foram cercadas pela recessão. Instalações comerciais e
industriais asiáticas responderam através de demissões e redução nos salários.
O PIB do Japão, com uma base
industrial em crescimento, sofreu uma queda de 8% entre 1929 e 1930. As taxas
de desemprego e de pobreza cresceram drasticamente, afetando
desproporcionalmente as classes inferiores. Esta foi uma das causas da ascensão
do nacionalismo japonês. O Japão recuperou-se
da crise em 1932.
A vida durante a Grande Depressão
A pobreza e o desemprego cresceram muito em razão da crise de 1929 Por
isso, a maior parte da população dos países mais afectados pela Grande
Depressão cortaram todo e qualquer tipo de gasto considerado supérfluo,
agravando os efeitos da recessão na economia destes países.
Por causa da Grande Depressão, milhões de pessoas nas cidades perderam seus
empregos, nos países mais atingidos pela recessão. Sem fonte de renda, estas
pessoas não tinham mais como sustentar a si próprios e suas famílias. A maioria
das residências destas famílias, por sua vez, eram alugadas ou, ainda estavam
sendo pagas através de prestações. Como consequência, milhares de famílias
eventualmente foram expulsas de suas residências, por não terem como pagar os
aluguéis ou as prestações de sua casa. Além disso, o desemprego fez com que
a subnutrição tornasse-se comum entre a
população dos países mais atingidos. Milhares de pessoas morreram por causa da
subnutrição.
Algumas pessoas e famílias sem fonte de renda mudaram-se para a residência
de parentes, quando perdiam suas residências. A maioria destas famílias, porém,
instalou-se em favelas. Abrigos rústicos feitos com telas
de metais, madeira e papelão tornaram-se comuns em áreas vadias das grandes
cidades dos países mais atingidos. As condições de vida nestas favelas eram
precárias.
A indústria agropecuária de diversos países - especialmente os Estados
Unidos e o Canadá - foi duramente atingida pela Grande Depressão. Nos Estados
Unidos, muitos fazendeiros endividaram-se pesadamente, e vários foram forçados
a cederem suas terras para instituições bancárias.
……………………………………………………………………………………………
A Alemanha
após a Crise de 1929 - Um terreno fértil para as idéias do Nazismo.
Vejamos primeiro a situação que se encontrava a
Alemanha. A assinatura do tratado de Versalhes no final da Primeira Guerra
Mundial deixou a Alemanha humilhada e despojada de suas possessões. Perdeu seus
territórios coloniais e, na Europa, a Alsácia-Lorena e a Prússia Oriental. Os
países vencedores limitaram o tamanho do Exército e da Marinha alemães, e o
país foi obrigado a pagar pesadas indenizações de guerra que logo provocaram o
colapso da economia e causaram desemprego em massa. A situação
tornou-se catastrófica após a crise do capitalismo - A crise de 1929.
Assim, foi numa Alemanha envenenada pelo
descontentamento que Adolf Hitler ergueu a voz pela primeira vez. Apelando para
a convicção do povo alemão, brutalmente oprimidos pelos vencedores da guerra,
logo conseguiu uma larga audiência. Falava de grandeza nacional (nacionalismo)
e da superioridade racial nórdica (raça superior), denunciava judeus (segregacionismo)
e comunistas como aqueles que haviam apunhalado a Alemanha pelas costas e
levado o país à derrota. Hitler tentou um fracassado golpe denominado de
"putsh" que resultou na sua prisão. Encarcerado elaborou o
programa que continha a ideologia central do nazismo descrito na obra
"Mein Kempf" (Minha Luta). Através do programa
intensivo de propaganda criou o Partido Nacional-Socialista (Partido Nazista)
com ascensão meteórica já que 1932 tinha 230 lugares no Parlamento alemão e
cerca de 13 milhões de adeptos.
Em 1934, o poder de Hitler tornou-se absoluto. No
verão deste mesmo ano, eliminou implacavelmente os rivais e, desprezando a
regra de lei, estabeleceu um regime totalitário.
"Exigimos
terras para alimentar o nosso povo e nelas instalar nossa população
excedente".
Este brado do programa do Partido Nacional Socialista
(NAZI), começa a ser posto em prática. A preocupação primária de
Hitler durante esse período foi com a necessidade alemã de Lebensraum,
expressão alemã que significa espaço vital, um dos itens principais
do programa do partido nazista. Para transpor a condição de nação
de segunda categoria para principal potência mundial, era primordial espaço
para expandir-se, e se precisava comportar uma população em rápido crescimento
exigindo prosperidade, necessitava de terras para cultivo e matérias-primas
para energia e indústria. Foram com estas justificativas que Hitler e o nazismo
cooptaram milhões de seguidores a sua causa esquizofrênica.
A Alemanha não
havia se recuperado da Primeira Guerra. Sua população continha um imenso número
de desempregados, altas taxas de inflação, havia muitos protestos de
operariados influenciados pela Revolução Russa, e ainda estava presa as
imposições do Tratado de Versalhes.
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Organização das Nações Unidas
.
Organização das Nações Unidas (ONU), é uma organização
internacional cujo
objectivo declarado é a - Defesa dos direitos
fundamentais do ser humano;
- Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;
- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;
- Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.
- Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;
- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;
- Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.
A ONU foi
fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objectivo de deter guerra entre países e para fornecer uma plataforma para o diálogo. Ela
contém várias organizações subsidiárias para realizar suas missões.
Existem actualmente 193 países-membros, incluindo quase todos os Estados soberanos do mundo. De seus escritórios em todo o mundo, a ONU e suas agências
especializadas decidem sobre questões dessubstantivas e administrativas em
reuniões regulares ao longo do ano. A organização está dividida em instâncias
administrativas, principalmente: a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e segurança); o Conselho Económico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação
económica e social internacional e desenvolvimento); o Secretariado (para
fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU),
o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal).
Além de órgãos
complementares de todas as outras agências do Sistema das Nações Unidas, como a Organização
Mundial de Saúde (OMS),
o Programa
Alimentar Mundial(PAM) e
o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A figura mais publicamente visível da
ONU é o Secretário-Geral, cargo ocupado desde 2007 por Ban Ki-moon, da Coreia do Sul. A organização é financiada por contribuições
voluntárias dos Estados-membros, e tem seis línguas oficiais:árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol.
O termo "Nações Unidas" foi usado pela
primeira vez em 1 de janeiro de 1942 por Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt em Washington, quando 26 governos assinaram a Carta do Atlântico, comprometendo-se a continuar o
esforço de guerra.[5] Em 25 de abril de 1945, a Conferência das Nações Unidas sobre Organização
Internacionalcomeçou
em São Francisco, Estados Unidos, reunindo 51 governos e um número deorganizações não governamentais envolvidas na elaboração da Carta das Nações Unidas. A ONU entrou oficialmente em
existência em 24 de Outubro de 1945 após a ratificação da Carta pelos cinco
membros permanentes do Conselho de Segurança (França, República da China, União Soviética, Reino Unido e os Estados Unidos) e pela maioria dos outros
46 países signatários. As primeiras reuniões da Assembleia Geral, com 51 nações representadas, e do Conselho de Segurança, tiveram lugar
em Westminster
Central Hall, em Londres em janeiro de 1946.[6]
Organização
A estrutura das Nações Unidas baseia-se em cinco principais órgãos a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Económico e Social, o Secretariado e
o Tribunal Internacional de Justiça.
Quatro dos cinco órgãos principais estão localizados
na sede principal das Nações Unidas em território internacional em Nova Iorque. O Tribunal Internacional de Justiça está localizado
em Haia, nos Países Baixos, enquanto outras grandes agências estão baseadas nos
escritórios da ONU em Genebra, Viena e Nairobi. Outras instituições das Nações Unidas estão
localizadas em todo o mundo.
Assembleia Geral
A Assembleia Geral é a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas.
Composta por todos os Estados membros das Nações Unidas, a Assembleia se reúne em uma sessão ordinária anual,
no âmbito de um presidente eleito entre os Estados-Membros. Ao longo de um
período de duas semanas, no início de cada sessão, todos os membros têm a
oportunidade de dirigir a montagem. Tradicionalmente, o secretário-geral faz a primeira declaração, seguido pelo presidente da assembleia. A
primeira sessão foi convocada em 10 de Janeiro de 1946 no Westminster
Central Hall, em Londres, e contou com representantes de 51 nações".
Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança é composto por 15
Estados-membros, sendo 5 membros permanentes - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - e por 10 membros temporários, atualmente
a Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Gabão, Japão, Líbano,México, Nigéria, Turquia e Uganda. Os cinco
membros permanentes têm o poder de veto sobre as resoluções do Conselho, mas
não processual, permitindo que um membro permanente impeça a adopção, mas não
bloqueie o debate de uma resolução inaceitável por ele. Os dez membros
temporários são mantidos em mandatos de dois anos conforme votado na Assembleia Geral sobre uma base regional. A Presidência do
Conselho de Segurança é girada em ordem alfabética de cada mês e foi
realizada pela Áustria em 2011.
Membros mais
eleitos: Brasil, Japão 10, Argentina 08, Colômbia, índia, Paquistão 07, Itália,
Canada 06
Angola, Cabo verde, G. Bissau 01, Portugal 03
Secretário-geral
O Secretariado é chefiado pelo secretário-geral, que atua como porta-voz de facto e líder da ONU. O atual secretário-geral é Ban Ki-moon, que assumiu no lugar de Kofi Annan, em2007, e será substituído quando o seu
primeiro mandato expirar em 2011.[11]
O secretário-geral é nomeado pela Assembleia Geral, depois de ter sido recomendado pelo Conselho de Segurança. A seleção pode ser vetada por
qualquer membro do Conselho de Segurança, e a Assembleia Geral pode,
teoricamente, substituir a recomendação do Conselho de Segurança se uma maioria
de votos não for atingida, embora isso não tenha acontecido até agora. Não
há nenhum critério específico para o cargo, mas ao longo dos anos, admitiu-se
que o cargo será realizado por um ou dois mandatos de cinco anos, que o cargo
deve ser nomeado com base no sistema de rotação geográfica e que o
secretário-geral não deve ser originário de um dos cinco membros permanentes do
Conselho de Segurança.
Nº
|
Nome
|
País de origem
|
Início do mandato
|
Fim do mandato
|
Nota
|
1
|
2 de Fevereiro de 1946
|
10 de Novembro de 1952
|
Resignou ao cargo
|
||
2
|
10 de Abril de 1953
|
18 de Setembro de 1961
|
Morreu durante o mandato
|
||
3
|
30 de Novembro de 1961
|
1 de Janeiro de 1972
|
|||
4
|
1 de Janeiro de 1972
|
1 de Janeiro de 1982
|
|||
5
|
1 de Janeiro de 1982
|
1 de Janeiro de 1992
|
|||
6
|
1 de Janeiro de 1992
|
1 de Janeiro de 1997
|
|||
7
|
1 de Janeiro de 1997
|
1 de Janeiro de 2007
|
|||
8
|
1 de Janeiro de 2007
|
atual
|
Instituições especializadas
A Carta das Nações Unidas prevê que cada órgão principal
da ONU pode estabelecer várias agências especializadas para cumprir suas
funções.
Agências especializadas das Nações
Unidas
|
||||||
Nº
|
Acrônimo
|
Bandeira
|
Agência
|
Sede
|
Chefe
|
Fundada em
|
1
|
1945
|
|||||
2
|
1957
|
|||||
3
|
1947
|
|||||
4
|
1977
|
|||||
5
|
1946
|
|||||
6
|
1948
|
|||||
7
|
1944
|
|||||
8
|
1947
|
|||||
9
|
1946
|
|||||
10
|
1967
|
|||||
11
|
1947
|
|||||
12
|
1945
|
|||||
13
|
1963
|
|||||
14
|
1948
|
|||||
15
|
1974
|
|||||
16
|
1950
|
|||||
17
|
1974
|
…………………………………………………………………...
Tensões
A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989) são os conflitos
mais famosos da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e, também
na América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982). Entretanto, durante
todo este período, a maior parte dos conflitos locais, guerras civis ou guerras inter-estatais foi intensificado pela
polarização entre EUA e URSS.
Guerra da
Coreia (Junho/1950 - Julho/1953)
O único grande confronto militar que
envolveu batalhas em que de um lado haviam forças militares americanas e do
outro forças soviéticas, foi a Guerra da Coreia. A península da Coreia foi dividida, em 1945, pelo paralelo 38 N, em duas zonas de influência: uma ao norte, ocupada
pela União Soviética, e a partir de 1949 pela República
Popular da China, comunista; era a República Popular Democrática da Coreia. A outra porção, ao sul do paralelo
38 N, foi ocupada pelas tropas americanas e permaneceu capitalista com apoio
das nações ocidentais passou a ser conhecida como República da Coreia.
Em 1950, os líderes
da Coreia do Norte, incentivada pela vitória do
socialismo na China um ano antes, recebeu apoio da URSS para
tentar reunificar a Coreia sob o comando de um governo socialista, invadiu e
ocupou a capital sul-coreana Seul,
desencadeando um conflito armado. Os Estados Unidos solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a formação de uma força
multinacional para defender a Coreia do Sul. Na ocasião a URSS se recusou a
participar da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em que esta medida foi discutida, e os Estados
Unidos conseguiram legitimar a primeira grande batalha militar da Guerra Fria
contra o bloco soviético.
Após muitas batalhas, com avanços e
recuos de ambos os lados, um primeiro acordo de paz é negociado, mas demora
dois anos para ser ratificado. O General americano Douglas MacArthur chegou a solicitar o uso de armas nucleares
contra a Coreia do Norte e a China, mas foi afastado do comando das forças
americanas.
Apenas quando a União Soviética já
havia testado sua primeira bomba de hidrogênio, em 1953, é que um armistício foi assinado em Panmunjon, em 27 de Julho de 1953. O acordo
manteve a península da Coreia dividida em dois Estados soberanos, praticamente
como antes do início da guerra, com mudanças mínimas na linha de fronteira.
Essa divisão da Coreia em dois países se mantém até hoje. Em Junho de 2000, os
governos das duas Coreias anunciaram planos de reaproximação dos dois países.
Isso significou o início da desmilitarização da região, a diminuição do
isolamento internacional da Coreia do Norte e, para milhares de coreanos, a
possibilidade de reencontrar parentes separados há meio século pelo conflito.
Pela tentativa, o então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae Jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000.
Crise dos
Mísseis (1962)
Cuba, a maior
das ilhas caribenhas, sofreu uma revolução em 1959, que
retirou o ditador pró-estadunidense Fulgêncio Batista do poder, e instaurou a ditadura de Fidel Castro a partir de 1959. A instauração de um regime
socialista preocupou a Casa Branca que ainda em 1959 tentou depor o novo governo,
apoiando membros ligados ao antigo regime e iniciando um embargo econômico à ilha. Com o bloqueio do comércio de petróleo e grãos, Cuba passa a adquirir esses produtos da
URSS. O governo de Fidel Castro, inicialmente composto por uma frente de grupos
nacionalistas, populistas e de esquerda, que variava
de social-democratas aos de inspiração marxista-leninista, rapidamente se tornaria polarizaria em torno dos
líderes mais pró-URSS. Em 1961, a CIA chegou
a organizar o desembarque de grupos de oposição armados que deporiam Fidel
Castro na operação da Invasão da
Baía dos Porcos, que foi um
fracasso completo. Diante desta situação o novo regime cubano se aproxima
rapidamente da URSS, que oferece protecção militar.
Em 1962, a União
Soviética foi flagrada construindo 40 silos nucleares em Cuba. Segundo
Kruschev, a medida era puramente defensiva, para evitar que os Estados Unidos
tentassem nova investida contra os cubanos. Por outro lado, no plano
estratégico global, isto representava uma resposta à instalação de
mísseis Júpiter II pelos
estadunidenses na cidade de Esmirna, Turquia, que poderiam ser usadas para bombardear todas as
grandes cidades da União Soviética.
Em 23 e 24 de Outubro, Kruschev teria enviado uma carta a Kennedy],
informando suas intenções pacíficas. Em 26 de Outubro disse que retiraria seus mísseis de Cuba se
Washington se comprometesse a não invadir Cuba. No dia seguinte, pediu também a
retirada dos balísticos Júpiter da Turquia. Mesmo assim, dois aviões espiões
estadunidenses U-2 foram abatidos em Cuba e na
Sibéria em 27 de Outubro, o ápice da crise. Neste mesmo dia,
os navios mercantes soviéticos haviam chegado ao Caribe e tentariam passar pelo
bloqueio. Em 28 de Outubro, Kennedy foi obrigado a ceder os
pedidos, e concordou em retirar os mísseis da Turquia e não atacar Cuba. Assim,
Nikita Kruschev retirou os mísseis nucleares soviéticos da ilha.
Apesar de o acordo ter sido negativo para os dois
lados, o grande derrotado foi o líder soviético, que foi visto como um fraco
que não soube manter sua posição frente aos estadunidenses.
Guerra do
Vietnã (1964 - 1975)
A Guerra do Vietnã foi um dos maiores confrontos
militares envolvendo capitalistas e socialistas no período da Guerra Fria. Opôs
o Vietname do Norte e guerrilheiros pró-comunistas do Vietname do Sul contra o governo pró-capitalista do Vietname do
Sul e os Estados Unidos.
Após a Convenção de Genebra (1954), o Vietnã, recém-independente da França, seria dividido em duas
zonas de influência, como a Coreia, e estas zonas seriam desmilitarizadas e
mantidas cada uma sob um dos regimes (capitalismo e socialismo). Foi estipulada
uma data (1957) para a realização de um plebiscito, decidindo entre a reunificação do país ou não e, se
sim, qual regime seria adoptado.
Infelizmente para o Vietname do Sul,
o líder do Norte, Ho Chi Minh, era muito benquisto entre a população,
por ser defensor popular e herói de guerra. O governo do Vietname do Sul
decidiu proibir o plebiscito de ocorrer em seu território, pois queria manter o
alinhamento com os estadunidenses. Como o Vietname do Norte queria a
reunificação, lançaram-se em uma guerra contra o Sul.
O Vietname do Norte contou com o
apoio da Frente de Liberação Nacional, ou vietcongs, um grupo de rebeldes no Vietname do Sul. E o
Vietname do Sul contou, em 1965, com a
valiosa ajuda dos Estados Unidos. Eles entraram na guerra para manter o governo
capitalista no Vietname, e temendo a ideia do "efeito dominó" (Teoria do Dominó) no qual, ao verem um país que se
libertou do capitalismo preferindo o socialismo, outros países poderiam seguir
o exemplo (como foi o caso de Cuba).
Até 1965, a guerra estava favorável
ao Vietname do Norte, mas quando os Estados Unidos se lançaram ao ataque contra
o Vietname do Norte, tudo parecia indicar que seria um grande massacre dos
vietnamitas, e uma fácil vitória ocidental. Mas os vietnamitas do norte viram
nessa guerra uma extensão da guerra de independência que haviam acabado de
vencer contra a França, e lutaram incessantemente. Contando com o conhecimento
do território, os vietnamitas do norte conseguiram vencer os Estados Unidos, o
que é visto como uma das mais vergonhosas derrotas militares dos Estados
Unidos. Em 1975, os Estados Unidos e o Vietname do Norte assinaram
os Acordos de Paz de Paris, onde os Estados Unidos
reconheceram a unificação do Vietnã sob o regime comunista de Ho Chi Minh.
A derrota dos Estados Unidos
evidenciou o fracasso da política norte-americana na Ásia e acarretou a
reformulação, no Governo Nixon, da
política externa no Oriente. Com isso, os norte-americanos buscaram uma maior
flexibilidade e novos parceiros, destacando a aproximação com a China
comunista.
……………………………………………………………………
Guerra Fria
A Guerra
Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial e terminou em 1991, pois os Estados Unidos e a União
Soviética vão disputar a hegemonia política, económica, tecnológica,
social e militar no mundo.
A União
Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada,
partido único (Partido Comunista), igualdade
social e falta de democracia.
Já os Estados unidos, a outra potência
mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade
privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências
tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e económicos.
A definição
para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo
ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e directo entre Estados Unidos e
URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de
mísseis nucleares. Um conflito armado directo significaria o fim dos dois
países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram
alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia, Angola e
no Vietnã.
Paz Armada
Paz Armada
Na verdade,
uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As
duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e
armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um
equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois
haveria o medo do ataque inimigo.
Dada a
impossibilidade da resolução do confronto no plano estratégico, pela via
tradicional da guerra aberta e directa que envolveria um confronto nuclear; as
duas superpotências passaram a disputar poder de influência política, económica
e ideológica em todo o mundo. Este processo se caracterizou pelo envolvimento
dos Estados Unidos e União Soviética em diversas guerras regionais, onde cada
potência apoiava um dos lados em guerra. Estados Unidos e União Soviética não
apenas financiavam lados opostos no confronto, disputando influência
político-ideológica, mas também para mostrar o seu poder de fogo e reforçar as
alianças regionais.
Norte-americanos
e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e económica durante esse
período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano entendia como uma ameaça à
sua hegemonia; se um movimento popular combatesse um governo aliado à
soviético, logo poderia ser visto com simpatia pelos Estados Unidos e receber
apoio.
Os
países não alinhados
Um grupo de países optou por não
tomar parte na Guerra Fria. Em sua maioria, países africanos, asiáticos e ex-colónias europeias de independência recente. Para garantir sua neutralidade, os assim
denominados países não alinhados promoveram, em Abril de 1955 e
através da Conferência de Bandung, a criação do Movimento Não Alinhado. Seu
objectivo era dar apoio e segurança aos países em
desenvolvimento contra
as duas superpotências. Condenavam o colonialismo, imperialismo e o domínio de países estrangeiros em geral.[9]
A primeira conferência do movimento
foi realizada em Setembro de 1961, na cidade de Belgrado, com a presença de representantes de 25
países. Nessas conferências, se torna óbvio os conflitos entre os países
do movimento, como por exemplo, entre o Irã e
o Iraque, o que favorecia a posição das duas superpotências e
até da China. Além disso, era difícil a neutralidade dos países
por causa da fraca economia e agrava-se pelo atraso no desenvolvimento dos
países recém independentes.
Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito
grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar
atingir objectivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma
certa disputa entre as potências, com o objectivo de mostrar para o mundo qual
era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com
um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em
1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com
a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de
combate ao comunismo em seu
território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo
as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american
way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados
por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo
senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA.
Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como
uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente,
já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até
matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo.
Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de
investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a
espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB
faziam os serviços secretos soviéticos.
A
divisão da Alemanha
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os
países vencedores. A República
Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de
influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte
capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de
Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e
Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em
duas partes: uma capitalista e outra socialista.
"Cortina
de Ferro"
Em 05 de 03 1946, Winston Churchill
(primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando
a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União
Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a
ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande
inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).
Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram
planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de
1940, os EUA colocaram em prática o Plano
Marshall, oferecendo ajuda económica, principalmente através de
empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afectados pela Segunda
Guerra Mundial. Já o COMECON foi
criado pela URSS em 1949 com o objectivo de garantir auxílio mútuo entre os
países socialistas.
Envolvimentos Indirectos
Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953
a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a
Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adoptar o
sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e,
com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura
dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia
do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a
Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e
1975 e contou com a intervenção directa dos EUA e URSS. Os soldados
norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em
enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e
militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que
abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou
a ser socialista.
Fases
1-1945: A 02 de 02 na
conferencia de yalta a URSS reivindica o direito de estabelecer governos nos
países amigos da Europa do leste, alegando segurança nas suas fronteiras.
A 09 de 08
lançamento da 1 bomba atómica sobre Hiroshima e o secretario de estado norte
americano Byrns declarou que esta arma podia contribuir para tornar a URSS mais
conciliadora.
2-1946: Em Março
Wilson Churchill ex 1 ministro britânico deslocou-se aos EUA onde fez um
discurso na qual incitava a demostração de força em relação a URSS.
3-1947: Proclamação
da doutrina Truman: Os EUA tem o direito de participar nos assuntos internos
dos outros países e mas tarde afirmava aquilo que é meu não pode ser negociado
mas o teu pode.
4-1949: Criação
dos blocos militares e a volta da URSS
para materialização prática dos princípios da guerra fria.
Fim da Guerra Fria
A falta de
democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por
acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro
de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o
então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do
socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os
EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um
período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso,
aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
……………………………………………………………………………………………
OTAN e Pacto de Varsóvia.
A Nato
North Atlantic Treat Organization – Organização Do Tratado Do Atlântico Norte. Constitui a principal aliança militar capitalista até aos nossos dias, e foi formada no dia 4 de Abril de 1949, na sequência do clima de Guerra Fria com o bloco socialista. Ela foi a primeira criação da Guerra Fria a transcender a Europa.
O Pacto do Atlântico, como também é conhecida a NATO, foi assinado em Washington pelos EUA, Canadá, Portugal, França, Grã-bretanha Islândia, Itália, Noruega, Holanda e Luxemburgo. Posteriormente juntaram-se ao Pacto do Atlântico a Grécia e a Turquia em 1952, a Alemanha Federal em 1954 e a Espanha em 1982.
North Atlantic Treat Organization – Organização Do Tratado Do Atlântico Norte. Constitui a principal aliança militar capitalista até aos nossos dias, e foi formada no dia 4 de Abril de 1949, na sequência do clima de Guerra Fria com o bloco socialista. Ela foi a primeira criação da Guerra Fria a transcender a Europa.
O Pacto do Atlântico, como também é conhecida a NATO, foi assinado em Washington pelos EUA, Canadá, Portugal, França, Grã-bretanha Islândia, Itália, Noruega, Holanda e Luxemburgo. Posteriormente juntaram-se ao Pacto do Atlântico a Grécia e a Turquia em 1952, a Alemanha Federal em 1954 e a Espanha em 1982.
A NATO surge no quadro da Guerra Fria,
como principal braço armado do bloco capitalista e tinha como finalidades a
defesa colectiva, assistência mútua bem como a cooperação militar entre os seus
signatários, em caso de agressão, através de um efectivo militar plurinacional,
com comando unificado como prevê o artigo 3º do referido tratado.
A autorização para a criação desta aliança
militar capitalista, durante a Guerra Fria, foi dada pelo Senado norte
americano ao presidente Harry Truman, através da resolução Vanderberg de 11 de
Junho de 1948 que previa o fim do tradicional isolacionismo norte americano,
autorizando assim a celebração de um acordo militar com o mundo não comunista.
Pela sua própria característica, a bipolarização
do mundo após a Segunda Guerra Mundial não tolerava a neutralidade. Assim,
nenhum dos blocos aceitava de bom grado que terceiros permanecessem à margem.
As superpotências empenhavam-se a angariar maior número possível de aliados.
Neste quadro, os EUA construíram, sob direcção da NATO, outros pactos, visando
formar em torno do bloco socialista, uma cortina de segurança contínua entre
países ligados entre si por acordos militares.
Entre as sub alianças regionais do bloco capitalista, destacamos as seguintes:
1-ANZUK: (Austrália, New Zeland, United Kingdom), aliança militar criada por iniciativa da Grã Bretanha em 1971 e que compreendia também a Austrália, a Nova Zelândia, a Malásia e a Singapura;
2-ANZUS: (Austrália, New Zeland, United States), aliança militar criada em 1951 por iniciativa dos EUA, compreendendo também a Austrália e a Nova Zelândia;
3-OTASE: Organização do Tratado de Defesa Colectiva Para a Ásia do Sudeste, fundada em 1954 e formada pelos EUA, Inglaterra, França, Austrália, Nova Zelândia, Tailândia Filipinas e o Paquistão;
4-CENTO: (Central Treaty Organization): Organização do Tratado do Centro, ou Pacto de Bagdad. Foi formada em 1955 e incluía a Inglaterra, o Paquistão, o Irão, o Iraque e a Turquia .
De acordo com Remond, este sistema desenhava um imenso arco de círculo, que ia da extremidade setentrional da Noruega, membro da NATO, ao Japão ligado aos Estados Unidos por um tratado em 1951 e ao Alasca. Este dispositivo era materializado por várias bases ocupadas pela aviação estratégica norte americana na Europa, norte de África, Médio Oriente e outros lugares, cercando assim a URSS, as “democracias populares” do lado este da “cortina de ferro” bem como a China, comunista desde 1949.
O Pacto de Varsóvia
A Organização do Tratado de Varsóvia (OTV), foi um pacto ao qual subscreveram a URSS e os seus satélites europeus do lado leste da Europa, no dia 14 de Maio de 1955 na capital da Polónia. Este pacto tem a sua origem numa Conferência dos governos comunistas realizada na mesma cidade de 11 a 13 de Maio do mesmo ano.
Fizeram parte deste tratado a Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia, Roménia, Alemanha Oriental, a União Soviética e a Albânia que abandonou em 1968. A excepção foi a Iuguslavia que não fez parte deste tratado .
Entre as sub alianças regionais do bloco capitalista, destacamos as seguintes:
1-ANZUK: (Austrália, New Zeland, United Kingdom), aliança militar criada por iniciativa da Grã Bretanha em 1971 e que compreendia também a Austrália, a Nova Zelândia, a Malásia e a Singapura;
2-ANZUS: (Austrália, New Zeland, United States), aliança militar criada em 1951 por iniciativa dos EUA, compreendendo também a Austrália e a Nova Zelândia;
3-OTASE: Organização do Tratado de Defesa Colectiva Para a Ásia do Sudeste, fundada em 1954 e formada pelos EUA, Inglaterra, França, Austrália, Nova Zelândia, Tailândia Filipinas e o Paquistão;
4-CENTO: (Central Treaty Organization): Organização do Tratado do Centro, ou Pacto de Bagdad. Foi formada em 1955 e incluía a Inglaterra, o Paquistão, o Irão, o Iraque e a Turquia .
De acordo com Remond, este sistema desenhava um imenso arco de círculo, que ia da extremidade setentrional da Noruega, membro da NATO, ao Japão ligado aos Estados Unidos por um tratado em 1951 e ao Alasca. Este dispositivo era materializado por várias bases ocupadas pela aviação estratégica norte americana na Europa, norte de África, Médio Oriente e outros lugares, cercando assim a URSS, as “democracias populares” do lado este da “cortina de ferro” bem como a China, comunista desde 1949.
O Pacto de Varsóvia
A Organização do Tratado de Varsóvia (OTV), foi um pacto ao qual subscreveram a URSS e os seus satélites europeus do lado leste da Europa, no dia 14 de Maio de 1955 na capital da Polónia. Este pacto tem a sua origem numa Conferência dos governos comunistas realizada na mesma cidade de 11 a 13 de Maio do mesmo ano.
Fizeram parte deste tratado a Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia, Roménia, Alemanha Oriental, a União Soviética e a Albânia que abandonou em 1968. A excepção foi a Iuguslavia que não fez parte deste tratado .
A OTV possuía um comando único que
tinha o seu Quartel General em Moscovo, acessorado por um Conselho de Ministros
e um Comité Consultivo instituído em Praga em Janeiro de 1956 com a missão de examinar
as questões gerais referentes à consolidação da capacidade de defesa e à
organização das forças armadas unificadas e com competência para tomar decisões
apropriadas. Possuía também um Estado Maior unificado e um comando das forças
armadas unificadas que era considerado como o órgão mais importante do Pacto de
Varsóvia e competente para os assuntos estreitamente militares.
O Pacto de Varsóvia tinha, para além da
protecção do espaço geográfico da zona que constituía o bloco socialista, a
missão de fortalecer e desenvolver ainda mais o bloco socialista, desenvolver
ainda mais a amizade, cooperação e assistência mútua entre os seus membros,
como resposta comunista ao bloco capitalista que havia criado em Abril de 1949
a sua aliança militar, a NATO.
As principais chefias militares da
Organização do Tratado de Varsóvia estavam nas mãos dos representantes da União
Soviética, o que garantia um melhor controlo da mesma por parte da URSS, que
podia mesmo intervir em alguns estados membros do bloco para reprimir algumas
sublevações, como foi o caso da Hungria em 1956.
As principais actividades militares do
Pacto de Varsóvia foram:
1-Modernização das forças armadas dos países membros através da ajuda soviética.
2-Integração dos dispositivos de defesa aérea dos países de Europa Oriental com os da URSS.
3-Criação de um sistema de treinamento das forças militares dos países do Pacto e de planos comuns de acção coordenada.
Com o fim da bipolarização em finais dos anos 80, o Pacto de Varsóvia desintegrou-se, anunciando o fim das suas actividades em 7 de Dezembro de 1990. A fragilidade económica do bloco socialista no declinar da Guerra Fria já não permitia o asseguramento das tropas do bloco numa aliança militar com comando únicoA contenção da corrida armamentista.
1-Modernização das forças armadas dos países membros através da ajuda soviética.
2-Integração dos dispositivos de defesa aérea dos países de Europa Oriental com os da URSS.
3-Criação de um sistema de treinamento das forças militares dos países do Pacto e de planos comuns de acção coordenada.
Com o fim da bipolarização em finais dos anos 80, o Pacto de Varsóvia desintegrou-se, anunciando o fim das suas actividades em 7 de Dezembro de 1990. A fragilidade económica do bloco socialista no declinar da Guerra Fria já não permitia o asseguramento das tropas do bloco numa aliança militar com comando únicoA contenção da corrida armamentista.
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Foi um termo de política internacional cunhado pelo líder soviético Nikita Khrushchev para se referir às
relações que manteria no futuro a União Soviética e os Estados Unidos dentro
da chamada Guerra Fria, e geralmente aceita como política
soviética no período de1955 a 1962 a partir do ponto de
vista ocidental, e de 1955 a 1984 a partir do ponto de
vista soviético.
Foi adotapda por Estados socialistas ou
de influência soviética, e afirmava que eles poderiam coexistir pacificamente
com os Estados capitalistas. Esta teoria foi contrária ao
princípio que o comunismo e o capitalismo eram
antagônicos e nunca poderiam existir em paz. A União Soviética aplicou-a às
relações entre o mundo ocidental e, em particular, com os Estados Unidos, os países da OTAN e as nações do Pacto de Varsóvia.
Com a morte de Stalin,
em 1953,
subiu ao poder Nikita Kruschev o
que desencadeou um processo de abertura, amenizando o rigor da censura, reduzindo o poder da polícia política,
reabilitando presos políticos e fechando diversos campos de trabalhos forçados.
Esse processo foi denominado"degelo" e "desestalinização".
No XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética,
em fevereiro de 1956,
Kruschev revelou e denunciou os abusos, crimes e o "culto da personalidade"
cometidos durante o governo de Stalin.
Isso repercutiu amplamente nos
países socialistas da Europa Oriental (em 1956 ocorreria a Revolução Húngara que visava por fim ao
aparato repressivo do regime stalinista, mas que logo foi esmagado com a
intervenção da URSS), e na China com a ruptura sino-soviética nas décadas de 1950 e
1960. Durante os anos 1960 e início dos anos 1970, a República Popular da
China, sob a liderança de seu fundador, Mao Tse-tung, que alegou que a atitude beligerante
deveria ser mantida para os países capitalistas e, por isso, inicialmente
rejeitou a coexistência pacífica considerando-a como revisionismo da teoria marxista. No entanto, em 1972 a sua decisão para estabelecer
uma relação comercial com os Estados Unidos, a China também adotaria uma versão
da teoria da coexistencia pacífica ao estabelecer relações entre países
não-socialistas.
Esta política também possibilitou
uma aproximação entre os líderes da URSS e dos EUA. Kruschev reuniu-se diversas
vezes com os presidentes norte-americanos: com Dwight D. Eisenhower,
em 1956,
no Reino Unido; em 1959 nos Estados Unidos; e
em 1960 naFrança; e com John Kennedy se
encontrou uma vez, em 1961,
em Viena, Áustria.
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Organização da Unidade Africana
Foi
criada a 25
de Maio de 1963em Addis
Abeba, Etiópia, por iniciativa
do Imperador etíope Haile
Selassie
através da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos de
países africanos independentes. A OUA foi substituída pela União
Africanaa 9
de Julho de 2002.
As origens
da criação de um organismo unitário no continente remetem aos ideais do Pan
africanismo ,que impulsionaram os movimentos de libertação do colonialismo
principalmente a partir do pós-guerra. Os primeiros passos de unidade foram
dados com as independências de Gana e Guiné (Conacri), respectivamente, em 1957
e 1958. Esses dois países ensaiaram uma federação que, embora não tenha
perdurado.
Esse grupo
era considerado progressista e até radical pela sua aplicação estrita do Pan
africanismo sonhado pelo presidente de Gana, Kwame N’krumah. Ele defendia a
criação dos Estados Unidos da África, por cima da soberania dos Estados. Outra
corrente, até maioritária, integrada por países politicamente “moderados”,
principalmente ex-colônias francesas, forma o Grupo de Monróvia em Maio de
1961.
Este grupo
prega uma OUA que não seja mais do que uma organização representativa de cada
Estado soberano. A OUA que emerge dessas duas facções é um esforço de
conciliação conduzido pelo Imperador da Etiópia, Haile Salassie, que persuade
os presidentes dos 32 países independentes a reunirem-se em Adis Abeba em
25 e 26 de maio para constituição da Organização.
O órgão
máximo de decisão do organismo é a
Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, que se reúne anualmente e adota
a maioria de dois terços para a votação de questões fundamentais. É a
Conferência que decide a política geral da Organização. Para preparar e
executar as decisões da Conferência reúne-se ordinariamente, duas vez por ano,
o Conselho de Ministros. A presidência da Organização cabe ao mandatário do
país anfitrião da reunião do ano seguinte. No entanto, a OUA tem um
secretariado permanente sediado em Adis Abeba. O Secretário-geral é eleito pela
Conferência.
Países-membros
da OUA
África do Sul
|
Camarões
|
Egito
|
Guiné Equatorial
|
Maurícios
|
Angola
|
Centro-Africana (República)
|
Eritréia
|
Lesoto
|
Moçambique
|
Argélia
|
Chade
|
Etiópia
|
Libéria
|
Namíbia
|
Benin
|
Comores
|
Gabão
|
Líbia
|
Níger
|
Botsuana
|
Congo
|
Gâmbia
|
Madagascar
|
Nigéria
|
Burkina Faso
|
Congo (República Democrática)
|
Gana
|
Malavi
|
Quênia
|
Burundi
|
Costa do Marfim
|
Guiné
|
Mali
|
Ruanda
|
Cabo Verde
|
Djibuti
|
Guiné-Bissau
|
Mauritânia
|
São Tomé e Príncipe
|
Senegal
|
Serra Leoa
|
Seychelles
|
Somália
|
Suazilândia
|
Sudão
|
Tanzânia
|
Togo
|
Tunísia
|
Uganda
|
Zâmbia
|
Zimbábue
|
|
|
|
Objetivos
Os objetivos da OUA, expressos na sua Constituição
eram:
·
Promover
a unidade e solidariedade entre os estados africanos;
·
Coordenar
e intensificar a cooperação entre os estados africanos, no sentido de atingir
uma vida melhor para os povos de África;
·
Defender
a soberania, integridade territorial e independência dos estados africanos;
Erradicar todas
as formas de colonialismo da África; . Com esta finalidade, foi criada a
Comissão de Apoio aos Movimentos de Libertação da África, conhecida como
“Comitê dos Onze”, sediada na Tanzânia.
·
Promover
a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal
dos Direitos Humanos;
·
Coordenar
e harmonizar as políticas dos estados membros nas esferas política,
diplomática, económica, educacional, cultural, da saúde, bem estar, ciência,
técnica e de defesa.
Realizações da OUA
Durante quase 40 anos de existência, a OUA não conseguiu
evitar os inúmeros conflitos que assolaram o continente, nem promover de forma
efetiva o seu desenvolvimento. Uma das razões poderia ser o caráter consensual
da organização, que nunca puniu os responsáveis por esses problemas, No
entanto, ao manter esse espírito de consenso e
a tradição de uma presidência rotativa, decidida em cimeiras anuais regulares,
a OUA conseguiu manter a imagem de unidade e de vontade de progresso que lhe
granjeou sempre, por parte dos vários blocos econômicos e políticos, apoio real
para a resolução de vários problemas.
Apesar de todos os países de África se terem associado
à OUA a seguir à sua independência (ou a seguir à democratização da África do Sul) subsiste, como questão não
resolvida, o estatuto do Sahara Ocidental, que foi aceito como membro da
organização, o que levou Marrocos a
abandoná-la em 1985.
A OUA teve um importante papel na história
da descolonização de África, não só como grupo de pressão junto da
comunidade inerncional, mas também fornecendo apoio direto aos movimentos de
libertação, através do seu Comité Coordenador da Libertação da África.
Outro campo em que a OUA teve sucesso foi na luta
contra o apartheid, tanto ao nível da ONU onde foram declaradas
sanções contra os governos da África do Sul e
da Rodésia, mas ainda conseguindo que aquele regime
fosse internacionalmente condenado como “crime contra a Humanidade” na
Conferência de Teerão de 1968.
Na promoção da cultura africana,
a OUA organizou em Agosto de 1969,
em Argel,
o Primeiro Festival Panafricano da Cultura e, em Outubro de 1970,
em Mogadíscio, na Somália, o Primeiro Workshop de Folclore, Dança e
Música Africana.
Nos campos do desenvolvimento económico e social,
transportes e telecomunicações, a OAU promoveu a harmonização das políticas dos
seus membros com reespeito à UNCTAD, BIRD, FMI, UNIDO e OIT.
Como consequência, as suas pretensões de formas de comércio mais justas e da
plena participação num novo sistema monetário internacional ganharam mais peso,
apesar de não terem ainda sido atingidas. Através da OAU, os países africanos
proclamaram a sua permanente soberania sobre os seus recursos naturais, tendo
levado à modificação da Lei Internacional sobre os recursos da plataforma continental
e águas territoriais. Em Fevereiro de 1972,
realizou-se em Nairobi, no Quénia, a Primeira Feira de Negócios Pan africana.
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O PAN
AFRICANISMO
O pan-africanismo foi um movimento de reivendicação dos direitos de
igualidades das raças levado a cabo por negros africanos com vista a por fim
a 4 séc de escravidão e descriminação
social.
Em 1919 reuniu-se em Paris, o 1º Congresso Pan-africano, organizado pelo
intelectual afro-americano W.E.B. Du Bois. Reivindicou ele um Código
Internacional que garantisse, na África tropical, o direito dos nativos, bem
como um plano gradual que conduzisse à emancipação final das colônias.
Conquanto que, para os negros americanos, era solicitado a aplicação dos
direitos civis (que só foram finalmente aprovados pelo congresso dos E.U.A. em
1964!).
O último congresso Pan-africano, o 5º, reuniu-se em Manchester, na
Inglaterra, em 15-18 de outubro de 1945, tendo a presença de Du Bois, Kwane
Nkurmah, futuro emancipador da Ghana, e Jomo Kenyatta, o líder da Quênia,
Wallace Johnson da Serra Leoa, ploiticos, estudantes, representantes das
colónias inglesas, Trataram de aclamar a necessidade da formação de movimentos
nacionalistas de massas para obterem a independência da África o mais rápido
possível.
Pela primeira vez há
uma manifestação objectiva e clara anti-colonialista e anti-imperialista, sendo
reivindicada a independência nacional e já um direcionamento, um
alinhamento junto ao socialismo ou socialismo-marxista George Padmore “propunha adoção de um manifesto em que se
opunha à discriminação racial e condenava o apartheid na África do Sul além de
afirmar que os africanos estavam resolvidos a serem livres, conclamando a
unir-se contra o colonialismo”.
E ainda nesse congresso a Resolução
Final “assumiu a condenação global do capitalismo europeu nos territórios
africanos.”. Adoptando claramente uma postura de
influência marxista que vai influenciar inúmeros intelectuais e líderes
políticos africanos tanto nesse período como no pós-independência.
A partir do Congresso
de Manchester foi dado um novo impulso ao Pan-africanismo, que agora passa a
ter uma participação africana mais direta, o pan-africanismo passa a ser um
instrumento significativo para os africanos que passam a utilizar a concepção
de solidariedade racial para promover a luta pela independência do continente
africano.
Da realização do V Congresso Pan-Africano
houve um intervalo de mais de 10 anos para a realização de uma série de
conferências e congressos que vão acabar resultando na constituição da OUA,
nesse intervalo ocorreu um importante encontro que foi a Conferência de
Bandung. O movimento
pan-africanista vai se tornar mais atuante, especialmente no continente
africano, após a realização dessa conferência que embora não fosse um encontro
estritamente de interesse das colônias africanas tem direta relação ao
continente africano por representar “o
marco do aparecimento formal do Terceiro Mundo como uma unidade
ideológica” 42
A
Conferência de Bandung, realizada na Indonésia. entre os dia de 18 a 24 de
Abril de 1955, foi organizada pelos países asiáticos e contou com apoio de
países africanos Etiópia, Líbia, Libéria e Egito. A Conferência se
propunha a promover uma cooperação econômica e cultural afro-asiática, com o objetivo de formar uma
base sólida de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo43.
Pela primeira vez em uma conferência o racismo44 e o
imperialismo são denunciados como crime e também nessa mesma conferência o não-alinhamento
é estabelecido como um posicionamento político a ser adotado em oposição aos
mesmos. Apesar do não alinhamento todos os países declararam que eram
socialistas, mas não iriam se alinhar ou sofrer influência Soviética.
Durante o encerramento da
Conferência de Bandung ficou previsto a realização de uma outra conferência a
ser realizada no Cairo entre 26 de Dezembro de 1957 a 1 de Janeiro de 1958. O
neutralismo assume um papel importante nesse momento, pois irá se traduzir numa
aproximação com a URSS que a partir da Conferência do Cairo exercerá uma maior
influência comparada a Bandung nas colônias e ex-colônias africanas já dando
inicio a um posicionamento claramente estratégico da Guerra Fria46.
E ainda afirma as intenções de Nasser então presidente do Egito, na conquista
de uma liderança na África do Norte com uma perspectiva pan-arabista.
Decisões:
Apelaram para que todos os povos lutassem para a sua independência;
-Os povos devem escolher o próprio governo( auto
determinação);
- A luta pelo poder politico, social e económico;
- A criação de movimentos nacionalistas de massa
para alcançarem a independência.
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O ano em que África gritou
"liberdade"
Em 1960 surgem novos Estados
em África. O continente liberta-se da ocupação colonial num longo processo
conhecido na época por "Sol das independências". Processo concluído
duas décadas mais tarde com a transformação da Rodésia em Zimbabwe e o fim do
'apartheid' na África do Sul.
O início dos anos 60 marca o princípio de uma nova era
em África. Surgem novos Estados independentes, novas elites políticas chegam ao
poder, começam a desenhar-se diferentes equilíbrios regionais à medida que as
potências coloniais deixam o continente. E 1960 é uma data-chave neste processo
com 17 novos Estados a nascerem em África, 14 dos quais ex-colónias francesas.
Um processo em que se afirmam figuras como o
costa-marfinense Félix Houphouët-Boigny - deputado no Parlamento francês -, o
senegalês Léopold Sédar Senghor - o primeiro africano a integrar a Academia
Francesa - ou ainda o guineense Ahmed Sekou Touré, adepto do modelo marxista.
As declarações destas personalidades traduzem outras
tantas formas de relacionamento com o ex-poder colonial, numa tensão que se vai
reflectir nas opções dos futuros Estados. Uma tensão e encontro de referências
presente também noutro dos pais das independências africanas, o ganês Kwame
Nkrumah. Líder que não descura citar Aristóteles ao mesmo tempo que propugna
pela africanidade e namora o modelo soviético. Na prática irão reproduzir o
modelo político dos países coloniais ou do seu oposto ideológico, o comunismo.
Modelos que se irão degradando; os golpes de Estado tornam-se uma
característica comum a partir da segunda metade dos anos 60, assim como se
multiplicam guerras civis e o aumento da despesa militar.
O período do "Sol das independências"
depressa perdeu o seu brilho. As promessas dos dirigentes que defendiam a
liberdade para o continente depressa se tornaram no seu contrário e muitas das
promessas de desenvolvimento ficaram por concretizar, enquanto os líderes
políticos insistiam na africanização do Estado, um Estado que, na maioria dos
novos países, não dispõe de recursos para manter uma moderna Administração
Pública. E quando estes existem serão delapidados pelas novas oligarquias ou
esbanjados em longos conflitos internos ou regionais.
1960 é
considerado o Ano da África, quando 17 países conquistaram a sua independência.
Camarões-1-1-1960(1-10-1960);
Togo 27-4-1960; Senegal 20-06-1960(4-4); Madagáscar26-06-1960; Benim 1-08-1960;
Níger 03-08-1960; Burquina Faço 07-08-1960; C. Marfim 07-08-1960; Chade
11-08-1960; RCA 13-08-1960( 1-12); R. Congo Brazavile 15-08-1960;
Gabão17-08-1960(12-03); Mali 22-07-1960; Mauritânia 28-11-1960; Nigéria
01-01-1960(1-10); Somália 26-06-1960(01-07).
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